Variabilidade genética entre clones de seringueira (Hevea spp.) obtidos de populações naturais em três estados da região amazônica / Regina Caetano Quisen.

Por: Quisen, Regina CaetanoColaborador(es):Noda, Hiroshi [Orientador]Detalhes da publicação: 1994Notas: 65 fAssunto(s): Seringueira -- Amazônia -- Variabilidade genéticaClassificação Decimal de Dewey: 634.928 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1994 Sumário: O presente trabalho teve como objetivo avaliar por meio de parâmetros genético-estatísticos a variabilidade genética existente entre 99 clones primários de seringueira (Hevea spp.), originados de ortetes selecionados de 13 seringais nativos nos Estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia, além do clone testemunha FX 4098. Os caracteres avaliados foram: diâmetro do caule (cm), espessura de casca (mm) e número de anéis de vasos laticíferos (unid.), ambos a 30, 60 e 90 cm de altura a partir do calo de enxertia. Os resultados das análises de variância revelaram a existência de considerável variabilidade genética entre os 100 clones para os caracteres avaliados para os dois anos de desenvolvimento. Não foi possível detectar diferença significativa entre clones pertencentes aos municípios do Estado do Mato Grosso (Itaúba e Cotriguaçú) para todos caracteres, além de outros municípios em determinadas características. As estimativas do coeficiente de determinação genotípico no sentido amplo, ao nível de médias de parcelas, podem ser considerados moderadamente altos para diâmetro do caule e número de anéis de vasos laticíferos, sendo assim mais indicados estes caracteres para a seleção fenotípica simples. Os altos valores do coeficiente de variação genético ressaltaram a existência de variabilidade genética no material, principalmente para diâmetro do caule nos dois anos de análise. As magnitudes do índice "b" revelaram uma proporção considerável de variação aproveitável em programas de melhoramento do gênero Hevea. Foram observadas maiores correlações genéticas e fenotípicas entre os caracteres diâmetro do caule e espessura de casca, favorecendo esta a seleção em material jovem de boa capacidade produtiva de látex. As maiores estimativas de variabilidade genética foram apresentadas pelos clones originados nos municípios de Sena Madureira, Ji-Paraná, Calama e Costa Marques, contribuindo os mesmos com maior proporção da variação total existente dentro de seus Estados. Originados de diferentes ambientes dentro da floresta, alguns clones provenientes de ortetes amostrados em regiões de várzea (Costa Marques e Calama) apresentaram maior variação quando comparados aos clones provenientes de seringais de terra-firrne. A utilização de métodos biométricos na detecção de variação genética entre clones de seringueira, apresentou resultados satisfatórios caracterizando os seringais nativos utilizados para esta coleta como portadores de germoplasma de grande potencial aproveitável para os programas de melhoramento genético e conservação do gênero.
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Dissertação T 634.928 Q8v (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0635

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1994

O presente trabalho teve como objetivo avaliar por meio de parâmetros genético-estatísticos a variabilidade genética existente entre 99 clones primários de seringueira (Hevea spp.), originados de ortetes selecionados de 13 seringais nativos nos Estados do Acre, Mato Grosso e Rondônia, além do clone testemunha FX 4098. Os caracteres avaliados foram: diâmetro do caule (cm), espessura de casca (mm) e número de anéis de vasos laticíferos (unid.), ambos a 30, 60 e 90 cm de altura a partir do calo de enxertia. Os resultados das análises de variância revelaram a existência de considerável variabilidade genética entre os 100 clones para os caracteres avaliados para os dois anos de desenvolvimento. Não foi possível detectar diferença significativa entre clones pertencentes aos municípios do Estado do Mato Grosso (Itaúba e Cotriguaçú) para todos caracteres, além de outros municípios em determinadas características. As estimativas do coeficiente de determinação genotípico no sentido amplo, ao nível de médias de parcelas, podem ser considerados moderadamente altos para diâmetro do caule e número de anéis de vasos laticíferos, sendo assim mais indicados estes caracteres para a seleção fenotípica simples. Os altos valores do coeficiente de variação genético ressaltaram a existência de variabilidade genética no material, principalmente para diâmetro do caule nos dois anos de análise. As magnitudes do índice "b" revelaram uma proporção considerável de variação aproveitável em programas de melhoramento do gênero Hevea. Foram observadas maiores correlações genéticas e fenotípicas entre os caracteres diâmetro do caule e espessura de casca, favorecendo esta a seleção em material jovem de boa capacidade produtiva de látex. As maiores estimativas de variabilidade genética foram apresentadas pelos clones originados nos municípios de Sena Madureira, Ji-Paraná, Calama e Costa Marques, contribuindo os mesmos com maior proporção da variação total existente dentro de seus Estados. Originados de diferentes ambientes dentro da floresta, alguns clones provenientes de ortetes amostrados em regiões de várzea (Costa Marques e Calama) apresentaram maior variação quando comparados aos clones provenientes de seringais de terra-firrne. A utilização de métodos biométricos na detecção de variação genética entre clones de seringueira, apresentou resultados satisfatórios caracterizando os seringais nativos utilizados para esta coleta como portadores de germoplasma de grande potencial aproveitável para os programas de melhoramento genético e conservação do gênero.

Área de concentração: Manejo Florestal.

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