Utilização de Microsternarchus bilineatus (Ostariophysi, Gymnotiformes, Hypopomidae) como biomonitor: o efeito de combustíveis automotivos derivados do petróleo na Descarga do argão Elétrico / Diana José dos Santos Ferreira.
Detalhes da publicação: 2009Notas: xix, 67 f. : il. colorAssunto(s): Peixes elétricos neotropicais | Biomonitoramento | aleo diesel | Gymnotiformes -- Amazônia | GasolinaClassificação Decimal de Dewey: 597.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2009 Sumário: Este estudo avaliou o efeito dos combustiveis automotivos (gasolina e oleo diesel) sobre a frequencia da Descarga do Orgao Eletrico (DOE) de Microsternarchus bilineatus (Ostariophysi, Gymnotiformes), com o intuito de testar a viabilidade desta especie como biomonitora na deteccao de poluentes derivados do petroleo. Dez individuos da especie foram expostos a concentracoes de 110 ƒ-L/L e 220ƒ-L/L para cada poluente testado. Estas concentracoes correspondem, respectivamente, a 25% e 50% do Limite de Tolerancia (LTm) para peixes em aguas continentais. Cada experimento durou 9 horas, sendo que a primeira hora foi usada para a aclimatacao dos individuos nos tanques experimentais. A partir da segunda hora iniciou-se as gravacoes das DOEs com 2 minutos de duracao, em intervalos de 15 minutos. Da segunda ate a quinta hora foi usada como periodo pre-contaminacao e as DOEs desta fase foram comparadas com as gravacoes feitas apos a adicao do poluente. Apos a liberacao do poluente no tanque, as gravacoes se seguiram por mais 4 horas (periodo pos-contaminacao). O sinal bioeletrico foi captado por meio de eletrodos colocados nos tanques, amplificado, e entao monitorado e visualizado por meio de um osciloscopio digital em tempo-real. O sinal foi gravado com o auxilio um conversor analogico/digital (resolucao de 16 bits) e analisado com o programa MATLAB. Analises estatisticas foram feitas em cima das frequencias das descargas entre os periodos pre e pos-contaminacao. Mediante a constatacao da heterogeneidade dos dados, realizou-se o Teste t - Student pareado (p0,05), para valores pre- e pos-contaminacao. Tanto a gasolina como o oleo diesel, nas concentracoes testadas, provocaram alteracoes nas frequencias das DOEs de Microsternarchus. Nove dos dez individuos testados mudaram o ritmo de descarga para gasolina a concentracao de 110 ƒ-L/L e sete a 220 ƒ-L/L. Para oleo diesel a 110 ƒ-L/L, nove de dez individuos mudaram a frequencia e, para 220 ƒ-L/L, nove dos dez individuos testados alteraram o padrao de descarga. Dos 34 individuos que tiveram suas DOEs alteradas, 85,30% mudaram suas frequencias na primeira hora de exposicao aos contaminantes. Variacoes nos resultados podem estar ocorrendo devido a tolerancia diferencial individual aos contaminantes, mas de qualquer forma, os resultados obtidos ate o momento sugerem que Microsternarchus tem um otimo potencial para ser utilizado como especie biomonitora de ambientes aquaticos. O presente estudo tambem abre um leque de possibilidades para estudos futuros, onde se possa aprofundar as investigacoes iniciadas aqui, pela utilização de diferentes concentracoes, diferentes poluentes e pela analise de outros parametros associados as DOEs alem das frequencias.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Livro | Dissertação | T 597.5 F383u (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 10-0056 |
Dissertação (mestre) - INPA, 2009
Este estudo avaliou o efeito dos combustiveis automotivos (gasolina e oleo diesel) sobre a frequencia da Descarga do Orgao Eletrico (DOE) de Microsternarchus bilineatus (Ostariophysi, Gymnotiformes), com o intuito de testar a viabilidade desta especie como biomonitora na deteccao de poluentes derivados do petroleo. Dez individuos da especie foram expostos a concentracoes de 110 ƒ-L/L e 220ƒ-L/L para cada poluente testado. Estas concentracoes correspondem, respectivamente, a 25% e 50% do Limite de Tolerancia (LTm) para peixes em aguas continentais. Cada experimento durou 9 horas, sendo que a primeira hora foi usada para a aclimatacao dos individuos nos tanques experimentais. A partir da segunda hora iniciou-se as gravacoes das DOEs com 2 minutos de duracao, em intervalos de 15 minutos. Da segunda ate a quinta hora foi usada como periodo pre-contaminacao e as DOEs desta fase foram comparadas com as gravacoes feitas apos a adicao do poluente. Apos a liberacao do poluente no tanque, as gravacoes se seguiram por mais 4 horas (periodo pos-contaminacao). O sinal bioeletrico foi captado por meio de eletrodos colocados nos tanques, amplificado, e entao monitorado e visualizado por meio de um osciloscopio digital em tempo-real. O sinal foi gravado com o auxilio um conversor analogico/digital (resolucao de 16 bits) e analisado com o programa MATLAB. Analises estatisticas foram feitas em cima das frequencias das descargas entre os periodos pre e pos-contaminacao. Mediante a constatacao da heterogeneidade dos dados, realizou-se o Teste t - Student pareado (p0,05), para valores pre- e pos-contaminacao. Tanto a gasolina como o oleo diesel, nas concentracoes testadas, provocaram alteracoes nas frequencias das DOEs de Microsternarchus. Nove dos dez individuos testados mudaram o ritmo de descarga para gasolina a concentracao de 110 ƒ-L/L e sete a 220 ƒ-L/L. Para oleo diesel a 110 ƒ-L/L, nove de dez individuos mudaram a frequencia e, para 220 ƒ-L/L, nove dos dez individuos testados alteraram o padrao de descarga. Dos 34 individuos que tiveram suas DOEs alteradas, 85,30% mudaram suas frequencias na primeira hora de exposicao aos contaminantes. Variacoes nos resultados podem estar ocorrendo devido a tolerancia diferencial individual aos contaminantes, mas de qualquer forma, os resultados obtidos ate o momento sugerem que Microsternarchus tem um otimo potencial para ser utilizado como especie biomonitora de ambientes aquaticos. O presente estudo tambem abre um leque de possibilidades para estudos futuros, onde se possa aprofundar as investigacoes iniciadas aqui, pela utilização de diferentes concentracoes, diferentes poluentes e pela analise de outros parametros associados as DOEs alem das frequencias.
Área de concentração: Biologia de água Doce e Pesca Interior
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