Medição do efluxo de CO2 do solo com câmaras automáticas sobre floresta em Rondônia / Fabrício Berton Zanchi.

Por: Zanchi, Fabrício BertonColaborador(es):Rocha, Humberto Ribeiro da [Orientador]Detalhes da publicação: São Paulo 2004Notas: vi, 57 f. : ilAssunto(s): Dióxido de carbono atmosférico -- Rondônia | Gases do efeito estufaClassificação Decimal de Dewey: 551.5098175 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre)- Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, 2004 Sumário: Neste trabalho foi investigada a variabilidade do efluxo de CO2 do solo em uma floresta tropical em Ji-Paraná, RO, no período de 30/abril/2003 a 06/janeiro/2004, utilizando uma metodologia de medição com câmaras automáticas e analisador de CO2 no infra-vermelho. A abordagem utilizou cinco câmaras de solo estáticas e semi-fechadas, acopladas a um analisador de CO2 Ciras-SC (PPSystems). A técnica é um notável progresso sobre as medições convencionais, principalmente nos ecossistemas tropicais. Estas medidas são pouco conhecidas na Amazônia, o que a torna importante e relevante para o conhecimento da funcionalidade e a quantificação das emissões de CO2 nos ecossistemas naturais. O trabalho esteve inserido nas atividades do Projeto LBA, suportado pelo Projeto Milênio/CNPq "Mudanças de uso de solo na Amazônia: Implicações climáticas e na ciclagem de carbono". O experimento de campo também envolveu a coleta de dados de temperatura e umidade do solo, coleta de liteira e precipitação. O efluxo de CO2 do solo médio anual foi 1,83 ± 0,87 µmolCO2 m-²s-¹, variando entre 0,5 a 5,5 µmolCO2 m-²s-¹ em todo o período. Os máximos ocorreram no início do período úmido (meados de setembro), aproximadamente 2 a 3 semanas após o início da recuperação da umidade do solo, e também concorrente com a temperatura do solo em ascensão. O principal controle da vegetação no efluxo foi principalmente o aporte de liteira fresca (ocorrido durante a maior parte da estação seca), e parcialmente devido a rebrota das folhas verdes (aumentando a respiração autotrófica) dos mecanismos adaptativos das florestas com características decíduas. O efluxo acumulado anual foi de aproximadamente 9,3 ton C ha-¹ ano-¹. A temperatura do solo ao longo do ano variou entre ~ 23 a 28ºC, e a umidade do solo entre 0,06 a 0,59 m³ m-³. A relação de dependência do efluxo com a temperatura do solo no período seco-intermediário (Maio a Novembro) mostrou um razoável ajuste exponencial, enquanto no período chuvoso a relação não foi nítida. O efluxo mostrou-se bastante dependente do intervalo de umidade do solo. Sob condições mais secas, o efluxo foi fortemente suprimido no limiar inferior, e manteve-se baixo (e insensível a umidade) ate teta menor ou igual a 0.106 m³ m-³, quando então começa a responder positivamente, aumentando com o umedecimento do solo. No intervalo intermediário de umidade, o efluxo é muito limitado no limiar inferior, aumenta progressivamente com o umedecimento e passa por uma faixa de umidade ótima (0,18 a 0,23 m³ m-³), voltando a decrescer novamente em 0,3 m³ m-³. Acima de 0,28 m³ m-³ não há um padrão definido controlado pela umidade, mas uma grande dispersão.
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Dissertação T 551.5098175 Z27m (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 04-0621

Dissertação (mestre)- Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo, 2004

Neste trabalho foi investigada a variabilidade do efluxo de CO2 do solo em uma floresta tropical em Ji-Paraná, RO, no período de 30/abril/2003 a 06/janeiro/2004, utilizando uma metodologia de medição com câmaras automáticas e analisador de CO2 no infra-vermelho. A abordagem utilizou cinco câmaras de solo estáticas e semi-fechadas, acopladas a um analisador de CO2 Ciras-SC (PPSystems). A técnica é um notável progresso sobre as medições convencionais, principalmente nos ecossistemas tropicais. Estas medidas são pouco conhecidas na Amazônia, o que a torna importante e relevante para o conhecimento da funcionalidade e a quantificação das emissões de CO2 nos ecossistemas naturais. O trabalho esteve inserido nas atividades do Projeto LBA, suportado pelo Projeto Milênio/CNPq "Mudanças de uso de solo na Amazônia: Implicações climáticas e na ciclagem de carbono". O experimento de campo também envolveu a coleta de dados de temperatura e umidade do solo, coleta de liteira e precipitação. O efluxo de CO2 do solo médio anual foi 1,83 ± 0,87 µmolCO2 m-²s-¹, variando entre 0,5 a 5,5 µmolCO2 m-²s-¹ em todo o período. Os máximos ocorreram no início do período úmido (meados de setembro), aproximadamente 2 a 3 semanas após o início da recuperação da umidade do solo, e também concorrente com a temperatura do solo em ascensão. O principal controle da vegetação no efluxo foi principalmente o aporte de liteira fresca (ocorrido durante a maior parte da estação seca), e parcialmente devido a rebrota das folhas verdes (aumentando a respiração autotrófica) dos mecanismos adaptativos das florestas com características decíduas. O efluxo acumulado anual foi de aproximadamente 9,3 ton C ha-¹ ano-¹. A temperatura do solo ao longo do ano variou entre ~ 23 a 28ºC, e a umidade do solo entre 0,06 a 0,59 m³ m-³. A relação de dependência do efluxo com a temperatura do solo no período seco-intermediário (Maio a Novembro) mostrou um razoável ajuste exponencial, enquanto no período chuvoso a relação não foi nítida. O efluxo mostrou-se bastante dependente do intervalo de umidade do solo. Sob condições mais secas, o efluxo foi fortemente suprimido no limiar inferior, e manteve-se baixo (e insensível a umidade) ate teta menor ou igual a 0.106 m³ m-³, quando então começa a responder positivamente, aumentando com o umedecimento do solo. No intervalo intermediário de umidade, o efluxo é muito limitado no limiar inferior, aumenta progressivamente com o umedecimento e passa por uma faixa de umidade ótima (0,18 a 0,23 m³ m-³), voltando a decrescer novamente em 0,3 m³ m-³. Acima de 0,28 m³ m-³ não há um padrão definido controlado pela umidade, mas uma grande dispersão.

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