Dinâmica de uma floresta de terra firme manejada experimentalmente na região de Manaus (AM) / Alberto Carlos Martins Pinto.

Por: Pinto, Alberto Carlos MartinsColaborador(es):Higuchi, Niro [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2008Notas: xiv, 168 f. : il., (algumas color)Assunto(s): Manejo florestal -- Amazonas | Exploraçao florestal | Cadeia de Markov | Dinâmica florestalClassificação Decimal de Dewey: 634.928 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 2008 Sumário: O presente estudo analisou a dinâmica de uma floresta tropical de terra firme, que foi submetida a uma exploração seletiva de madeira, em 1987 e 1988, sob diferentes intensidades de corte (leve - TI, intermediária - T2 e pesada - T3). O monitoramento foi realizado em parcelas permanentes, medidas antes da exploração (1986) e re-medidas anualmente a partir de 1990. Este estudo foi executado na Estação ZF-2 do INPA, aonde o projeto de manejo florestal, da Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, foi instalado em 1980. O experimento cobriu uma área de 72 hectares, na forma de um delineamento em blocos casualizados, com 3 blocos de 24 hectares cada (400 x 600 m) e 3 tratamentos (intensidades de corte) e uma testemunha, de 4 ha cada (200 x 200 m). Ao todo, foram analisadas 12 parcelas permanentes de 1 ha cada (100 x 100 m), instaladas no centro dos tratamentos, aonde todos os indivíduos arbóreos com DAP 2 10 cm foram monitorados até 2005. Na análise das variáveis (número de árvores, área basal, volume e biomassa), os resultados obtidos indicam que, a floresta remanescente começa a responder de forma positiva a aplicação das diferentes intensidades de corte, a partir do quarto ano após a exploração seletiva de madeira (1991), a partir deste momento, as análises estatísticas, indicaram que existem diferenças significativas entre os tratamentos manejados para o número de árvores para todas as espécies e para o número de árvores de espécies comerciais listadas (EL). Os incrementos (corrente anual - ICA e médio anual - IMA) foram estimados para o período observado de 1990 a 2005. Com relação as variáveis, área basal, volume e biomassa, por meio das análises estatísticas com medidas repetidas, os resultados indicam que, o incremento corrente anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA) variam significativamente com o passar do tempo, agregando todas as espécies. Por meio do cruzamento das informaçSes dos ICA's e IMA's em volume foi observado que não existe padrão definido de crescimento, sendo difícil determinar o momento ideal para aplicação dos tratamentos silviculturais que sugerem desbaste. Utilizando a cadeia de transição probabilística de Markov, para fazer projeçSes sobre o número de árvores projetados em comparação ao número de árvores observadas no período, mostram que os tratamentos T2 e T3 em cada classe de diâmetro apresentaram os melhores resultados. A dinâmica da floresta manejada foi mais favorecida pelo ingresso de novos indivíduos do que pela mortalidade, principalmente no período de 1999-2002; o T2 apresentou o melhor desempenho. Apesar disso, todos os tratamentos tiveram a partir do quarto ano após a exploração, crescimento em área basal, volume e biomassa com o passar do tempo. Indicando que a floresta manejada, em uma estimativa mais otimista, poderá recuperar o volume original da primeira extração, em um prazo de, aproximadamente, 12 anos, ou seja, após 30 anos da primeira exploração. Além disso, o manejo florestal aplicado nessa área proporcionou o aparecimento de outras espécies na área de estudo, principalmente no tratamento TI e T3 e a diversidade de espécies foi considerada altamente significativa com o passar do tempo. A exploração seletiva de madeira proporcionou mudanças na composição florística, mas, não provocou a diminuição na riqueza de espécies após sua aplicação.
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Tese T 634.928 P659d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 09-0180

Tese (doutor) - INPA/UFAM, 2008

O presente estudo analisou a dinâmica de uma floresta tropical de terra firme, que foi submetida a uma exploração seletiva de madeira, em 1987 e 1988, sob diferentes intensidades de corte (leve - TI, intermediária - T2 e pesada - T3). O monitoramento foi realizado em parcelas permanentes, medidas antes da exploração (1986) e re-medidas anualmente a partir de 1990. Este estudo foi executado na Estação ZF-2 do INPA, aonde o projeto de manejo florestal, da Coordenação de Pesquisas em Silvicultura Tropical, foi instalado em 1980. O experimento cobriu uma área de 72 hectares, na forma de um delineamento em blocos casualizados, com 3 blocos de 24 hectares cada (400 x 600 m) e 3 tratamentos (intensidades de corte) e uma testemunha, de 4 ha cada (200 x 200 m). Ao todo, foram analisadas 12 parcelas permanentes de 1 ha cada (100 x 100 m), instaladas no centro dos tratamentos, aonde todos os indivíduos arbóreos com DAP 2 10 cm foram monitorados até 2005. Na análise das variáveis (número de árvores, área basal, volume e biomassa), os resultados obtidos indicam que, a floresta remanescente começa a responder de forma positiva a aplicação das diferentes intensidades de corte, a partir do quarto ano após a exploração seletiva de madeira (1991), a partir deste momento, as análises estatísticas, indicaram que existem diferenças significativas entre os tratamentos manejados para o número de árvores para todas as espécies e para o número de árvores de espécies comerciais listadas (EL). Os incrementos (corrente anual - ICA e médio anual - IMA) foram estimados para o período observado de 1990 a 2005. Com relação as variáveis, área basal, volume e biomassa, por meio das análises estatísticas com medidas repetidas, os resultados indicam que, o incremento corrente anual (ICA) e o incremento médio anual (IMA) variam significativamente com o passar do tempo, agregando todas as espécies. Por meio do cruzamento das informaçSes dos ICA's e IMA's em volume foi observado que não existe padrão definido de crescimento, sendo difícil determinar o momento ideal para aplicação dos tratamentos silviculturais que sugerem desbaste. Utilizando a cadeia de transição probabilística de Markov, para fazer projeçSes sobre o número de árvores projetados em comparação ao número de árvores observadas no período, mostram que os tratamentos T2 e T3 em cada classe de diâmetro apresentaram os melhores resultados. A dinâmica da floresta manejada foi mais favorecida pelo ingresso de novos indivíduos do que pela mortalidade, principalmente no período de 1999-2002; o T2 apresentou o melhor desempenho. Apesar disso, todos os tratamentos tiveram a partir do quarto ano após a exploração, crescimento em área basal, volume e biomassa com o passar do tempo. Indicando que a floresta manejada, em uma estimativa mais otimista, poderá recuperar o volume original da primeira extração, em um prazo de, aproximadamente, 12 anos, ou seja, após 30 anos da primeira exploração. Além disso, o manejo florestal aplicado nessa área proporcionou o aparecimento de outras espécies na área de estudo, principalmente no tratamento TI e T3 e a diversidade de espécies foi considerada altamente significativa com o passar do tempo. A exploração seletiva de madeira proporcionou mudanças na composição florística, mas, não provocou a diminuição na riqueza de espécies após sua aplicação.

Área de concentração: Manejo Florestal.

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