A longevidade e a perda da dormência de diásporos de espécies florestais tropicais em áreas com diferentes graus de alteração / Maria da Conceição Prado de Oliveira.

Por: Oliveira, Maria da Conceição Prado deColaborador(es):Ferraz, Isolde Dorothea Kossmann [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2003Notas: 222 p. : ilAssunto(s): Espécies florestais -- Sementes | Sementes -- Ecologia | Sementes -- DormênciaClassificação Decimal de Dewey: 634.9562 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2003 Sumário: O avanço da ocupação humana na floresta Amazônica gerou uma paisagem em mosaico que abrange desde a floresta primária, capoeira de várias idades, pastagens, aterros de estradas de rodagem e outros. Informações a respeito dos processos naturais de regeneração e sucessão poderão contribuir em projetos de reabilitação dessas áreas alteradas pela ação humana. Para gerar esses conhecimentos tornam-se essenciais estudos relacionados com a ecologia das sementes, uma vez que essa constitui a principal forma de propagação das espécies vegetais. Desta forma, pesquisas relacionadas com as espécies que formam o banco de sementes do solo, o tempo em que essas sementes permanecem no banco e os fatores ambientais responsáveis pelo seu desaparecimento (morte ou germinação) do solo são essenciais para compreensão dos processos envolvidos na regeneração dessas comunidades. O objetivo desse trabalho foi determinar o tempo de permanência (longevidade) dos diásporos (sementes e pirênios) de espécies selecionadas sob condições naturais no solo da floresta primária e em três áreas com diferente graus de alteração (Capoeira, Barranco e Areal) causada pela ação humana; verificar, também, as características morfofisiológicas que contribuem para prolongar a permanência desses diásporos no solo enterrado. Para isso foram escolhidas as seguintes espécies de interesse econômica e/ou ecológico Jacaranda copaia, helicostylis tomentosa, Bertholletia excelsa, Andira spp. (Andira parviflora e Andira unifoliolata), Parkia pendula, Dinizia excelsa, Hymenaea parviflora e Ochroma pyramidale. Os diásporos dessas espécies foram enterrados a 5cm de profundidade em solos da floresta, capoeira, barranco e areal e acompanhados em períodos pré-determinados (1,3,6,12,18,24 meses) durante dois anos (março/abril de 2000 a março/abril de 2002). Os resultados mostraram que o desaparecimento dos diásporos do banco enterrado nas áreas alteradas ocorreu de forma mais homogênia do que na floresta. A maior parte do banco enterrado desapareceu do solo logo no primeiro ano em todos os ambientes. Poucas espécies permaneceram no solo após 24 meses em ambientes alterados (B. excelsa e O. piramidale) e a floresta conservou melhor os diásporos das espécies Andira spp. J. copaia e H. parvifolia. Constatou-se na superfície do envoltório das sementes, estruturas e/ou pontos frágeis por onde, possivelmente, ocorreu o início da rachadura do tegumento ou endocarpo duro, superando a dormência física ou mecânica das sementes estudadas. Ao serem enterradas no solo, as sementes podem sofrer os efeitos bióticos e abióticos, acelerando o processo de rompimento desses pontos frágeis do envoltório, permitindo a germinação.
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Dissertação T 634.9562 O48lon (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 03-0957

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2003

O avanço da ocupação humana na floresta Amazônica gerou uma paisagem em mosaico que abrange desde a floresta primária, capoeira de várias idades, pastagens, aterros de estradas de rodagem e outros. Informações a respeito dos processos naturais de regeneração e sucessão poderão contribuir em projetos de reabilitação dessas áreas alteradas pela ação humana. Para gerar esses conhecimentos tornam-se essenciais estudos relacionados com a ecologia das sementes, uma vez que essa constitui a principal forma de propagação das espécies vegetais. Desta forma, pesquisas relacionadas com as espécies que formam o banco de sementes do solo, o tempo em que essas sementes permanecem no banco e os fatores ambientais responsáveis pelo seu desaparecimento (morte ou germinação) do solo são essenciais para compreensão dos processos envolvidos na regeneração dessas comunidades. O objetivo desse trabalho foi determinar o tempo de permanência (longevidade) dos diásporos (sementes e pirênios) de espécies selecionadas sob condições naturais no solo da floresta primária e em três áreas com diferente graus de alteração (Capoeira, Barranco e Areal) causada pela ação humana; verificar, também, as características morfofisiológicas que contribuem para prolongar a permanência desses diásporos no solo enterrado. Para isso foram escolhidas as seguintes espécies de interesse econômica e/ou ecológico Jacaranda copaia, helicostylis tomentosa, Bertholletia excelsa, Andira spp. (Andira parviflora e Andira unifoliolata), Parkia pendula, Dinizia excelsa, Hymenaea parviflora e Ochroma pyramidale. Os diásporos dessas espécies foram enterrados a 5cm de profundidade em solos da floresta, capoeira, barranco e areal e acompanhados em períodos pré-determinados (1,3,6,12,18,24 meses) durante dois anos (março/abril de 2000 a março/abril de 2002). Os resultados mostraram que o desaparecimento dos diásporos do banco enterrado nas áreas alteradas ocorreu de forma mais homogênia do que na floresta. A maior parte do banco enterrado desapareceu do solo logo no primeiro ano em todos os ambientes. Poucas espécies permaneceram no solo após 24 meses em ambientes alterados (B. excelsa e O. piramidale) e a floresta conservou melhor os diásporos das espécies Andira spp. J. copaia e H. parvifolia. Constatou-se na superfície do envoltório das sementes, estruturas e/ou pontos frágeis por onde, possivelmente, ocorreu o início da rachadura do tegumento ou endocarpo duro, superando a dormência física ou mecânica das sementes estudadas. Ao serem enterradas no solo, as sementes podem sofrer os efeitos bióticos e abióticos, acelerando o processo de rompimento desses pontos frágeis do envoltório, permitindo a germinação.

Área de concentração: Ecologia

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