Influência do solo e topografia sobre a mortalidade de árvores e decomposição de madeira em uma floresta de terra - firme na Amazônia Central / José Julio de Toledo.

Por: Toledo, José Julio deColaborador(es):Magnusson, William Ernest [Orientador] | Castilho, Carolina Volkmer de [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2009Notas: 84 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Solos -- Amazônia | Arvores -- Mortalidade | Reserva Florestal Adolpho Ducke (Manaus, AM) | Madeira -- DecomposiçaoClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Nota de dissertação: Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -INPA 2009 Sumário: A relaçao da mortalidade de árvores e decomposiçao de madeira com características do solo e topografia foi investigada em parcelas permanentes distribuídas sobre 64 km2 de floresta de terra-firme na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Foram usadas 72 parcelas estreitas (40 m) e longas (250 m) seguindo a curva de nível do terreno para minimizar a variaçao interna de solos e topografia. A taxa de mortalidade de árvores com diâmetro à altura do peito (DAP) = 10 cm foi de 1,39 ± 0,56 %.ano-1 (média ± d.p.) em cinco anos (2003 a 2008). Características do solo (textura e nutrientes) e inclinaçao explicaram cerca de um quinto da variaçao das taxas de mortalidade. Terrenos inclinados e áreas com solos arenosos e encharcados apresentaram maior mortalidade do que áreas planas com solos argilosos e bem drenados. A relaçao de solos e topografia com a mortalidade foi dependente do tamanho das árvores. Baseado nessa relaçao foi possível separar dois grupos: árvores de pequeno e médio porte (1 = DAP 30 cm), com mortalidade relacionada da mesma forma com as variáveis de solo e topografia; e árvores de grande porte (DAP = 30 cm), com mortalidade sem relaçao ou relacionada de forma diferenciada com essas variáveis. Tempestades aparentemente contribuíram para aumentar a relaçao da mortalidade com solos e topografia, pois a ocorrência desse distúrbio foi associada a uma intensificaçao da relaçao da mortalidade de árvores aparentemente causada pelo vento e chuva com variáveis de solo e inclinaçao. Em um ano de experimento, a decomposiçao da madeira de quatro espécies de árvores com diferentes densidades de madeira (Manilkara huberi (Ducke) Standl. - 0,86 g.cm-3, Couratari guianensis Aubl. - 0,54, Hura crepitans L. - 0,32 e Parkia pendula Bth. Ex Walp. - 0,29), nao foi relacionada com características do solo ou topografia (altitude e inclinaçao), liteira fina e biomassa arbórea, com exceçao de C. guianensis que apresentou decomposiçao fracamente associada com a biomassa arbórea e inclinaçao. A densidade da madeira e o grupo taxonômico da árvore (DAP = 30 cm) mais próxima também nao foram relacionados com a decomposiçao, indicando que esse processo provavelmente está mais associado a organismos decompositores generalistas do que com especialistas associados às árvores mais próximas. Altitude e inclinaçao explicaram ~ 10 % variaçao da mortalidade de árvores. Contudo, nenhuma das variáveis foi útil para prever a variaçao da decomposiçao de madeira, indicando que a inclusao da topografia contribuirá pouco para aumentar a precisao de modelos de previsao de fluxo de carbono. No entanto, a relaçao da mortalidade de árvores com a topografia aumentou devido à ocorrência de tempestades, sugerindo que essas variáveis podem ser úteis sob condiçoes de maior instabilidade climática.
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Tese T 574.52642 T649i (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0303

Tese (doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia -INPA 2009

A relaçao da mortalidade de árvores e decomposiçao de madeira com características do solo e topografia foi investigada em parcelas permanentes distribuídas sobre 64 km2 de floresta de terra-firme na Reserva Florestal Adolpho Ducke. Foram usadas 72 parcelas estreitas (40 m) e longas (250 m) seguindo a curva de nível do terreno para minimizar a variaçao interna de solos e topografia. A taxa de mortalidade de árvores com diâmetro à altura do peito (DAP) = 10 cm foi de 1,39 ± 0,56 %.ano-1 (média ± d.p.) em cinco anos (2003 a 2008). Características do solo (textura e nutrientes) e inclinaçao explicaram cerca de um quinto da variaçao das taxas de mortalidade. Terrenos inclinados e áreas com solos arenosos e encharcados apresentaram maior mortalidade do que áreas planas com solos argilosos e bem drenados. A relaçao de solos e topografia com a mortalidade foi dependente do tamanho das árvores. Baseado nessa relaçao foi possível separar dois grupos: árvores de pequeno e médio porte (1 = DAP 30 cm), com mortalidade relacionada da mesma forma com as variáveis de solo e topografia; e árvores de grande porte (DAP = 30 cm), com mortalidade sem relaçao ou relacionada de forma diferenciada com essas variáveis. Tempestades aparentemente contribuíram para aumentar a relaçao da mortalidade com solos e topografia, pois a ocorrência desse distúrbio foi associada a uma intensificaçao da relaçao da mortalidade de árvores aparentemente causada pelo vento e chuva com variáveis de solo e inclinaçao. Em um ano de experimento, a decomposiçao da madeira de quatro espécies de árvores com diferentes densidades de madeira (Manilkara huberi (Ducke) Standl. - 0,86 g.cm-3, Couratari guianensis Aubl. - 0,54, Hura crepitans L. - 0,32 e Parkia pendula Bth. Ex Walp. - 0,29), nao foi relacionada com características do solo ou topografia (altitude e inclinaçao), liteira fina e biomassa arbórea, com exceçao de C. guianensis que apresentou decomposiçao fracamente associada com a biomassa arbórea e inclinaçao. A densidade da madeira e o grupo taxonômico da árvore (DAP = 30 cm) mais próxima também nao foram relacionados com a decomposiçao, indicando que esse processo provavelmente está mais associado a organismos decompositores generalistas do que com especialistas associados às árvores mais próximas. Altitude e inclinaçao explicaram ~ 10 % variaçao da mortalidade de árvores. Contudo, nenhuma das variáveis foi útil para prever a variaçao da decomposiçao de madeira, indicando que a inclusao da topografia contribuirá pouco para aumentar a precisao de modelos de previsao de fluxo de carbono. No entanto, a relaçao da mortalidade de árvores com a topografia aumentou devido à ocorrência de tempestades, sugerindo que essas variáveis podem ser úteis sob condiçoes de maior instabilidade climática.

Área de concentração: Ecologia.

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