Interferência de térmitas (Insecta: Isoptera) na germinação de sementes de espécies florestais da Amazônia / Andréa Gonçalves dos Santos.

Por: Santos, Andréa Gonçalves dosColaborador(es):Martius, Georg Christopher [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 1998Notas: 37 f. : ilAssunto(s): Espécies florestais -- Sementes -- Amazônia | Germinação | Relação inseto-planta | TérmitasClassificação Decimal de Dewey: 595.736 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1998 Sumário: Este trabalho partiu da hipótese que térmitas são possíveis agentes da quebra de dormência de sementes de espécieis florestais da Amazônia. Para determinar se os térmitas interferem na germinação de sementes, realizou-se dois experimentos: a exposição de sementes e frutos em condições naturais, instalado em três áreas de floresta primária na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Testando-se dois tratamentos: sementes sob liteira e sementes enterradas, com lotes de 20 sementes por área. Os lotes foram retirados em intervalos trimestrais, e testes complementares de germinação e viabilidade foram realizados em laboratório. E outro, de alimentação direcionada, foi conduzido no INPA durante dois meses, e consistiu no oferecimento de sementes e frutos de cada espécie aos térmitas, utilizando-se a espécie Nasutitermes macrocephalus na proporção de 240 operários para 60 soldados, colocados em recipientes contendo as sementes e frutos em cinco repetições. Os resultados obtidos neste trabalho quanto a germinação de sementes em condições naturais, além de reafirmar as características das espécies florestais em estudo, no que concerne a heterogeneidade e reduzida taxa de germinação em largo espaço de tempo, traz informações ainda não relatadas acerca da germinação e viabilidade de E. uchi. Para a espécie de A. parviflora, tanto no campo como no laboratório, verificou-se que os frutos não foram consumidos e não ocorreu germinação, onde conclui-se que os térmitas não influenciaram na germinação desta espécie. Para as espécies de E. uchi e B. excelsa, apesar de não ter havido influência na taxa de germinação das mesmas, elas foram nitidamente preferidas como alimento aos térmitas dos gêneros Cylindrotermes, Nasutitermes e Termes, no experimento de laboratório e campo respectivamente, sugere-se então, a realização de trabalhos com estas espécies, para verificar se o consumo liberaria ou não, as sementes do endocarpo propiciando assim, a germinação, Para as espécies de D. excelsa e E. schomburgkii, houve a elevação da taxa de germinação no experimento de latoratório, de 6% em 60 dias e de 5% em oito dias, respectivamente, constatando-se que os térmitas influenciaram positivamente na germinação destas espécies, quebando a dormência causada pela impermeabilidade do tegumento.
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Dissertação T 595.736 S237i (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1127

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1998

Este trabalho partiu da hipótese que térmitas são possíveis agentes da quebra de dormência de sementes de espécieis florestais da Amazônia. Para determinar se os térmitas interferem na germinação de sementes, realizou-se dois experimentos: a exposição de sementes e frutos em condições naturais, instalado em três áreas de floresta primária na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Testando-se dois tratamentos: sementes sob liteira e sementes enterradas, com lotes de 20 sementes por área. Os lotes foram retirados em intervalos trimestrais, e testes complementares de germinação e viabilidade foram realizados em laboratório. E outro, de alimentação direcionada, foi conduzido no INPA durante dois meses, e consistiu no oferecimento de sementes e frutos de cada espécie aos térmitas, utilizando-se a espécie Nasutitermes macrocephalus na proporção de 240 operários para 60 soldados, colocados em recipientes contendo as sementes e frutos em cinco repetições. Os resultados obtidos neste trabalho quanto a germinação de sementes em condições naturais, além de reafirmar as características das espécies florestais em estudo, no que concerne a heterogeneidade e reduzida taxa de germinação em largo espaço de tempo, traz informações ainda não relatadas acerca da germinação e viabilidade de E. uchi. Para a espécie de A. parviflora, tanto no campo como no laboratório, verificou-se que os frutos não foram consumidos e não ocorreu germinação, onde conclui-se que os térmitas não influenciaram na germinação desta espécie. Para as espécies de E. uchi e B. excelsa, apesar de não ter havido influência na taxa de germinação das mesmas, elas foram nitidamente preferidas como alimento aos térmitas dos gêneros Cylindrotermes, Nasutitermes e Termes, no experimento de laboratório e campo respectivamente, sugere-se então, a realização de trabalhos com estas espécies, para verificar se o consumo liberaria ou não, as sementes do endocarpo propiciando assim, a germinação, Para as espécies de D. excelsa e E. schomburgkii, houve a elevação da taxa de germinação no experimento de latoratório, de 6% em 60 dias e de 5% em oito dias, respectivamente, constatando-se que os térmitas influenciaram positivamente na germinação destas espécies, quebando a dormência causada pela impermeabilidade do tegumento.

Área de concentração: Entomologia.

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