Avaliação da madeira de Eucalyptus scabra (Dum-Cours) e Eucalyptus robusta (Smith) na produção de painéis compensados / Nabor da Silveira Pio.

Por: Pio, Nabor da SilveiraColaborador(es):Keinert Junior, Sidon [Orientador]Detalhes da publicação: Curitiba : 1996 1996Notas: 101 f. : ilAssunto(s): Compensados de madeira | Eucalipto -- Aplicações industriais | Madeira -- Testes | Eucalyptus scabraClassificação Decimal de Dewey: 674.83 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Federal do Paraná, 1996 Sumário: O presente trabalho teve por objetivo avaliar a madeira do Eucalyptus scabra (Dum-Cours) e do Eucalyptus robusta (Smith) como fonte de matéria prima para laminação e produção de compensados. A madeira foi proveniente de plantios experimentais da fazenda Rio Negro da Universidade Federal do Paraná com aproximadamente 30 anos. O número total de árvores coletadas foram seis, três por espécie. Ainda no campo as toras receberam tratamentos de topo, anelamento com motoserra, cintamento metálico e selador no sentido de minimizar as tensões de crescimento. O delineamento foi completamente casualizado com arranjo fatorial dos dados, sendo a análise realizada por espécie. As lâminas foram produzidas nas Indústrias Karson para o laminado e na Selectas S/A Ind. e Com. de Madeiras para o faqueado. A espessurra foi de 2,00 mm, enquanto que para o faqueado foi de 0,6 mm. A qualidade das lâminas está de acordo com a norma da ABIMCE. Foram estudados dois tempos de prensagem (8 e 12 minutos) e as temperaturas de prensagem foram divididas por resinas uréia-formol (105 e 120 °C) e fenol-formol ( 135 e 150 °C) com um total de dezesseis tratamentos, sendo oito por espécie. Foram produzidos oitenta painéis de 0,50 x 0,50 m. Os valores médios da densidade para o Eucalyptus scabra foi de 0.644 (g/cm³), enquanto que o Eucalyptus robusta 0,565 (g/cm³), consideradas similares a valores encontrados na literatura. As perdas observadas com laminação são próximas a do Pinus elliottii estudado por MEDINA (1986), 63,53% para o Eucalyptus scabra, e 56,00% para o Eucalyptus robusta. O rendimento obtido na operação de faqueamento foi baixo quando comparado com outras espécies de folhosas. O rendimento do laminado para o Eucalyptus scabra foi de 36,47% e para o Eucalyptus robusta de 44,00%. No faqueamento o rendimento encontrado para o Eucalyptus scabra foi de 69,66% enquanto que para o Eucalyptus robusta foi de 80,90%. O valor encontrado para os ensaios de recuperação em espessura para o adesivo fenol-formol Eucalyptus scabra foi de 3,03%. Para o Eucalyptus robusta adesivo uréia-formol o inchamento mais recuperação em espessura foi de 11,04%. Para o adesivo fenol-formol a porcentegem de recuperação em espessura foi de 4,48%. O ensaio de flexão estática apresentou valores para o MOE, sentido paralelo a grã adesivo uréia-formol, superiores a 17500N/mm², e para o MOR os valores foram superiores a 96,00 N/mm². Com o adesivo fenol-formol, sentido paralelo a grã, os valores do MOE e MOR foram superiores a 18700 N/mm² e 90,00N/mm², respectivamente. No sentido perpendicular a grã, adesivo uréia-formol, o MOE apresentou valores superiores a 5800 N/mm², enquanto que o MOR acima de 41,00 N/mm². Para o adesivo fenol-formol os valores do MOE e MOR foram superiores a 4200 N/mm² e 43,00 N/mm² para as duas espécies. No ensaio de resistência ao cisalhamento os fatores examinados não apresentaram diferenças significativas para ambas espécies e adesivos e, os valores de porcentagem de falha na madeira tanto para o ensaio úmido quanto o seco estão de acordo com a norma American Plywood Association U.S. Product standart PS 1-74. Com os resultados obtidos, os painéis produzidos possuem potencial para serem utilizados comercialmente.
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Dissertação T 674.83 P662a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 99-0665

