Estudos tecnológicos para auxiliar na análise das sementes de Enterolobium schomburgkii Benth. / Michele Braule Pinto Ramos.

Por: Ramos, Michele Braule PintoColaborador(es):Ferraz, Isolde Dorothea Kossmann [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2003Notas: 93 f. : il. (algumas color.), mapaAssunto(s): Enterolobium schomburgkii -- Armazenamento | Enterolobium schomburgkii -- Fenologia | Enterolobium schomburgkii -- Sementes | GerminaçãoClassificação Decimal de Dewey: 634.973321 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2003 Sumário: A árvore Enterolobium schomburgkii Benth. da família botânica Mimosaceae, é localmente conhecida como faveira-orelha-de-macaco. As características de sua madeira mostram propriedades equivalentes às de espécies mais nobres da região. A madeira é conhecida fora do Brasil como batibatra. A árvore é heliófila, se associa a bactérias Rhizobium sp. e pode, portanto, ser plantada em solos pobres. Apesar desta vantagem silvicultural e seu potencial econômico, quase não existem plantações de E. schomburgkii na região amazônica. Uma das razões pode ser a falta de informações sobre a sua propagação. O presente estudo fornece conhecimentos básicos para o manuseio da semente e avaliação da qualidade visando uma possível comercialização das sementes de E. schomburgkii no futuro. A germinação é epígea e fanerocotiledonar. Sob condições ideais de temperatura, o desenvolvimento de uma plântula normal pode ser avaliado aos 14 dias após a semeadura. Os frutos indeiscentes são dispersos na estação seca, no estado do Amazonas, e podem ser coletados durante o mês de setembro. O teor de água de sementes recém dispersas variou entre 10,5 e 13,5%. Companrando quantro anos de produção, o peso de 1000 sementes estava entre 49 e 59g. Utilizando-se um mínimo de 60 sementes por repetição, a diferença entre os teores de água ficou abaixo de 2%, portanto dentro dos padrões aceitos pelas Regras para Análise de Sementes. Temperaturas alternadas (12:12h) de 35:15ºC e 30:20ºC, não tiveram influência sobre a quebra da dormência tegumentar das sementes. Após quebra da dormência tegumentar por desponte, o processo germinativo não foi inibido no escuro, caracterizando um comportamento indiferente à luz. Estudos de germinação num gradiente de temperatura entre 5 e 40ºC, indicaram que a temperatura ótima para a emissão da raiz primária e desenvolvimento de uma plântula normal foi de 30ºC. Devido à impermeabilidade do tegumento, a velocidade de germinação foi dependente do método utilizado para a quebra de dormência. O teste frio, mantendo as sementes sob condições úmidas durante 7 dias a 5ºC, revelou-se um método eficiente para detectar diferenças na qualidade entre anos de coleta e diferentes tempos de armazenamento. O armazenamento hermeticamente fechado entre -18ºC a +20ºC durante 9 meses não reduziu a germinação, assim como um dessecamento das sementes até 3,5 - 4,0% de teor de água. Assim, as sementes mostraram um comportamento ortodoxo no armazenamento. Um congelamento das sementes (-18ºC) durante 24 horas, foi suficiente para combater o inseto. As sementes de E. schomburgkii mostraram-se de fácil manuseio e armazenamento. Dentro de um curto período de tempo, é possível avaliar a qualidade de sementes de E. schomburgkii.
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Dissertação T 634.973321 R175e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 03-0788

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2003

A árvore Enterolobium schomburgkii Benth. da família botânica Mimosaceae, é localmente conhecida como faveira-orelha-de-macaco. As características de sua madeira mostram propriedades equivalentes às de espécies mais nobres da região. A madeira é conhecida fora do Brasil como batibatra. A árvore é heliófila, se associa a bactérias Rhizobium sp. e pode, portanto, ser plantada em solos pobres. Apesar desta vantagem silvicultural e seu potencial econômico, quase não existem plantações de E. schomburgkii na região amazônica. Uma das razões pode ser a falta de informações sobre a sua propagação. O presente estudo fornece conhecimentos básicos para o manuseio da semente e avaliação da qualidade visando uma possível comercialização das sementes de E. schomburgkii no futuro. A germinação é epígea e fanerocotiledonar. Sob condições ideais de temperatura, o desenvolvimento de uma plântula normal pode ser avaliado aos 14 dias após a semeadura. Os frutos indeiscentes são dispersos na estação seca, no estado do Amazonas, e podem ser coletados durante o mês de setembro. O teor de água de sementes recém dispersas variou entre 10,5 e 13,5%. Companrando quantro anos de produção, o peso de 1000 sementes estava entre 49 e 59g. Utilizando-se um mínimo de 60 sementes por repetição, a diferença entre os teores de água ficou abaixo de 2%, portanto dentro dos padrões aceitos pelas Regras para Análise de Sementes. Temperaturas alternadas (12:12h) de 35:15ºC e 30:20ºC, não tiveram influência sobre a quebra da dormência tegumentar das sementes. Após quebra da dormência tegumentar por desponte, o processo germinativo não foi inibido no escuro, caracterizando um comportamento indiferente à luz. Estudos de germinação num gradiente de temperatura entre 5 e 40ºC, indicaram que a temperatura ótima para a emissão da raiz primária e desenvolvimento de uma plântula normal foi de 30ºC. Devido à impermeabilidade do tegumento, a velocidade de germinação foi dependente do método utilizado para a quebra de dormência. O teste frio, mantendo as sementes sob condições úmidas durante 7 dias a 5ºC, revelou-se um método eficiente para detectar diferenças na qualidade entre anos de coleta e diferentes tempos de armazenamento. O armazenamento hermeticamente fechado entre -18ºC a +20ºC durante 9 meses não reduziu a germinação, assim como um dessecamento das sementes até 3,5 - 4,0% de teor de água. Assim, as sementes mostraram um comportamento ortodoxo no armazenamento. Um congelamento das sementes (-18ºC) durante 24 horas, foi suficiente para combater o inseto. As sementes de E. schomburgkii mostraram-se de fácil manuseio e armazenamento. Dentro de um curto período de tempo, é possível avaliar a qualidade de sementes de E. schomburgkii.

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