Programação simulada de produção contínua em floresta tropical úmida da Amazônia / Versides Sebastião de Moraes e Silva.

Dissertação (mestre) - Universidade Federal do Paraná, 1982

O objetivo do presente trabalho é o estudo da distribuição volumétrica em classes de diâmetro e a execução de um plano de corte simulado, variando o ciclo e o nível de exploração, em povoamentos de florestas naturais da Amazônia. Os dados para esta pesquisa foram obtidos na floresta da Área 3 do Pólo Juruá-Solimões, que compreende 1.022.614,65 ha. Dos modelos de regressão testados para descrever a estrutura diamétrica, em função do volume comercial com casca, foi a Polinomial de GOFF & WEST do 3º grau, que melhor se ajustou aos dados. O intervalo de classe utilizado foi de 10 cm. O modelo matemático é o seguinte: lnY = bo + b1X + b2X² + b3X³ onde: Y = volume comercial com casca; X = classe de diâmetro. A tendência de crescimento da floresta foi calculada em função do crescimento em diâmetro: IPA v = f (IPA d); Os modelos que melhor se ajustaram aos dados para descrever a tendência de crescimento volumétrico da floresta foram: 1. Reta; Y = a + bX onde: Y = incremento periódico anual em volume (IPA v); X = incremento periódico anual em diâmetro (Ipa d); 2. Parábola do 2º grau; Y = a + bX + cX² ; O volume anual de corte foi calculado pela seguinte equação:(não foi possível digitar a fórmula neste programa), onde: VC = volume anual de corte; IPA v = incremento periódico anual em volume; A = área de esploração; t = período de ciclo de corte. Para a área sujeita ao manejo sustentado, foi destinado um total de 818.693.69 ha de floresta de terra firme, através do Sistema Indonésio de Corte Seletivo. O ciclo de corte foi calculado para períodos de 30, 40 e 50 anos e com diâmetro inicial de exploração de 40, 50 e 60 cm. Para o primeiro período de ciclo, o volume anual de corte foi determinado com base na distribuição volumétrica em classes de diâmetro, do povoamento florestal. Para os períodos de ciclos subsequentes, os volumes anuais de corte, foram calculados em função dos incrementos fornecidos pelos modelos ajustados para a tendência de crescimento volumétrico da floresta.