Partição de recursos em assembleias de primatas neotropicais: uma comparação entre dois tipos vegetacionais da Amazônia / Marlos Daniel Cid Brum.

Por: Brum, Marlos Daniel CidColaborador(es):Spironello, Wilson roberto [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2011Notas: 58 f. : ilAssunto(s): Primatologia | Primatas -- Amazônia | Platyrrhini | Dieta | Habitat (ecologia) | Reserva Biológica do Uatumã | Parque Nacional do ViruáClassificação Decimal de Dewey: 599.809811 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2011 Sumário: A coexistência das espécies é determinada, em parte, pela forma como os recursos são particionados entre elas. A diferenciação entre espécies simpátricas se dá pela utilização de porções diferentes de determinadas dimensões do nicho, o que pode ocorrer de diversas maneiras. Acredita-se que os primatas se diferenciem, principalmente, pelo padrão diário de atividades, pelo uso do espaço, pela estratificação vertical e por características da dieta. O grande número de espécies de primatas simpátricos na Amazônia deveria levar a partição do nicho em mais de uma dimensão. Para compreender os mecanismos de coexistência entre os primatas neotropicais comparamos a estrutura das assembléias de duas áreas com a mesma composição de espécies de primatas e com produtividades diferentes. Até agora, nenhum estudo havia feito tal comparação. Não encontramos uma partição entre as espécies de primatas na utilização do habitat, no padrão de atividade diária e na estratificação vertical. Todas as espécies utilizaram os horários de forma similar. Houve uma organização da assembleia da REBIO Uatumã em função dos estratos verticais. Apesar disso, há grande sobreposição na utilização dos estratos intermediários, o que torna este um mecanismo ineficaz na separação do nicho das espécies. Apesar de não termos detectado diferenças estruturais no habitat, houve diferenças de produtividade entre os ambientes e as fisionomias, mas apenas durante a estação chuvosa. Registramos uma preferência dos primatas pelos habitats mais produtivos durante a estação chuvosa que não ocorreu durante a estação seca. Assim, o habitat é utilizado em função de sua produtividade, não contribuindo para a diferenciação do nicho das espécies. Nossos resultados sugerem que não há partição dos principais eixos do nicho dos primatas neotropicais. A diferenciação da dieta durante a estação seca pode ser o principal mecanismo de partição de recursos entre os primatas neotropicais, uma vez que durante a estação chuvosa recursos alimentares não seriam limitantes. Esta hipótese ainda precisa ser testada.
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Dissertação T 599.809811 B893p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0576

Dissertação (mestre) - INPA, 2011

A coexistência das espécies é determinada, em parte, pela forma como os recursos são particionados entre elas. A diferenciação entre espécies simpátricas se dá pela utilização de porções diferentes de determinadas dimensões do nicho, o que pode ocorrer de diversas maneiras. Acredita-se que os primatas se diferenciem, principalmente, pelo padrão diário de atividades, pelo uso do espaço, pela estratificação vertical e por características da dieta. O grande número de espécies de primatas simpátricos na Amazônia deveria levar a partição do nicho em mais de uma dimensão. Para compreender os mecanismos de coexistência entre os primatas neotropicais comparamos a estrutura das assembléias de duas áreas com a mesma composição de espécies de primatas e com produtividades diferentes. Até agora, nenhum estudo havia feito tal comparação. Não encontramos uma partição entre as espécies de primatas na utilização do habitat, no padrão de atividade diária e na estratificação vertical. Todas as espécies utilizaram os horários de forma similar. Houve uma organização da assembleia da REBIO Uatumã em função dos estratos verticais. Apesar disso, há grande sobreposição na utilização dos estratos intermediários, o que torna este um mecanismo ineficaz na separação do nicho das espécies. Apesar de não termos detectado diferenças estruturais no habitat, houve diferenças de produtividade entre os ambientes e as fisionomias, mas apenas durante a estação chuvosa. Registramos uma preferência dos primatas pelos habitats mais produtivos durante a estação chuvosa que não ocorreu durante a estação seca. Assim, o habitat é utilizado em função de sua produtividade, não contribuindo para a diferenciação do nicho das espécies. Nossos resultados sugerem que não há partição dos principais eixos do nicho dos primatas neotropicais. A diferenciação da dieta durante a estação seca pode ser o principal mecanismo de partição de recursos entre os primatas neotropicais, uma vez que durante a estação chuvosa recursos alimentares não seriam limitantes. Esta hipótese ainda precisa ser testada.

Área de concentração: Ecologia

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