Implantação de matas ciliares por plantio direto utilizando-se sementes peletizadas / Narrúbia Oliveira de Almeida.

Por: Almeida, Narrúbia Oliveira deColaborador(es):Davide, Antonio Claudio [Orientador]Detalhes da publicação: 2004Notas: 269 p. : il. colorAssunto(s): Reflorestamento | Sementes -- PeletizaçãoClassificação Decimal de Dewey: 634.956 Nota de dissertação: Tese (doutorado)-- Universidade Federal de Lavras, 2004. Sumário: Tradicionalmente a implantação de florestas de proteção tem sido realizada através do plantio de mudas; no entanto, estudos têm indicado a viabilidade da semeadura direta no campo. Se as condições topográficas permitirem, a semeadura poderia ser realizada de forma mecanizada; contudo, pela necessidade de utilizar uma diversidade de espécies, depara-se com sementes de tamanho e formato distintos, o que dificulta a mecanização da semeadura. Nesse sentido, a peletização de sementes apresenta-se como uma técnica que permite uniformizar tamanho e formato das sementes. Este trabalho teve como objetivos testar produtos utilizados no processo de peletização de sementes, avaliar os efeitos da peletização de sementes de espécies florestais sobre a emergência de plântulas e crescimento das plantas e avaliar a viabilidade de implantação de floresta de proteção por meio de semeadura mecanizada utilizando sementes peletizadas. Trabalhou-se com 12 espécies florestais, representantes dos três grupos ecológicos: Cedrella fissilis, Copaifera Zangsdorffii, Enterolobium contortisiliquum, Guazuma ulmifolia, Lithraea molleoides, Piptadenia gonoacantha, Senna macranthera, Senna multijuga, Sesbania virgata, Solanum granuloso-leprosum, Tabebuia serratifolia e Trema micrantha. Foram conduzidos quatro experimentos em laboratório, dois em casa de vegetação e um em campo. Foram testados diversos adesivos e material de enchimento utilizados na confecção do pélete, o efeito do uso de fertilizante no pélete e o efeito do tamanho do pélete. No campo, testou-se o efeito dos espaçamentos 0,4m, 0,7m e 1,0m e manejos realizados por capina, uso de herbicida pré-emergente e testemunha sobre a população de plantas e crescimento das mesmas, quando implantadas por semeadura mecanizada de sementes peletizadas, neste caso utilizando os melhores resultados obtidos em casa de vegetação. Os experimentos de laboratório e casa de vegetação foram instalados em DIC e o de campo, em DBC, arranjado em parcela sub-dividida, sendo avaliado por 11 meses. Todas as espécies testadas são passíveis de serem peletizadas, devendo-se utilizar lotes de sementes de boa qualidade; dentre os materiais adesivos e de enchimento testados, a cola à base de PVA, da marca Cascorez Extra, na concentração de 20%, a areia fina e a mistura composta de areia+microcelulose+explosol (4:2:1 v/v) foram os que apresentaram os melhores resultados; a utilização de superfosfato simples e superfosfato triplo, ambos nas concentrações de 50% e 100%, na composição do pélete de sementes de Guazuma ulmifolia afetou negativamente a porcentagem de emergência das plântulas, mas favoreceu o crescimento das plantas; o aumento na espessura da camada do pélete afeta de forma negativa a emergência das plântulas; a maioria das espécies apresentaram uma emergência e IVE em casa de vegetação menor do que as obtidas em laboratório. No campo, com exceção da Lithraea molleoides, as demais espécies apresentaram uma emergência de plântulas, no entanto os valores obtidos foram inferiores aos de laboratório e casa de vegetação; no espaçamento 0,4m e nas parcelas manejadas por capina foi onde ocorreram as maiores populações de plantas/ha e, em média, os maiores crescimentos; o uso de herbicida pré-emergente foi eficiente em minimizar a ocorrência de plantas daninhas, porém sua eficiência ficou prejudicada pela agressividade da braquiária existente na área; as porcentagens de espécies pioneiras, clímax exigente de luz e cliímax tolerante à sombra existentes no experimento 11 meses após a semeadura foram, respectivamente, 69,46%, 18,68% e 11,85%; Sesbania virgata, Enterolobium contorsiliquum e Copaifera langsdorffii foram as espécies que apresentaram as maiores emergências de plântulas no campo, sendo que a sesbânia 11 meses após a semeadura representa 54,2% das plantas presentes no experimento. A mortalidade média foi de 11,77% quando manejada por capina, 25,69% ao utilizar herbicida pré-emergente e 24,67% na testemunha, gerando uma média de 20,71%, sendo que as espécies que apresentaram as maiores mortalidades foram as de crescimento mais lento, com 68,6%, 53,3%, 48,6% e 36,5%, respectivamente para Cedrella fissilis, Piptadenia gonoacantha, Tabebuia serratifolia e Copaifera langsdorffii, provavelmente tendo como maior causa a competição com a braquiária e o provável déficit hídrico no período pós emergência; as populações de plantas/ha aos 11 meses após a semeadura foram de 24.073, 16.115 e 20.269, testemunha, e 29.680, 16.161 e 14.615, respectivamente, nos espaçamentos de 0,4m, 0,7m e 1,0m. A semeadura mecanizada com sementes peletizadas mostrou-se eficiente para implantação de floresta de proteção.
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Tese T 634.956 A447i (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 04-0381

Tese (doutorado)-- Universidade Federal de Lavras, 2004.

