Mapeamento cromossômico comparativo de serrasalmídeos (Serrasalmidae, Characiformes) por meio de sequências repetitivas de DNA / Ramon Marin Favarato.

Por: Favarato, Ramon MarinColaborador(es):Feldberg, Eliana [Orientador] | Ota, Rafaela Priscila [Coorientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.e], 2019Assunto(s): Pacu | Piranha | Evolução cromossômicaClassificação Decimal de Dewey: 597.52 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (Doutor(a)) - INPA, 2019. Sumário: Serrasalmidae é uma família de peixe endêmica da região neotropical, que abrange várias espécies de interesse comercial, incluindo peixes conhecidos pela voracidade, como as piranhas, e espécies de alto valor econômico, como o tambaqui. Apesar de monofilética, divide-se em três grandes clados (“pacus”, “Myleus” e “piranha”) e apresenta grande diversidade tanto morfológica como cromossômica, com alguns complexos de espécies já descritos para o clado “piranha”. Mesmo com números diploides bem definidos em cada clado, a evolução cariotípica desse grupo ainda não é bem compreendida, principalmente no que diz respeito ao clado “Myleus”. Sendo assim, o presente trabalho teve como principal objetivo ampliar os dados citogenéticos em Serrasalmidae por meio do mapeamento de DNA repetitivo (DNAr 18S e 5S, sequências teloméricas e retroelementos da Rex) em espécies dos clados “Myleus” e “piranha”, visando compreender a organização genômica e os mecanismos de evolução cromossômica da família. Espécies de Serrasalmus consideradas complexos (S. maculatus e S. rhombeus) mostraram variações inter e intraespecíficas de sítios de DNAr 18S com localização coincidente com o retroelemento Rex1. Metynnis lippincottianus e M. maculatus apresentaram número diploide de 62 cromossomos, com marcações de RNAr 18S em dois pares de cromossomos e sítios de RNAr 5S em um par de cromossomos subtelocêntricos, em ambas as espécies. Entretanto, mesmo com macroestrutura cariotípica similar, variações inter e intraespecíficas no gênero foram encontradas, em particular a presença de um cromossomo B restrito às fêmeas de M. lippincottianus. Os exemplares de Metynnis cuiaba, M. hypsauchen, M. longipinnis, Myloplus asterias, M. lobatus, M. rubripinnis, M. schomburgkii e Tometes camunani mostraram diferenças no número diploide, fórmula cariotípica e localização das sequências ribossomais 18S e 5S. Sintenia dos DNAr 18S e 5S foi evidenciada nas três espécies de Metynnis, fato observado pela primeira vez na família. A análise desses dados evidenciou que existe uma variação no número diploide de 58 a 62 cromossomos com tendência ao aumento do 2n no clado derivado (“piranha”), sugerindo que a evolução cromossômica em Serrasalmidae envolveu uma série de rearranjos cromossômicos e ocorreu de forma independente em cada gênero estudado.
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Tese Tese Biblioteca INPA
T 597.52 F272m (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2019-0339

Tese (Doutor(a)) - INPA, 2019.

Serrasalmidae é uma família de peixe endêmica da região neotropical, que abrange várias espécies de interesse comercial, incluindo peixes conhecidos pela voracidade, como as piranhas, e espécies de alto valor econômico, como o tambaqui. Apesar de monofilética, divide-se em três grandes clados (“pacus”, “Myleus” e “piranha”) e apresenta grande diversidade tanto morfológica como cromossômica, com alguns complexos de espécies já descritos para o clado “piranha”. Mesmo com números diploides bem definidos em cada clado, a evolução cariotípica desse grupo ainda não é bem compreendida, principalmente no que diz respeito ao clado “Myleus”. Sendo assim, o presente trabalho teve como principal objetivo ampliar os dados citogenéticos em Serrasalmidae por meio do mapeamento de DNA repetitivo (DNAr 18S e 5S, sequências teloméricas e retroelementos da Rex) em espécies dos clados “Myleus” e “piranha”, visando compreender a organização genômica e os mecanismos de evolução cromossômica da família. Espécies de Serrasalmus consideradas complexos (S. maculatus e S. rhombeus) mostraram variações inter e intraespecíficas de sítios de DNAr 18S com localização coincidente com o retroelemento Rex1. Metynnis lippincottianus e M. maculatus apresentaram número diploide de 62 cromossomos, com marcações de RNAr 18S em dois pares de cromossomos e sítios de RNAr 5S em um par de cromossomos subtelocêntricos, em ambas as espécies. Entretanto, mesmo com macroestrutura cariotípica similar, variações inter e intraespecíficas no gênero foram encontradas, em particular a presença de um cromossomo B restrito às fêmeas de M. lippincottianus. Os exemplares de Metynnis cuiaba, M. hypsauchen, M. longipinnis, Myloplus asterias, M. lobatus, M. rubripinnis, M. schomburgkii e Tometes camunani mostraram diferenças no número diploide, fórmula cariotípica e localização das sequências ribossomais 18S e 5S. Sintenia dos DNAr 18S e 5S foi evidenciada nas três espécies de Metynnis, fato observado pela primeira vez na família. A análise desses dados evidenciou que existe uma variação no número diploide de 58 a 62 cromossomos com tendência ao aumento do 2n no clado derivado (“piranha”), sugerindo que a evolução cromossômica em Serrasalmidae envolveu uma série de rearranjos cromossômicos e ocorreu de forma independente em cada gênero estudado.

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