Estudo das condiçoes econômicas, sociais e culturais como fatores determinantes do estado nutricional de pré-escolares (0 a 12 meses) residentes em um bairro pobre de Manaus / Maria Arlete Mesquita de Alcântara.

Por: Alcântara, Maria Arlete Mesquita deColaborador(es):Alencar, Fernando Hélio [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1991Notas: 110 fAssunto(s): Criancas -- Manaus (AM) -- Nutriçao | Pré-escolares -- Manaus (AM) -- NutriçaoClassificação Decimal de Dewey: 613.2 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1991 Sumário: O presente estudo foi realizado com 100 famílias, envolvendo a totalidade de seus filhos (100 crianças) na faixa etária de 0 a 12 meses, residentes no bairro do Mauazinho - periferia de Manaus, Estado do Amazonas. Foram utilizadas medidas antropométricas fundamentadas na classificaçao de Gomez (peso/idade) e investigados os aspectos sociais, econômicos e culturais como prováveis fatores relacionados ao Estado nutricional das crianças. Segundo a referida classificação, 18% da população de crianças estudadas apresentava algum grau de desnutrição; sendo 17% a prevalência de forma leve (DI), 1% na forma moderada (DII), sendo nula a desnutrição de forma grave (DIII). Na análise dos dados de identificação materna, verificamos que 91% das mães se enquadravam na faixa etária entre 20 e 35 anos, sendo 58% solteiras, 49% provenientes do interior do Amazonas e 24% de outros estados da federação. Neste contexto, apenas a variável estado civil revelou significação estatística em relação ao estado nutricional da criança. No âmbito social, verificou-se que 82% das mães possuíam o primeiro grau incompleto e/ou eram analfabetas, 71% consideravam seu estado de saúde entre mau e péssimo, 50% consideravam sua alimentação entre os padrSes de má e péssima qualidade, 54% das mães não realizaram o pré-natal e não receberam informaçSes sobre o aleitamento materno, 76% das mães possuiam 4 e/ou mais filhos e 12% referiram história de aborto. Dentro deste bloco de variáveis o grau de instrução materno, a consideração pessoal da mãe sobre seu estado de saúde, impressão materna sobre sua alimentação e as informaçSes recebidas pelas mães sobre o leite materno, foram as variáveis que apresentaram associação estatística significativa para o estado nutricional das crianças. Na esfera econômica evidenciou-se que 97% das famílias auferiam uma renda per-cápita mensal inferior a 1 salário mínimo, apenas 17% das mães eram economicamente ativas e 81% dos chefes de família ocupavam categorias de trabalho de menor poder aquisitivo. Nenhuma família possuía casa própria, 52% residiam em casas de madeira com piso de madeira, 96% residiam em casas com 3 cômodos ou menos, 94% consumiam água da COSAMA, e 68% destinavam seus excretas em privada coletiva ou em céu aberto. Das variáveis econômicas acima mencionadas apenas a estrutura habitacional e o tipo de piso residencial apresentaram associação estatística significativa quando correlacionadas com estado nutricional da criança. Para os aspectos culturais, verificou-se que 70% das mães consideravam o leite materno o melhor alimento para seu filho, 13% das mães não amamentaram nenhum de seus filhos, 25% amamentaram exclusivamente ao seio e 61% amamentaram na primeira semana de vida. Em relação à freqüência alimentar das famílias, 8% consumiam diariamente leite e derivados, 20% carnes e ovos e 51% cereais e derivados. Em 31% das famílias, verificou-se um consumo diário de frutas e em 26% de hortaliças. Das variáveis culturais acima mencionadas, a opinião materna sobre o melhor alimento para criança, o tipo de aleitamento recebido pela criança, o número de filhos amamentados, o aleitamento materno na primeira semana de vida, o consumo de leite e derivados, frutas e hortaliças foram as variáveis que apresentaram relação estatística significativa com estado nutricional das crianças.
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Dissertação T 613.2 A347e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0623
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Dissertação T 613.2 A347e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1625

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1991

O presente estudo foi realizado com 100 famílias, envolvendo a totalidade de seus filhos (100 crianças) na faixa etária de 0 a 12 meses, residentes no bairro do Mauazinho - periferia de Manaus, Estado do Amazonas. Foram utilizadas medidas antropométricas fundamentadas na classificaçao de Gomez (peso/idade) e investigados os aspectos sociais, econômicos e culturais como prováveis fatores relacionados ao Estado nutricional das crianças. Segundo a referida classificação, 18% da população de crianças estudadas apresentava algum grau de desnutrição; sendo 17% a prevalência de forma leve (DI), 1% na forma moderada (DII), sendo nula a desnutrição de forma grave (DIII). Na análise dos dados de identificação materna, verificamos que 91% das mães se enquadravam na faixa etária entre 20 e 35 anos, sendo 58% solteiras, 49% provenientes do interior do Amazonas e 24% de outros estados da federação. Neste contexto, apenas a variável estado civil revelou significação estatística em relação ao estado nutricional da criança. No âmbito social, verificou-se que 82% das mães possuíam o primeiro grau incompleto e/ou eram analfabetas, 71% consideravam seu estado de saúde entre mau e péssimo, 50% consideravam sua alimentação entre os padrSes de má e péssima qualidade, 54% das mães não realizaram o pré-natal e não receberam informaçSes sobre o aleitamento materno, 76% das mães possuiam 4 e/ou mais filhos e 12% referiram história de aborto. Dentro deste bloco de variáveis o grau de instrução materno, a consideração pessoal da mãe sobre seu estado de saúde, impressão materna sobre sua alimentação e as informaçSes recebidas pelas mães sobre o leite materno, foram as variáveis que apresentaram associação estatística significativa para o estado nutricional das crianças. Na esfera econômica evidenciou-se que 97% das famílias auferiam uma renda per-cápita mensal inferior a 1 salário mínimo, apenas 17% das mães eram economicamente ativas e 81% dos chefes de família ocupavam categorias de trabalho de menor poder aquisitivo. Nenhuma família possuía casa própria, 52% residiam em casas de madeira com piso de madeira, 96% residiam em casas com 3 cômodos ou menos, 94% consumiam água da COSAMA, e 68% destinavam seus excretas em privada coletiva ou em céu aberto. Das variáveis econômicas acima mencionadas apenas a estrutura habitacional e o tipo de piso residencial apresentaram associação estatística significativa quando correlacionadas com estado nutricional da criança. Para os aspectos culturais, verificou-se que 70% das mães consideravam o leite materno o melhor alimento para seu filho, 13% das mães não amamentaram nenhum de seus filhos, 25% amamentaram exclusivamente ao seio e 61% amamentaram na primeira semana de vida. Em relação à freqüência alimentar das famílias, 8% consumiam diariamente leite e derivados, 20% carnes e ovos e 51% cereais e derivados. Em 31% das famílias, verificou-se um consumo diário de frutas e em 26% de hortaliças. Das variáveis culturais acima mencionadas, a opinião materna sobre o melhor alimento para criança, o tipo de aleitamento recebido pela criança, o número de filhos amamentados, o aleitamento materno na primeira semana de vida, o consumo de leite e derivados, frutas e hortaliças foram as variáveis que apresentaram relação estatística significativa com estado nutricional das crianças.

Área de concentração: Nutrição.

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