Estudo hidroquímico e dos isótopos de urânio das águas subterrâneas em cidades do estado do Amazonas (AM) / Márcio Luiz da Silva.

Por: Silva, Márcio Luiz daColaborador(es):Bonotto, Daniel Marcos [Orientador]Detalhes da publicação: Rio Claro 2005Notas: xxiii, 178 f. : il. color., mapas colorAssunto(s): Águas subterrâneas -- Amazonas | Hidrogeologia | Radioisótopos em hidrologiaClassificação Decimal de Dewey: 551.49 Nota de dissertação: Tese (doutor) - Universidade Estadual Paulista, 2005 Sumário: Este trabalho tem por objetivo investigar a hidroquímica elementar, assim como o comportamento geoquímico dos isótopos de 238U e 234U nas águas de subsuperfície em quinze cidades do estado do Amazonas, de maneira a proceder a caracterização de contaminantes ou poluentes que possam estar afetando a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos, bem como avaliar a potencialidade do uso dos isótopos naturais de urânio como traçadores hidrológicos nas águas estudadas. Os resultados obtidos para os parâmetros analisados mostram que as águas estudadas são excelentes para o consumo humano, por se situarem dentro dos limites de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente. No que diz respeito aos isótopos de urânio, verifica-se que foram determinados valores de razão de atividade 234U/238U entre 1 e 3,5 e de concentração de urânio 238U entre 0,01 µgL-¹ e 1,4 µgL-1. Esses resultados e os determinados para outros parâmetros analisados, permitiram classificar os ambientes hidrológicos como redutores, com circulação das águas por estratos contendo minerais com baixas concentrações de urânio. Na cidade de Manaus foi observado acréscimo de razão de atividade 234U/238U na fase líquida no sentido do fluxo subterrâneo. Foram identificadas quatro regiões com tendência de aumento de razão de atividade, no sentido de Uarini a Tefé, Manacapuru a Manaus, Presidente Figueiredo a São Sebastião do Uatumã e Boa Vista do Ramos a Barreirinha, relacionadas a possíveis feições estruturais, à declividade da área de estudo, ao estreitamento da Bacia Sedimentar do Amazonas a partir do seu curso médio, e drenagem orientada pela tectônica. Variações nas características fisicas de ambientes de riachos, incluindo estrutura do canal e diversidade de microhabitats, desempenham um papel importante na determinação da estrutura de comunidades de peixes. Entretanto, pouco se conhece sobre essas relações em riachos tropicais, e menos ainda em igarapés amazônicos. Neste sentido, foram estudados nove riachos localizados nas áreas das reservas do PDBFF (Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais), Amazônia Central, visando determinar como a distribuição, composição de espécies e caracteristicas tróficas da ictiofauna variam entre igarapés de 1a a 3a ordens. Além disso, buscou-se analisar se características físicas do hábitat e fatores abióticos estariam relacionadas a tais variações. Foram realizadas coletas em nove igarapés (três de cada ordem), em trechos de 100 metros em cada local, que resultaram no registro de 65 espécies de peixes. Análises multivariadas revelaram um padrão de adição de espécies no sentido cabeceira-foz. Entretanto, o acréscimo em abundância não foi proporcional ao aumento das dimensões do riacho, e a densidade e biomassa de peixes diminuíram nos igarapés maiores. A baixa produtividade primária em tais igarapés possivelmente explica a ausência de uma relação positiva entre biomassa e densidade de peixes e as dimensões do canal. Foi verificada também uma adição de categorias tróficas e de espécies por categoria com o aumento da ordem dos igarapés. Grande parte da ictiofauna foi sustentada, principalmente, por insetos terrestres e aquáticos, o que ratifica a importância da conservação de florestas ripárias para a manutenção da integridade das comunidades ictiofaunísticas de pequenos igarapés de terra firme. As variações na composição de espécies e nas características tróficas da ictiofauna foram relacionadas às caracteristicas morfométricas e hidráulicas do canal. Para avaliar a confiabilidade das informações geradas pelas coletas em campo, no presente estudo avaliou-se também um tamanho amostra! mínimo capaz de gerar estimativas seguras de riqueza para pequenos igarapés de cabeceira dessa região. Comparando as capturas reais com estimativas de riqueza de espécies (geradas pelo método de Jackknife) e curvas de acumulação de espécies, verificou-se que trechos de 100 metros de extensão foram satisfatórios para mensurar a riqueza de espécies de peixes e poderiam ser utilizados como tamanho mínimo amostra! em estudos de ecologia de peixes de igarapés de cabeceira na Amazônia Central. Entretanto, para fins de inventários ictiofaunísticos, o tamanho do trecho amostrado provavelmente deveria ser maior, o que ainda necessita ser testado.
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Tese T 551.49 S586e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 05-0407

