Banco de sementes de uma floresta tropical madura e alterada por downburst na Amazônia Central / Natali Gomes Bordon.

Por: Bordon, Natali GomesColaborador(es):Higuchi, Niro [Orientador] | Leal Filho, Niwton [Coorientador]Detalhes da publicação: Manaus: Sem editor, 2012Assunto(s): banco de sementes | Downburst | MelastomataceaeClassificação Decimal de Dewey: 581.467 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2012. Sumário: O banco de sementes constitui a principal reserva de propágulos na regeneração da floresta tropical, frente a alterações antrópicas e naturais de grande magnitude. Pode ser definido como um sistema complexo, que se conecta a inúmeros fatores relacionados às taxas de entradas e perdas das sementes nos solos. Os efeitos de distúrbios naturais nas comunidades vegetais resultam na formação de clareiras. Em florestas tropicais, a ocorrência de distúrbios de grande magnitude e clareiras muito grandes são eventos raros. Algumas tempestades e rajadas de vento são provocadas por um fenômeno convectivo conhecido como downburst e apresentam diferentes magnitudes de severidade podendo suprimir totalmente a cobertura arbórea. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a densidade, riqueza, diversidade, frequência dos grupos ecológicos e hábito de vida das plântulas emergidas do banco de sementes de uma floresta madura e alterada após downburst, em diferentes classes topográficas e épocas do ano. A densidade média de sementes foi maior na floresta alterada (702 sementes m-2) do que na floresta madura (447 sementes m-2), independente do período de coleta. Na estação chuvosa, observou-se maior densidade de sementes (678 sementes m-2, chuvosa; 522 sementes m-2, seca). A densidade de indivíduos de Melastomataceae sofreu maior influência da época de coleta (U = 13.911,50; p = 0,01). Não existe uma relação linear entre densidade de sementes, declividade do terreno e abertura de dossel. A riqueza e a diversidade de espécies estimadas para um número comum de indivíduos indicou que as duas áreas amostradas são igualmente diversas e ricas. O alto valor de equabilidade indicou uma dominância de poucas espécies no banco de sementes. A análise de MRPP demonstrou diferenças significativas na diversidade florística entre os dois trechos de floresta amostrados (MRPP, A = 0,124; p = 0,000, chuvosa; MRPP, A = 0,129; p = 0,000, seca). Na floresta alterada a análise de similaridade florística indicou diferenças entre os dois períodos de coleta (MRPP, A = 0,008; p = 0,028), no entanto para floresta madura as diferenças não foram significativas (MRPP, A = 0,001; p = 0,351). A ordenação detectou diferenças na riqueza das espécies entre os dois trechos de floresta (F = 29,72; p = 0,00, chuvosa; F = 33,94; p = 0,00, seca), o mesmo não foi observado para as classes topográficas. Das 120 espécies presentes no banco de sementes, 68 espécies não formam um banco de sementes transitório, mesmo que presentes em baixa densidade. Melastomatacea, Urticaceae, Araceae e Moraceae configuraram entre as mais abundantes. Melastomataceae configurou como importante componente do banco de sementes, contribuindo de forma expressiva para o número de indivíduos e espécies, juntamente com as Cecropia spp., estas irão contribuir para reestruturação da cobertura florestal. A densidade de plântulas arbóreas foi superior a todos os outros hábitos de vida identificados. Maior densidade de indivíduos arbustivo na floresta alterada é reflexo do estágio sucessional. Independente da severidade do distúrbio, o banco de sementes apresenta alto potencial para regeneração florestal, contribuindo para diversidade e densidade de indivíduos.
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Dissertação Dissertação Biblioteca INPA
T 581.467 B728b (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2019-0232

Dissertação (mestre) - INPA, 2012.

O banco de sementes constitui a principal reserva de propágulos na regeneração da floresta
tropical, frente a alterações antrópicas e naturais de grande magnitude. Pode ser definido
como um sistema complexo, que se conecta a inúmeros fatores relacionados às taxas de
entradas e perdas das sementes nos solos. Os efeitos de distúrbios naturais nas comunidades
vegetais resultam na formação de clareiras. Em florestas tropicais, a ocorrência de distúrbios
de grande magnitude e clareiras muito grandes são eventos raros. Algumas tempestades e
rajadas de vento são provocadas por um fenômeno convectivo conhecido como downburst e
apresentam diferentes magnitudes de severidade podendo suprimir totalmente a cobertura
arbórea. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a densidade, riqueza, diversidade,
frequência dos grupos ecológicos e hábito de vida das plântulas emergidas do banco de
sementes de uma floresta madura e alterada após downburst, em diferentes classes
topográficas e épocas do ano. A densidade média de sementes foi maior na floresta alterada
(702 sementes m-2) do que na floresta madura (447 sementes m-2), independente do período de
coleta. Na estação chuvosa, observou-se maior densidade de sementes (678 sementes m-2,
chuvosa; 522 sementes m-2, seca). A densidade de indivíduos de Melastomataceae sofreu
maior influência da época de coleta (U = 13.911,50; p = 0,01). Não existe uma relação linear
entre densidade de sementes, declividade do terreno e abertura de dossel. A riqueza e a
diversidade de espécies estimadas para um número comum de indivíduos indicou que as duas
áreas amostradas são igualmente diversas e ricas. O alto valor de equabilidade indicou uma
dominância de poucas espécies no banco de sementes. A análise de MRPP demonstrou
diferenças significativas na diversidade florística entre os dois trechos de floresta amostrados
(MRPP, A = 0,124; p = 0,000, chuvosa; MRPP, A = 0,129; p = 0,000, seca). Na floresta
alterada a análise de similaridade florística indicou diferenças entre os dois períodos de coleta
(MRPP, A = 0,008; p = 0,028), no entanto para floresta madura as diferenças não foram
significativas (MRPP, A = 0,001; p = 0,351). A ordenação detectou diferenças na riqueza das
espécies entre os dois trechos de floresta (F = 29,72; p = 0,00, chuvosa; F = 33,94; p = 0,00,
seca), o mesmo não foi observado para as classes topográficas. Das 120 espécies presentes no
banco de sementes, 68 espécies não formam um banco de sementes transitório, mesmo que
presentes em baixa densidade. Melastomatacea, Urticaceae, Araceae e Moraceae
configuraram entre as mais abundantes. Melastomataceae configurou como importante
componente do banco de sementes, contribuindo de forma expressiva para o número de
indivíduos e espécies, juntamente com as Cecropia spp., estas irão contribuir para
reestruturação da cobertura florestal. A densidade de plântulas arbóreas foi superior a todos os
outros hábitos de vida identificados. Maior densidade de indivíduos arbustivo na floresta
alterada é reflexo do estágio sucessional. Independente da severidade do distúrbio, o banco de
sementes apresenta alto potencial para regeneração florestal, contribuindo para diversidade e
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