Seleção de estirpes de rizóbios para leguminosas de múltiplo uso em duas classes de solso ácidos da Amazônia Central / Naiana Marinho de Souza.

Por: Souza, Naiana Marinho deColaborador(es):Souza, Luiz Augusto Gomes de [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2013Notas: viii, 66f. : il., colorAssunto(s): Manejo florestal | Estirpes de rizóbios | Leguminisas arbóreasClassificação Decimal de Dewey: 583.3 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2013 Sumário: Em leguminosas arbóreas, a sobrevivência e o desenvolvimento inicial das mudas após o plantio definitivo é favorecida significativamente pela inoculação com estirpes de rizóbio eficientes. A produção de mudas vigorosas e bem noduladas, permite após o plantio definitivo, melhores condições de competição com a flora invasora, além da rápida retomada de crescimento no campo, o que é importante para o reflorestamento com leguminosas. Neste trabalho, foram escolhidas duas espécies arbóreas de Fabaceae, com o objetivo de selecionar estirpes de rizóbios eficientes na fixação de N2, para emprego como inoculante em dois solos da Amazônia Central. Foram escolhidas a ingá-de-metro (Inga edulis) e a palheteira (Clitoria fairchildiana). Os solos empregados foram Argissolo Vermelho Amarelo coletado em Sistemas Agroflorestais e o solo Latossolo Amarelo de pastagem abandonada. Antecedendo o ensaio, para depleção do nitrogênio naturalmente disponível, cultivou-se o milho (Zea mays) variedade 5110 durante 45 dias, após este período, as plantas foram cortadas rente à superfície do solo e em seguida os solos receberam uma adubação básica de correção. As sementes das duas espécies foram germinadas em caixas drenadas preenchidas com areia lavada e transplantadas para sacos com 2 kg de solo, mantidas em viveiro. Para ambas as espécies foram consideradas as seguintes formas de suprimento de N: plantas sem inoculação e sem adubação nitrogenada, plantas fertilizadas com N-mineral (na forma de ureia) e a inoculação individual das estirpes da Coleção de rizóbios do INPA. Para o ingá-de-metro foi empregada a inoculação individual de 10 estirpes de rizóbios: 828, 831, 832, 833, 841, 842, 844, 847, 850 e 852. Por outro lado, para a palheteira foi avaliada a inoculação individual de oito estirpes de rizóbios: 938, 941, 943, 944, 945, 949, 950 e 959. As estirpes foram inoculadas em suspensão líquida, 5 mL aplicados na base do colo de mudas transplantadas. As plantas foram acompanhadas mensalmente em crescimento e avaliadas aos três meses de enviveiramento. Foi determinada a biomassa de folhas, caule e raízes das plantas após a secagem em estufa a 65º por 72 h e também o número, biomassa e peso específico dos nódulos. Determinou-se a concentração de N-foliar e N-total acumulado pelo método de Kjelhdal. O delineamento experimental para ingá-de-metro foi o inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 2 x 12, (2 solos e 12 formas de suprimento de nitrogênio), com 10 repetições. Quanto à palheteira, o delineamento do experimento foi também o inteiramente casualizado, neste caso, com arranjo fatorial do tipo 2 x 10,(2 solos e 10 formas de suprimento de N), com 10 repetições. Demonstrou-se que o ingá-de-metro responde eficientemente a inoculação com estirpes selecionadas, permitindo a formação de mudas bem noduladas e aptas ao plantio definitivo. Aos 91 dias, as plantas apresentavam médias de 23,6 cm de comprimento do caule, 4,7 mm de diâmetro do colo, 206 nódulos plantas-1 e 3,13 % de N na biomassa foliar. A adubação com N-mineral inibiu a formação e desenvolvimento dos nódulos do ingá. A eficiência simbiótica foi demonstrada pela correlação linear significativa entre a biomassa foliar e dos nódulos. As estirpes 831 e 844 apresentaram potencial para uso como inoculante microbiano da espécie pela simbiose eficiente estabelecida nos dois solos pesquisados. A palheteira mostrou adaptação às duas condições de solo da terra firme pesquisadas, entretanto, as medidas de crescimento e de desenvolvimento foram favorecidas em solo Latossolo Amarelo, e o número, biomassa de nódulos secos e concentração de N-foliar foram maiores em solo Argissolo. O fornecimento de N na forma de N-mineral inibiu a formação de nódulos, desfavorecendo o processo simbiótico. Por outro lado, a inoculação da palheteira com as estirpes de rizóbios 943, 944, 945 e 949 favoreceram o desenvolvimento das plantas e proporcionaram elevados teores de N nas folhas, e foram identificadas como as de maior potencial para uso como inoculante desta espécie nos solos de terra firme pesquisados.
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Dissertação T 583.3 S729s (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 14-0760

