Variação sazonal dos componentes do balanço de radiação e energia sobre a floresta de Caxiuanã / José Danilo da Costa Souza Filho.

Por: Souza Filho, José Danilo da CostaColaborador(es):Ribeiro, Aristides [Orientador]Detalhes da publicação: Viçosa 2002Notas: xvi, 67 fAssunto(s): Balanço energético (Geofísica) | Balanço térmico (Geofísica)Classificação Decimal de Dewey: 551.5209811 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Viçosa, 2002 Sumário: No presente trabalho, utilizou-se dados do projeto LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia) coletados na reserva florestal de Caxiuanã (latitude 01° 42' 30'' S, longitude 51° 31' 45'' W e altitude 60 m), leste da Amazônia. Foram avaliados os componentes do balanço de radiação e balanço de energia, coletados no topo de uma torre micrometeorológica de 56 m de altura, para dois períodos distintos, sendo um representativo do período chuvoso, compreendido entre 16/05 a 27/06/99, e outro representativo do período menos chuvoso, compreendido entre 26/08 a 24/09/99. Os elementos meteorológicos, incluindo-se os quatro componentes do balanço de radiação, foram medidos em uma estação meteorológica automática. Os fluxos de calor latente e calor sensível foram medidos através da técnica de covariância de vórtices turbulentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as variações temporais dos componentes do balanço de radiação e balanço de energia, visando entender os controles biológicos e climáticos destes processos. O albedo médio foi superior durante o período menos chuvoso quando comparado com o período chuvoso. O modelo desenvolvido para estimar o balanço de ondas longas apresentou um bom ajuste, com coeficiente de determinação de 0,79. Em geral, os valores médios dos componentes do balanço de radiação foram maiores no período menos chuvoso. Durante dias de céu claro, o balanço de radiação foi o dobro do observado para dias de céu nublado. A energia disponível para o processo de evapotranspiração (LE/Rn), foi 25% superior durante o período menos chuvoso. A evapotranspiração média diária foi 2,9 mm dia-¹ e 4,3 mm dia-¹, para o período chuvoso e menos chuvoso, respectivamente. Verificou-se que a condutância de superfície guarda uma relação exponencial inversa com o déficit de vapor de água atmosférico, para diferentes intervalos de irradiância solar global, satisfatoriamente representada através de um modelo de estimativa gerado. A análise horária do fator de desacoplamento sugere que a evapotranspiração, durante a manhã, tem um maior controle realizado pela disponibilidade de energia, quando comparado ao período menos chuvoso. Durante a tarde verifica-se que o dossel da floresta progressivamente tende a estar mais acoplado à atmosfera, para ambos os períodos estudados.
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Dissertação T 551.5209811 S729v (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 04-0593

Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Viçosa, 2002

No presente trabalho, utilizou-se dados do projeto LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia) coletados na reserva florestal de Caxiuanã (latitude 01° 42' 30'' S, longitude 51° 31' 45'' W e altitude 60 m), leste da Amazônia. Foram avaliados os componentes do balanço de radiação e balanço de energia, coletados no topo de uma torre micrometeorológica de 56 m de altura, para dois períodos distintos, sendo um representativo do período chuvoso, compreendido entre 16/05 a 27/06/99, e outro representativo do período menos chuvoso, compreendido entre 26/08 a 24/09/99. Os elementos meteorológicos, incluindo-se os quatro componentes do balanço de radiação, foram medidos em uma estação meteorológica automática. Os fluxos de calor latente e calor sensível foram medidos através da técnica de covariância de vórtices turbulentos. O objetivo deste trabalho foi avaliar as variações temporais dos componentes do balanço de radiação e balanço de energia, visando entender os controles biológicos e climáticos destes processos. O albedo médio foi superior durante o período menos chuvoso quando comparado com o período chuvoso. O modelo desenvolvido para estimar o balanço de ondas longas apresentou um bom ajuste, com coeficiente de determinação de 0,79. Em geral, os valores médios dos componentes do balanço de radiação foram maiores no período menos chuvoso. Durante dias de céu claro, o balanço de radiação foi o dobro do observado para dias de céu nublado. A energia disponível para o processo de evapotranspiração (LE/Rn), foi 25% superior durante o período menos chuvoso. A evapotranspiração média diária foi 2,9 mm dia-¹ e 4,3 mm dia-¹, para o período chuvoso e menos chuvoso, respectivamente. Verificou-se que a condutância de superfície guarda uma relação exponencial inversa com o déficit de vapor de água atmosférico, para diferentes intervalos de irradiância solar global, satisfatoriamente representada através de um modelo de estimativa gerado. A análise horária do fator de desacoplamento sugere que a evapotranspiração, durante a manhã, tem um maior controle realizado pela disponibilidade de energia, quando comparado ao período menos chuvoso. Durante a tarde verifica-se que o dossel da floresta progressivamente tende a estar mais acoplado à atmosfera, para ambos os períodos estudados.

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