Morfoanatomia, perfil químico e atividade alelopática de três espécies de Copaifera L. (Leguminosae Caesalpinioideae) nativas da Amazônia / Ely Simone Cajueiro Gurgel.

Por: Gurgel, Ely Simone CajueiroColaborador(es): Queiroz, Maria Silvia de Mendonça [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 2009Notas: 107 f.: ilAssunto(s): Botânica | Leguminose | Copaífera -- Aspectos morfológicos | Copaíba -- Distinção taxonômica | Sementes -- MorfoanatomiaClassificação Decimal de Dewey: 581.609811 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 2009 Sumário: Espécies pertencentes a Copaifera L. (Leguminosae) são amplamente utilizadas na região amazônica, sendo o seu óleo um importante medicamento natural. Apesar da grande importância destas espécies, são escassos trabalhos morfoanatômicos no gênero, principalmente a respeito de suas estruturas reprodutivas. Em particular, a distinção entre as espécies de copaíba que ocorrem na região amazônica ainda carece de estudos mais detalhados. Desta forma, este estudo teve por objetivo caracterizar os aspectos morfológicos de frutos, plantulas e plantas jovens de Copaifera martii Hayne, C. duckei Dwyer e C. reticulata Ducke. Também visou o estudo da morfoanatomia bem como a caracterização da ocorrência e distribuição espacial dos metabolitos nas sementes, nos eofilos e metafilos destas espécies. Visou, especialmente, melhor esclarecer a distinção taxonomica entre C. duckei e C. reticulata, as duas espécies mais semelhantes do gênero que ocorrem na Amazônia. Por fim, objetivou tambem avaliar os potenciais efeitos alelopáticos do óleo essencial das folhas e dos ramos das três especies. Observou-se que os frutos são do tipo legume, nao diferindo entre as espécies. A superficie do tegumento das sementes, observada em microscopia eletrônica de varredura, mostrou-se predominante punctada em C. duckei e C. martii e microrreticulada em C. reticulata. A linha lucida ocorre no tercoo inferior da exotesta em C. martii enquanto que em C. duckei e em C. reticulata esta ocorre na região mediana da exotesta. Os cotilédones sãoo recobertos por uma cuticula delgada e levemente estriada em C. duckei, e estriada em C. reticulata e em C. martii. A parede periclinal externa da epiderme e levemente convexa e apresenta depressões em C. duckei, sendo convexa em C. martii e em C. reticulata. O eixo embrionário de C. duckei apresenta pequeno diametro em relação ao seu comprimento, enquanto que os de C. reticulata e os de C. martii são proporcionais. C. duckei e C. martii apresentam plumula rudimentar, havendo, nas respectivas espécies, um e dois relevos na região apical do eixo embrionario. Ja em C. reticulata a plumula e um pouco diferenciada, pois além do relevo no apice do eixo embrionário ha reentrancia apical diferenciada, com os foliolos em estágio inicial de do senvolvimento. Na semente madura das três espécies, compostos fenólicos e alcalóides provavelmente são as principais substâncias de defesa constantes no tegumento e na epiderme dos cotilédones, enquanto que lipídeos e proteinas constituem as principais reservas presentes na epiderme e no parênquima dos cotilédones. A principal diferença encontrada entre as plantas jovens destas espécies foi a presença de estipulas foliaceas bem desenvolvidas em C. reticulata, ausentes em C. duckei e semelhantes a da plantula em C. martii tambem foliaceas, porem bem menos conspicuas. Em C. martii a filotaxia e alterna enquanto nas duas outras espécies é oposta. Nos limbos foliolares foram observados diversos metabólitos, como amido, substâncias lipofílicas e pécticas, idioblastos mucilaginosos, fenólicos e cristalíferos. Eofilos e metafilos são anatomicamente semelhantes. Todas as espécies apresentaram cavidades secretoras e glândulas. Os resultados da atividade alelopática dos oleos essenciais procedentes de folhas e ramos das espécies de Copaifera testadas (doadoras) não revelaram diferenca estatística significativa nas espécies receptoras (Mimosa pudica L. e Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin e Barneby). Porem os óleos essênciais das folhas apresentaram maior potencial médio para inibir o desenvolvimento da raiz (45%) e do hipocotilo (74%) destas espécies. Adicionalmente, os constituintes majoritarios apresentaram concentrações mais elevadas nas folhas do que nos ramos, o que justifica as diferenças observadas com relação a intensidade dos efeitos alelopáticos. Dos constituintes identificados, apenas o ƒÔ¡Vcandineno e o linalol ja foram anteriormente relacionados a atividade alelopatica, sendo, neste trabalho, proposta a atividade alopatica de outros compostos. Os resultados permitiram a melhor caracterização dos aspectos morfoanatômicos, histoquímicos das sementes e frutos destas tres especies de Copaifera, bem como de aspectos morfologicos de plântulas e plantas jovens, contribuindo para o esclarecimento da distinção entre os táxons, sobretudo entre C. duckei e C. reticulata.
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Tese T 581.609811 G978m (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0046

