Avaliação da qualidade da madeira de árvores da Amazônia por método não destrutivo de propagação de onda: tomógrafo de impulso e stress wave timer / Sámia Valéria dos Santos Barros

Por: Barros, Sámia Valéria dos SantosColaborador(es):Higuchi, Niro [Orientador] | Nascimento, Claudete Catanhede do [Coorientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2016Notas: xvi, 134 f.: il., color.; 30 cmAssunto(s): Madeira -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 674.3 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016 Sumário: Buscando avaliar espécies florestais como alternativa ao mercado madeireiro e indicar ferramentas aos planos de manejo florestais sustentáveis para a valoração das árvores in loco, auxiliando na tomada de decisão durante processo pré-exploratório, o presente trabalho objetivou caracterizar madeiras da Amazônia através de técnicas não destrutivas, avaliando sua qualidade interna, propriedades físicas e o módulo de elasticidade dinâmico (MOEd). Os trabalhos de campo foram conduzidos na estação experimental de silvicultura tropical – ZF2 de propriedade do INPA, localizada na BR 174, Manaus/Boa Vista. Foram selecionadas aleatoriamente 19 árvores em 01 (um) hectare, sendo mensurado o diâmetro e coletado material botânico para identificação de todas as árvores. Posteriormente, utilizou-se o aparelho stress wave timer para medição do tempo percorrido pela onda de tensão na árvore, em três sentidos (longitudinal, diagonal e transversal). No mesmo local no DAP, utilizou-se o tomógrafo de impulso para captação de imagens tomográficas do lenho das árvores. As árvores foram derrubadas, sendo retirado um disco de cada árvore para determinação da densidade aparente, básica, retratibilidade e teor de umidade, e desdobradas em toras de 4 m de comprimento e em tábuas. A partir do tempo obtido com stress wave timer foi determinada a velocidade e módulo de elasticidade dinâmico das árvores e subprodutos. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, teste de Tukey, análise de Cluster (agrupamento). As avaliações por ensaio não destrutivo realizadas nos três sentidos da árvore em pé indicaram que o sentido diagonal foi o melhor para emissão de ondas de tensão por stress wave timer, por apresentar dados mais homogêneos. Na avaliação não destrutiva das toras e tábuas, revelou que a madeira do cerne e alburno nas toras, apresentaram valores de MOEd semelhantes, contribuindo na agregação de valor à matéria-prima. Os valores de MOEd das toras foram equivalentes ás tábuas. Com o stress wave timer foi possível à formação de grupos por classe de variação (velocidade ou módulo de elasticidade dinâmico). As madeiras apresentaram densidade básica variando de média a alta. O coeficiente de anisotropia para todas as árvores foi igual a 1, classificando as madeiras como estáveis, corroborando na classificação da qualidade das madeiras para usinagem. As imagens tomográficas obtidas revelaram que, não há diferença nas imagens do lenho entre cerne e alburno distinto ou indistinto. A utilização em conjunto do tomógrafo de impulso com o stress wave timer confirmou que é possível predizer a qualidade da madeira. Concluiu-se que, entre as técnicas apresentadas, a propagação de onda por tomografia de impulso é a melhor pela quantidade de informações obtidas. Na análise de Cluster, o grupo 2 apresentou características satisfatórias a partir das variáveis determinadas, evidenciando as espécies Micrandopsis scleroxylon e Eschweilera odora de grande ocorrência na região, além das espécies Pouteria guynensis, Inga paraensis, Inga sp. , Protium tenuifolium, Manilkara amazonica e Byrsonima crispa. Constata-se que, o uso de tecnologias alternativas na caracterização das espécies permitiu registrar um padrão de variação do módulo de elasticidade dinâmico na madeira e identificar a qualidade interna do lenho. Esse resultado confirma que por meio de um “inventário de qualidade”, há possibilidade da predição da qualidade da madeira in situ por técnicas de propagação de onda, para auxiliar na tomada de decisão, na etapa pré-exploratória de um manejo florestal, direcionando a espécie ou indivíduo para o melhor uso.
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Tese T 674.3 B277a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2018-0089

Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016

Buscando avaliar espécies florestais como alternativa ao mercado madeireiro e indicar ferramentas aos planos de manejo florestais sustentáveis para a valoração das árvores in loco, auxiliando na tomada de decisão durante processo pré-exploratório, o presente trabalho objetivou caracterizar madeiras da Amazônia através de técnicas não destrutivas, avaliando sua qualidade interna, propriedades físicas e o módulo de elasticidade dinâmico (MOEd). Os trabalhos de campo foram conduzidos na estação experimental de silvicultura tropical – ZF2 de propriedade do INPA, localizada na BR 174, Manaus/Boa Vista. Foram selecionadas aleatoriamente 19 árvores em 01 (um) hectare, sendo mensurado o diâmetro e coletado material botânico para identificação de todas as árvores. Posteriormente, utilizou-se o aparelho stress wave timer para medição do tempo percorrido pela onda de tensão na árvore, em três sentidos (longitudinal, diagonal e transversal). No mesmo local no DAP, utilizou-se o tomógrafo de impulso para captação de imagens tomográficas do lenho das árvores. As árvores foram derrubadas, sendo retirado um disco de cada árvore para determinação da densidade aparente, básica, retratibilidade e teor de umidade, e desdobradas em toras de 4 m de comprimento e em tábuas. A partir do tempo obtido com stress wave timer foi determinada a velocidade e módulo de elasticidade dinâmico das árvores e subprodutos. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva, teste de Tukey, análise de Cluster (agrupamento). As avaliações por ensaio não destrutivo realizadas nos três sentidos da árvore em pé indicaram que o sentido diagonal foi o melhor para emissão de ondas de tensão por stress wave timer, por apresentar dados mais homogêneos. Na avaliação não destrutiva das toras e tábuas, revelou que a madeira do cerne e alburno nas toras, apresentaram valores de MOEd semelhantes, contribuindo na agregação de valor à matéria-prima. Os valores de MOEd das toras foram equivalentes ás tábuas. Com o stress wave timer foi possível à formação de grupos por classe de variação (velocidade ou módulo de elasticidade dinâmico). As madeiras apresentaram densidade básica variando de média a alta. O coeficiente de anisotropia para todas as árvores foi igual a 1, classificando as madeiras como estáveis, corroborando na classificação da qualidade das madeiras para usinagem. As imagens tomográficas obtidas revelaram que, não há diferença nas imagens do lenho entre cerne e alburno distinto ou indistinto. A utilização em conjunto do tomógrafo de impulso com o stress wave timer confirmou que é possível predizer a qualidade da madeira. Concluiu-se que, entre as técnicas apresentadas, a propagação de onda por tomografia de impulso é a melhor pela quantidade de informações obtidas. Na análise de Cluster, o grupo 2 apresentou características satisfatórias a partir das variáveis determinadas, evidenciando as espécies Micrandopsis scleroxylon e Eschweilera odora de grande ocorrência na região, além das espécies Pouteria guynensis, Inga paraensis, Inga sp. , Protium tenuifolium, Manilkara amazonica e Byrsonima crispa. Constata-se que, o uso de tecnologias alternativas na caracterização das espécies permitiu registrar um padrão de variação do módulo de elasticidade dinâmico na madeira e identificar a qualidade interna do lenho. Esse resultado confirma que por meio de um “inventário de qualidade”, há possibilidade da predição da qualidade da madeira in situ por técnicas de propagação de onda, para auxiliar na tomada de decisão, na etapa pré-exploratória de um manejo florestal, direcionando a espécie ou indivíduo para o melhor uso.

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