Estudo do balanço de radiação em áreas de floresta e pastagem na Amazônia / José Alexandre da Costa Galvão.

Por: Galvão, José Alexandre da CostaColaborador(es):Galvão, José Alexandre da Costa [Orientador]Detalhes da publicação: 1999Notas: 125 fAssunto(s): Radiação atmosférica -- Florestas tropicais -- Amazônia | Radiação solar -- Florestas tropicais -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 551.527 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 1999 Sumário: Medidas micrometeorológicas de superfície realizadas nas áreas de floresta e de pastagem do Projeto ABRACOS na região de Ji-Paraná foram utilizadas para avaliar o balanço de radiação, o desempenho de fórmulas empíricas na estimava da radiação de onda longa atmosférica e o balanço de energia para o final da estação chuvosa e início da estação seca do ano de 1993. O desempenho de 5 diferentes equações de estimativas de radiação de onda longa da atmosfera (Ld) foi avaliado para área de pastagem na Amazônia. De um modo geral, as estimativas de Ld, a partir desses modelos, subestimaram a Ld medida, resultando em valores de desvio médio quadrático (DMQ) de 50,7 a 75,2 Wm-², assim como valores negativos de erro médio absoluto (EMA) de - 73,0 a -49,1 Wm-². Isto pode estar relacionado aos coeficientes utilizados nessas equações que são específicas para os locais nos quais foram desenvolvidas, diferentes das condições ambientes de pastagem na Amazônia. Um ajuste local desses coeficientes foi realizado, obtendo-se, com isso, melhores estimativas de Ld pelos modelos em que a emissividade é função somente da temperatura do ar. Os índices estatísticos das equações ajustadas, mostraram coeficientes de correlações (R) próximos à unidade, pequenos valores de DMQ e EMA próximos de zero. A partição de energia foi avaliada, e os resultados indicaram que durante o período chuvoso, a devolução de energia para a atmosfera é realizada predominantemente pelo fluxo de calor latente cuja fração do saldo de radiação (LE/Rn) utilizada foi 0,79 na floresta e 0,65 na pastagem. Uma pequena parte (H/Rn) é usada para o aquecimento da atmosfera, correspondendo a 0,17 na floresta e 0,20 na pastagem. No período seco, a floresta continua a utilizar uma maior quantidade de energia para evaporar e uma menor quantidade para aquecer o ar, enquanto que na pastagem a transferência de energia para a atmosfera ocorre em magnitudes muito próximas dos fluxos de calor latente e calor sensível, principalmente nos horários entre 11 e 14 Hora Local (HL). No caso do evento de friagem, a devolução de energia para a atmosfera é realizada predominantemente pelo fluxo de calor latente antes da passagem, cuja fração do saldo de radiação (LE/Rn) foi igual a 0,79 para a floresta e 0,71 para a pastagem. Durante a friagem, a fração de LE/Rn na floresta foi superior a unidade, enquanto que na pastagem a fração de LE/Rn foi igual a 0,88. Após a passagem da friagem, a fração de LE/Rn e H/Rn na floresta e na pastagem retornam ao padrão antecedente à friagem. No caso do evento de nevoeiro, a forma de devolução de energia para atmosfera também é realizada predominantemente pelo fluxo de calor latente, cujo valores da razão de Bowen foram positivos até 9 HL.
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Dissertação T 551.527 G182e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 08-0648

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 1999

Medidas micrometeorológicas de superfície realizadas nas áreas de floresta e de pastagem do Projeto ABRACOS na região de Ji-Paraná foram utilizadas para avaliar o balanço de radiação, o desempenho de fórmulas empíricas na estimava da radiação de onda longa atmosférica e o balanço de energia para o final da estação chuvosa e início da estação seca do ano de 1993. O desempenho de 5 diferentes equações de estimativas de radiação de onda longa da atmosfera (Ld) foi avaliado para área de pastagem na Amazônia. De um modo geral, as estimativas de Ld, a partir desses modelos, subestimaram a Ld medida, resultando em valores de desvio médio quadrático (DMQ) de 50,7 a 75,2 Wm-², assim como valores negativos de erro médio absoluto (EMA) de - 73,0 a -49,1 Wm-². Isto pode estar relacionado aos coeficientes utilizados nessas equações que são específicas para os locais nos quais foram desenvolvidas, diferentes das condições ambientes de pastagem na Amazônia. Um ajuste local desses coeficientes foi realizado, obtendo-se, com isso, melhores estimativas de Ld pelos modelos em que a emissividade é função somente da temperatura do ar. Os índices estatísticos das equações ajustadas, mostraram coeficientes de correlações (R) próximos à unidade, pequenos valores de DMQ e EMA próximos de zero. A partição de energia foi avaliada, e os resultados indicaram que durante o período chuvoso, a devolução de energia para a atmosfera é realizada predominantemente pelo fluxo de calor latente cuja fração do saldo de radiação (LE/Rn) utilizada foi 0,79 na floresta e 0,65 na pastagem. Uma pequena parte (H/Rn) é usada para o aquecimento da atmosfera, correspondendo a 0,17 na floresta e 0,20 na pastagem. No período seco, a floresta continua a utilizar uma maior quantidade de energia para evaporar e uma menor quantidade para aquecer o ar, enquanto que na pastagem a transferência de energia para a atmosfera ocorre em magnitudes muito próximas dos fluxos de calor latente e calor sensível, principalmente nos horários entre 11 e 14 Hora Local (HL). No caso do evento de friagem, a devolução de energia para a atmosfera é realizada predominantemente pelo fluxo de calor latente antes da passagem, cuja fração do saldo de radiação (LE/Rn) foi igual a 0,79 para a floresta e 0,71 para a pastagem. Durante a friagem, a fração de LE/Rn na floresta foi superior a unidade, enquanto que na pastagem a fração de LE/Rn foi igual a 0,88. Após a passagem da friagem, a fração de LE/Rn e H/Rn na floresta e na pastagem retornam ao padrão antecedente à friagem. No caso do evento de nevoeiro, a forma de devolução de energia para atmosfera também é realizada predominantemente pelo fluxo de calor latente, cujo valores da razão de Bowen foram positivos até 9 HL.

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