Tese (doutor) - INPA/UFAM, 2009

Espécies pertencentes a Copaifera L. (Leguminosae) são amplamente utilizadas na região amazônica, sendo o seu óleo um importante medicamento natural. Apesar da grande importância destas espécies, são escassos trabalhos morfoanatômicos no gênero, principalmente a respeito de suas estruturas reprodutivas. Em particular, a distinção entre as espécies de copaíba que ocorrem na região amazônica ainda carece de estudos mais detalhados. Desta forma, este estudo teve por objetivo caracterizar os aspectos morfológicos de frutos, plantulas e plantas jovens de Copaifera martii Hayne, C. duckei Dwyer e C. reticulata Ducke. Também visou o estudo da morfoanatomia bem como a caracterização da ocorrência e distribuição espacial dos metabolitos nas sementes, nos eofilos e metafilos destas espécies. Visou, especialmente, melhor esclarecer a distinção taxonomica entre C. duckei e C. reticulata, as duas espécies mais semelhantes do gênero que ocorrem na Amazônia. Por fim, objetivou tambem avaliar os potenciais efeitos alelopáticos do óleo essencial das folhas e dos ramos das três especies. Observou-se que os frutos são do tipo legume, nao diferindo entre as espécies. A superficie do tegumento das sementes, observada em microscopia eletrônica de varredura, mostrou-se predominante punctada em C. duckei e C. martii e microrreticulada em C. reticulata. A linha lucida ocorre no tercoo inferior da exotesta em C. martii enquanto que em C. duckei e em C. reticulata esta ocorre na região mediana da exotesta. Os cotilédones sãoo recobertos por uma cuticula delgada e levemente estriada em C. duckei, e estriada em C. reticulata e em C. martii. A parede periclinal externa da epiderme e levemente convexa e apresenta depressões em C. duckei, sendo convexa em C. martii e em C. reticulata. O eixo embrionário de C. duckei apresenta pequeno diametro em relação ao seu comprimento, enquanto que os de C. reticulata e os de C. martii são proporcionais. C. duckei e C. martii apresentam plumula rudimentar, havendo, nas respectivas espécies, um e dois relevos na região apical do eixo embrionario. Ja em C. reticulata a plumula e um pouco diferenciada, pois além do relevo no apice do eixo embrionário ha reentrancia apical diferenciada, com os foliolos em estágio inicial de do senvolvimento. Na semente madura das três espécies, compostos fenólicos e alcalóides provavelmente são as principais substâncias de defesa constantes no tegumento e na epiderme dos cotilédones, enquanto que lipídeos e proteinas constituem as principais reservas presentes na epiderme e no parênquima dos cotilédones. A principal diferença encontrada entre as plantas jovens destas espécies foi a presença de estipulas foliaceas bem desenvolvidas em C. reticulata, ausentes em C. duckei e semelhantes a da plantula em C. martii tambem foliaceas, porem bem menos conspicuas. Em C. martii a filotaxia e alterna enquanto nas duas outras espécies é oposta. Nos limbos foliolares foram observados diversos metabólitos, como amido, substâncias lipofílicas e pécticas, idioblastos mucilaginosos, fenólicos e cristalíferos. Eofilos e metafilos são anatomicamente semelhantes. Todas as espécies apresentaram cavidades secretoras e glândulas. Os resultados da atividade alelopática dos oleos essenciais procedentes de folhas e ramos das espécies de Copaifera testadas (doadoras) não revelaram diferenca estatística significativa nas espécies receptoras (Mimosa pudica L. e Senna obtusifolia (L.) H.S. Irwin e Barneby). Porem os óleos essênciais das folhas apresentaram maior potencial médio para inibir o desenvolvimento da raiz (45%) e do hipocotilo (74%) destas espécies. Adicionalmente, os constituintes majoritarios apresentaram concentrações mais elevadas nas folhas do que nos ramos, o que justifica as diferenças observadas com relação a intensidade dos efeitos alelopáticos. Dos constituintes identificados, apenas o ƒÔ¡Vcandineno e o linalol ja foram anteriormente relacionados a atividade alelopatica, sendo, neste trabalho, proposta a atividade alopatica de outros compostos. Os resultados permitiram a melhor caracterização dos aspectos morfoanatômicos, histoquímicos das sementes e frutos destas tres especies de Copaifera, bem como de aspectos morfologicos de plântulas e plantas jovens, contribuindo para o esclarecimento da distinção entre os táxons, sobretudo entre C. duckei e C. reticulata.

Co-Orientador: Santos, João Ubiratan Moreira dos

Área de concentração: Botânica

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