Tradicionalmente a implantação de florestas de proteção tem sido realizada através do plantio de mudas; no entanto, estudos têm indicado a viabilidade da semeadura direta no campo. Se as condições topográficas permitirem, a semeadura poderia ser realizada de forma mecanizada; contudo, pela necessidade de utilizar uma diversidade de espécies, depara-se com sementes de tamanho e formato distintos, o que dificulta a mecanização da semeadura. Nesse sentido, a peletização de sementes apresenta-se como uma técnica que permite uniformizar tamanho e formato das sementes. Este trabalho teve como objetivos testar produtos utilizados no processo de peletização de sementes, avaliar os efeitos da peletização de sementes de espécies florestais sobre a emergência de plântulas e crescimento das plantas e avaliar a viabilidade de implantação de floresta de proteção por meio de semeadura mecanizada utilizando sementes peletizadas. Trabalhou-se com 12 espécies florestais, representantes dos três grupos ecológicos: Cedrella fissilis, Copaifera Zangsdorffii, Enterolobium contortisiliquum, Guazuma ulmifolia, Lithraea molleoides, Piptadenia gonoacantha, Senna macranthera, Senna multijuga, Sesbania virgata, Solanum granuloso-leprosum, Tabebuia serratifolia e Trema micrantha. Foram conduzidos quatro experimentos em laboratório, dois em casa de vegetação e um em campo. Foram testados diversos adesivos e material de enchimento utilizados na confecção do pélete, o efeito do uso de fertilizante no pélete e o efeito do tamanho do pélete. No campo, testou-se o efeito dos espaçamentos 0,4m, 0,7m e 1,0m e manejos realizados por capina, uso de herbicida pré-emergente e testemunha sobre a população de plantas e crescimento das mesmas, quando implantadas por semeadura mecanizada de sementes peletizadas, neste caso utilizando os melhores resultados obtidos em casa de vegetação. Os experimentos de laboratório e casa de vegetação foram instalados em DIC e o de campo, em DBC, arranjado em parcela sub-dividida, sendo avaliado por 11 meses. Todas as espécies testadas são passíveis de serem peletizadas, devendo-se utilizar lotes de sementes de boa qualidade; dentre os materiais adesivos e de enchimento testados, a cola à base de PVA, da marca Cascorez Extra, na concentração de 20%, a areia fina e a mistura composta de areia+microcelulose+explosol (4:2:1 v/v) foram os que apresentaram os melhores resultados; a utilização de superfosfato simples e superfosfato triplo, ambos nas concentrações de 50% e 100%, na composição do pélete de sementes de Guazuma ulmifolia afetou negativamente a porcentagem de emergência das plântulas, mas favoreceu o crescimento das plantas; o aumento na espessura da camada do pélete afeta de forma negativa a emergência das plântulas; a maioria das espécies apresentaram uma emergência e IVE em casa de vegetação menor do que as obtidas em laboratório. No campo, com exceção da Lithraea molleoides, as demais espécies apresentaram uma emergência de plântulas, no entanto os valores obtidos foram inferiores aos de laboratório e casa de vegetação; no espaçamento 0,4m e nas parcelas manejadas por capina foi onde ocorreram as maiores populações de plantas/ha e, em média, os maiores crescimentos; o uso de herbicida pré-emergente foi eficiente em minimizar a ocorrência de plantas daninhas, porém sua eficiência ficou prejudicada pela agressividade da braquiária existente na área; as porcentagens de espécies pioneiras, clímax exigente de luz e cliímax tolerante à sombra existentes no experimento 11 meses após a semeadura foram, respectivamente, 69,46%, 18,68% e 11,85%; Sesbania virgata, Enterolobium contorsiliquum e Copaifera langsdorffii foram as espécies que apresentaram as maiores emergências de plântulas no campo, sendo que a sesbânia 11 meses após a semeadura representa 54,2% das plantas presentes no experimento. A mortalidade média foi de 11,77% quando manejada por capina, 25,69% ao utilizar herbicida pré-emergente e 24,67% na testemunha, gerando uma média de 20,71%, sendo que as espécies que apresentaram as maiores mortalidades foram as de crescimento mais lento, com 68,6%, 53,3%, 48,6% e 36,5%, respectivamente para Cedrella fissilis, Piptadenia gonoacantha, Tabebuia serratifolia e Copaifera langsdorffii, provavelmente tendo como maior causa a competição com a braquiária e o provável déficit hídrico no período pós emergência; as populações de plantas/ha aos 11 meses após a semeadura foram de 24.073, 16.115 e 20.269, testemunha, e 29.680, 16.161 e 14.615, respectivamente, nos espaçamentos de 0,4m, 0,7m e 1,0m. A semeadura mecanizada com sementes peletizadas mostrou-se eficiente para implantação de floresta de proteção.

Área de concentração: Florestas de Produção.

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