Produção da água de fumaça e seu efeito sobre a germinação de sementes de espécies florestais da Amazônia / Yêda Maria Boaventura Corrêa Arruda.

Por: Arruda, Yêda Maria Boaventura CorrêaColaborador(es):Ferraz, Isolde Dorothea K [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2009Notas: xi, 72 f. : ilAssunto(s): Sementes florestais -- Germinação | Água de fumaçaClassificação Decimal de Dewey: 634.9562 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2009 Sumário: A fumaça, produzida pela queima de material vegetal dissolvida na água, vem sendo amplamente estudada por sua ação estimuladora na germinação e no crescimento de espécies silvestres e cultiváveis. Por ser uma pesquisa exploratória com espécies florestais Amazônicas, este estudo teve por objetivos: identificar matérias-primas de fácil aquisição na Amazônia para a produção da água de fumaça e avaliar seu efeito sobre a germinação de espécies florestais com diferentes características ecofisiológicas e de interesse econômico. Foram testadas dez matérias-primas para a produção da água de fumaça, oriundas de folhas, madeiras e resíduos florestais, além do papel de germinação. A eficácia das águas foi avaliada em bio-ensaios com sementes de tomate em diferentes diluições. Seis matérias-primas apresentaram ação positiva, principalmente, nos eventos pós-germinativos (comprimento da raiz e índice de vigor das plântulas). O efeito estimulador foi mais expressivo nas diluições 1:25, 1:50 e 1:100. Para o estudo das espécies florestais, foi selecionada a água de fumaça produzida com madeira de imbaúba e com papel de germinação. Considerando a taxa de germinação e o tempo médio de germinação, as espécies Bertholletia excelsa, Bellucia grossularioides, Enterolobium shomburgkii, Cordia goeldiana, Jacaranda copaia e Ochroma pyramidale foram estimuladas pela fumaça, as espécies Cariniana micrantha, Tabebuia serratifolia e Schizolobium amazonicum foram indiferentes e a espécie Swietenia macrophylla foi inibida. A fumaça aumentou a velocidade do processo em espécies com germinação prolongada (B. excelsa e B. grossularioides) e aumentou significativamente a germinação em lotes com baixo vigor (C. goeldiana, O. pyramidale e J. copaia). Um estudo mais detalhado foi realizado com J. copaia, espécie com dificuldades de propagação devido ao fotoblastismo positivo e a curta longevidade das sementes. A fumaça não foi capaz de eliminar a necessidade por luz e temperatura constante (25 °C) para a germinação das sementes, mas foi eficiente na redução do tempo de germinação das sementes de 31 para 22 dias. Mantendo as sementes embebidas com água de fumaça por 70 dias no escuro, houve um aumento na velocidade germinativa, tanto para as sementes condicionadas a 25 °C quanto para o termo-período de 10 °C (20-30 °C). O trabalho vislumbra a aplicação da água de fumaça no setor florestal, por ser um produto acessível economicamente para os produtores.
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Tese T 634.9562 A779p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0136

Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2009

A fumaça, produzida pela queima de material vegetal dissolvida na água, vem sendo amplamente estudada por sua ação estimuladora na germinação e no crescimento de espécies silvestres e cultiváveis. Por ser uma pesquisa exploratória com espécies florestais Amazônicas, este estudo teve por objetivos: identificar matérias-primas de fácil aquisição na Amazônia para a produção da água de fumaça e avaliar seu efeito sobre a germinação de espécies florestais com diferentes características ecofisiológicas e de interesse econômico. Foram testadas dez matérias-primas para a produção da água de fumaça, oriundas de folhas, madeiras e resíduos florestais, além do papel de germinação. A eficácia das águas foi avaliada em bio-ensaios com sementes de tomate em diferentes diluições. Seis matérias-primas apresentaram ação positiva, principalmente, nos eventos pós-germinativos (comprimento da raiz e índice de vigor das plântulas). O efeito estimulador foi mais expressivo nas diluições 1:25, 1:50 e 1:100. Para o estudo das espécies florestais, foi selecionada a água de fumaça produzida com madeira de imbaúba e com papel de germinação. Considerando a taxa de germinação e o tempo médio de germinação, as espécies Bertholletia excelsa, Bellucia grossularioides, Enterolobium shomburgkii, Cordia goeldiana, Jacaranda copaia e Ochroma pyramidale foram estimuladas pela fumaça, as espécies Cariniana micrantha, Tabebuia serratifolia e Schizolobium amazonicum foram indiferentes e a espécie Swietenia macrophylla foi inibida. A fumaça aumentou a velocidade do processo em espécies com germinação prolongada (B. excelsa e B. grossularioides) e aumentou significativamente a germinação em lotes com baixo vigor (C. goeldiana, O. pyramidale e J. copaia). Um estudo mais detalhado foi realizado com J. copaia, espécie com dificuldades de propagação devido ao fotoblastismo positivo e a curta longevidade das sementes. A fumaça não foi capaz de eliminar a necessidade por luz e temperatura constante (25 °C) para a germinação das sementes, mas foi eficiente na redução do tempo de germinação das sementes de 31 para 22 dias. Mantendo as sementes embebidas com água de fumaça por 70 dias no escuro, houve um aumento na velocidade germinativa, tanto para as sementes condicionadas a 25 °C quanto para o termo-período de 10 °C (20-30 °C). O trabalho vislumbra a aplicação da água de fumaça no setor florestal, por ser um produto acessível economicamente para os produtores.

Área de concentração: Manejo Florestal e Silvicultura.

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