Tese (doutor) - Universidade Estadual Paulista, 2005

Este trabalho tem por objetivo investigar a hidroquímica elementar, assim como o comportamento geoquímico dos isótopos de 238U e 234U nas águas de subsuperfície em quinze cidades do estado do Amazonas, de maneira a proceder a caracterização de contaminantes ou poluentes que possam estar afetando a qualidade dos recursos hídricos subterrâneos, bem como avaliar a potencialidade do uso dos isótopos naturais de urânio como traçadores hidrológicos nas águas estudadas. Os resultados obtidos para os parâmetros analisados mostram que as águas estudadas são excelentes para o consumo humano, por se situarem dentro dos limites de potabilidade estabelecidos pela legislação vigente. No que diz respeito aos isótopos de urânio, verifica-se que foram determinados valores de razão de atividade 234U/238U entre 1 e 3,5 e de concentração de urânio 238U entre 0,01 µgL-¹ e 1,4 µgL-1. Esses resultados e os determinados para outros parâmetros analisados, permitiram classificar os ambientes hidrológicos como redutores, com circulação das águas por estratos contendo minerais com baixas concentrações de urânio. Na cidade de Manaus foi observado acréscimo de razão de atividade 234U/238U na fase líquida no sentido do fluxo subterrâneo. Foram identificadas quatro regiões com tendência de aumento de razão de atividade, no sentido de Uarini a Tefé, Manacapuru a Manaus, Presidente Figueiredo a São Sebastião do Uatumã e Boa Vista do Ramos a Barreirinha, relacionadas a possíveis feições estruturais, à declividade da área de estudo, ao estreitamento da Bacia Sedimentar do Amazonas a partir do seu curso médio, e drenagem orientada pela tectônica. Variações nas características fisicas de ambientes de riachos, incluindo estrutura do canal e diversidade de microhabitats, desempenham um papel importante na determinação da estrutura de comunidades de peixes. Entretanto, pouco se conhece sobre essas relações em riachos tropicais, e menos ainda em igarapés amazônicos. Neste sentido, foram estudados nove riachos localizados nas áreas das reservas do PDBFF (Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais), Amazônia Central, visando determinar como a distribuição, composição de espécies e caracteristicas tróficas da ictiofauna variam entre igarapés de 1a a 3a ordens. Além disso, buscou-se analisar se características físicas do hábitat e fatores abióticos estariam relacionadas a tais variações. Foram realizadas coletas em nove igarapés (três de cada ordem), em trechos de 100 metros em cada local, que resultaram no registro de 65 espécies de peixes. Análises multivariadas revelaram um padrão de adição de espécies no sentido cabeceira-foz. Entretanto, o acréscimo em abundância não foi proporcional ao aumento das dimensões do riacho, e a densidade e biomassa de peixes diminuíram nos igarapés maiores. A baixa produtividade primária em tais igarapés possivelmente explica a ausência de uma relação positiva entre biomassa e densidade de peixes e as dimensões do canal. Foi verificada também uma adição de categorias tróficas e de espécies por categoria com o aumento da ordem dos igarapés. Grande parte da ictiofauna foi sustentada, principalmente, por insetos terrestres e aquáticos, o que ratifica a importância da conservação de florestas ripárias para a manutenção da integridade das comunidades ictiofaunísticas de pequenos igarapés de terra firme. As variações na composição de espécies e nas características tróficas da ictiofauna foram relacionadas às caracteristicas morfométricas e hidráulicas do canal. Para avaliar a confiabilidade das informações geradas pelas coletas em campo, no presente estudo avaliou-se também um tamanho amostra! mínimo capaz de gerar estimativas seguras de riqueza para pequenos igarapés de cabeceira dessa região. Comparando as capturas reais com estimativas de riqueza de espécies (geradas pelo método de Jackknife) e curvas de acumulação de espécies, verificou-se que trechos de 100 metros de extensão foram satisfatórios para mensurar a riqueza de espécies de peixes e poderiam ser utilizados como tamanho mínimo amostra! em estudos de ecologia de peixes de igarapés de cabeceira na Amazônia Central. Entretanto, para fins de inventários ictiofaunísticos, o tamanho do trecho amostrado provavelmente deveria ser maior, o que ainda necessita ser testado.

Área de concentração: Geociências e Meio Ambiente.

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