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2013

Em leguminosas arbóreas, a sobrevivência e o desenvolvimento inicial das mudas após o plantio definitivo é favorecida significativamente pela inoculação com estirpes de rizóbio eficientes. A produção de mudas vigorosas e bem noduladas, permite após o plantio definitivo, melhores condições de competição com a flora invasora, além da rápida retomada de crescimento no campo, o que é importante para o reflorestamento com leguminosas. Neste trabalho, foram escolhidas duas espécies arbóreas de Fabaceae, com o objetivo de selecionar estirpes de rizóbios eficientes na fixação de N2, para emprego como inoculante em dois solos da Amazônia Central. Foram escolhidas a ingá-de-metro (Inga edulis) e a palheteira (Clitoria fairchildiana). Os solos empregados foram Argissolo Vermelho Amarelo coletado em Sistemas Agroflorestais e o solo Latossolo Amarelo de pastagem abandonada. Antecedendo o ensaio, para depleção do nitrogênio naturalmente disponível, cultivou-se o milho (Zea mays) variedade 5110 durante 45 dias, após este período, as plantas foram cortadas rente à superfície do solo e em seguida os solos receberam uma adubação básica de correção. As sementes das duas espécies foram germinadas em caixas drenadas preenchidas com areia lavada e transplantadas para sacos com 2 kg de solo, mantidas em viveiro. Para ambas as espécies foram consideradas as seguintes formas de suprimento de N: plantas sem inoculação e sem adubação nitrogenada, plantas fertilizadas com N-mineral (na forma de ureia) e a inoculação individual das estirpes da Coleção de rizóbios do INPA. Para o ingá-de-metro foi empregada a inoculação individual de 10 estirpes de rizóbios: 828, 831, 832, 833, 841, 842, 844, 847, 850 e 852. Por outro lado, para a palheteira foi avaliada a inoculação individual de oito estirpes de rizóbios: 938, 941, 943, 944, 945, 949, 950 e 959. As estirpes foram inoculadas em suspensão líquida, 5 mL aplicados na base do colo de mudas transplantadas. As plantas foram acompanhadas mensalmente em crescimento e avaliadas aos três meses de enviveiramento. Foi determinada a biomassa de folhas, caule e raízes das plantas após a secagem em estufa a 65º por 72 h e também o número, biomassa e peso específico dos nódulos. Determinou-se a concentração de N-foliar e N-total acumulado pelo método de Kjelhdal. O delineamento experimental para ingá-de-metro foi o inteiramente casualizado, com arranjo fatorial 2 x 12, (2 solos e 12 formas de suprimento de nitrogênio), com 10 repetições. Quanto à palheteira, o delineamento do experimento foi também o inteiramente casualizado, neste caso, com arranjo fatorial do tipo 2 x 10,(2 solos e 10 formas de suprimento de N), com 10 repetições. Demonstrou-se que o ingá-de-metro responde eficientemente a inoculação com estirpes selecionadas, permitindo a formação de mudas bem noduladas e aptas ao plantio definitivo. Aos 91 dias, as plantas apresentavam médias de 23,6 cm de comprimento do caule, 4,7 mm de diâmetro do colo, 206 nódulos plantas-1 e 3,13 % de N na biomassa foliar. A adubação com N-mineral inibiu a formação e desenvolvimento dos nódulos do ingá. A eficiência simbiótica foi demonstrada pela correlação linear significativa entre a biomassa foliar e dos nódulos. As estirpes 831 e 844 apresentaram potencial para uso como inoculante microbiano da espécie pela simbiose eficiente estabelecida nos dois solos pesquisados. A palheteira mostrou adaptação às duas condições de solo da terra firme pesquisadas, entretanto, as medidas de crescimento e de desenvolvimento foram favorecidas em solo Latossolo Amarelo, e o número, biomassa de nódulos secos e concentração de N-foliar foram maiores em solo Argissolo. O fornecimento de N na forma de N-mineral inibiu a formação de nódulos, desfavorecendo o processo simbiótico. Por outro lado, a inoculação da palheteira com as estirpes de rizóbios 943, 944, 945 e 949 favoreceram o desenvolvimento das plantas e proporcionaram elevados teores de N nas folhas, e foram identificadas como as de maior potencial para uso como inoculante desta espécie nos solos de terra firme pesquisados.

Área de concentração: Ciências Biológicas, Agrárias e Humanas

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