Dissertação (mestre) - Universidade Federal do Paraná, 1996

O presente trabalho teve por objetivo avaliar a madeira do Eucalyptus scabra (Dum-Cours) e do Eucalyptus robusta (Smith) como fonte de matéria prima para laminação e produção de compensados. A madeira foi proveniente de plantios experimentais da fazenda Rio Negro da Universidade Federal do Paraná com aproximadamente 30 anos. O número total de árvores coletadas foram seis, três por espécie. Ainda no campo as toras receberam tratamentos de topo, anelamento com motoserra, cintamento metálico e selador no sentido de minimizar as tensões de crescimento. O delineamento foi completamente casualizado com arranjo fatorial dos dados, sendo a análise realizada por espécie. As lâminas foram produzidas nas Indústrias Karson para o laminado e na Selectas S/A Ind. e Com. de Madeiras para o faqueado. A espessurra foi de 2,00 mm, enquanto que para o faqueado foi de 0,6 mm. A qualidade das lâminas está de acordo com a norma da ABIMCE. Foram estudados dois tempos de prensagem (8 e 12 minutos) e as temperaturas de prensagem foram divididas por resinas uréia-formol (105 e 120 °C) e fenol-formol ( 135 e 150 °C) com um total de dezesseis tratamentos, sendo oito por espécie. Foram produzidos oitenta painéis de 0,50 x 0,50 m. Os valores médios da densidade para o Eucalyptus scabra foi de 0.644 (g/cm³), enquanto que o Eucalyptus robusta 0,565 (g/cm³), consideradas similares a valores encontrados na literatura. As perdas observadas com laminação são próximas a do Pinus elliottii estudado por MEDINA (1986), 63,53% para o Eucalyptus scabra, e 56,00% para o Eucalyptus robusta. O rendimento obtido na operação de faqueamento foi baixo quando comparado com outras espécies de folhosas. O rendimento do laminado para o Eucalyptus scabra foi de 36,47% e para o Eucalyptus robusta de 44,00%. No faqueamento o rendimento encontrado para o Eucalyptus scabra foi de 69,66% enquanto que para o Eucalyptus robusta foi de 80,90%. O valor encontrado para os ensaios de recuperação em espessura para o adesivo fenol-formol Eucalyptus scabra foi de 3,03%. Para o Eucalyptus robusta adesivo uréia-formol o inchamento mais recuperação em espessura foi de 11,04%. Para o adesivo fenol-formol a porcentegem de recuperação em espessura foi de 4,48%. O ensaio de flexão estática apresentou valores para o MOE, sentido paralelo a grã adesivo uréia-formol, superiores a 17500N/mm², e para o MOR os valores foram superiores a 96,00 N/mm². Com o adesivo fenol-formol, sentido paralelo a grã, os valores do MOE e MOR foram superiores a 18700 N/mm² e 90,00N/mm², respectivamente. No sentido perpendicular a grã, adesivo uréia-formol, o MOE apresentou valores superiores a 5800 N/mm², enquanto que o MOR acima de 41,00 N/mm². Para o adesivo fenol-formol os valores do MOE e MOR foram superiores a 4200 N/mm² e 43,00 N/mm² para as duas espécies. No ensaio de resistência ao cisalhamento os fatores examinados não apresentaram diferenças significativas para ambas espécies e adesivos e, os valores de porcentagem de falha na madeira tanto para o ensaio úmido quanto o seco estão de acordo com a norma American Plywood Association U.S. Product standart PS 1-74. Com os resultados obtidos, os painéis produzidos possuem potencial para serem utilizados comercialmente.

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