Trocas gasosas e potencial hídrico foliar de espécies arbóreas de sub-bosque em floresta primária da Amazônia / Geisianne Pimenta Cavalcante.

Por: Cavalcante, Geisianne PimentaColaborador(es):Gonçalves, José Francisco de Carvalho [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2007Notas: 49 f. : ilAssunto(s): Plantas -- Pigmentos cloroplastídicos | Fotossíntese | Troca gasosa em plantas -- MediçãoClassificação Decimal de Dewey: 581.5 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2007 Sumário: Ambientes de sub-bosque de florestas tropicais são caracterizados pela baixa irradiância e pela incidência pontual e esporádica de feixes de luz solar direta (lightflecks). No entanto, as espécies típicas destes ambientes mantêm seu metabolismo por meio do uso da luz difusa e, quando possuem mecanismos que evitem o estresse fotoxidativo, exibem máximo aproveitamento dos pacotes temporários de alta energia. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as respostas fotossintéticas e as relações hídricas de espécies arbóreas de terra-firme, filogeneticamente distintas, típicas de ambientes de sub-bosque de floresta primária na Amazônia Central. O estudo foi realizado na área experimental do Projeto Dinâmica Biológica dos Fragmentos Florestais (PDBFF). As espécies arbóreas Duguetia flagellaris (Annonaceae), Helianthostylis sprucei (Moraceae), Rinorea macrocarpa (Violaceae) e Tapura guianensis (Dichapetalaceae) foram selecionadas e georreferenciadas neste estudo. Dez indivíduos de cada espécie foram selecionados, marcados e georreferenciados no campo. As variáveis analisadas foram: área foliar específica, assimilação líquida de carbono, trocas gasosas (fotossíntese, condutância estomática e respiração no escuro), pigmentos cloroplastídicos, eficiência fotoquímica e potencial hídrico foliar. As espécies apresentaram maior investimento na área foliar, estratégia determinante para garantir captação de luz em ambientes de baixa irradiância. O aumento do teor de clorofila b, visando otimizar o aproveitamento da energia, foi evidente na baixa razão clorofila a/b das espécies estudadas. A diminuição do potencial hídrico foliar em função do aumento da evaporação atmosférica indica que D. flagellaris e R. macrocarpa são espécies anisoídricas, enquanto H. sprucei e T. guianensis são isoídricas, mantendo o potencial hídrico foliar praticamente inalterado ao longo do dia. Apesar de apresentarem menor irradiância de saturação, D. flagellaris e T. guianensis exibiram maiores taxas de fotossíntese líquida compensadas pela baixa respiração. Em ambientes de sub-bosque, a baixa irradiância de saturação proporciona maior aproveitamento da energia luminosa. Considerando-se que em tais ambientes a luminosidade é limitada, torna-se vantajoso para as espécies atingir a fotossíntese máxima com menos energia. A combinação da baixa irradiância de compensação e de saturação, da baixa razão clorofila a : clorofila b e da grande área foliar específica permitem que as espécies maximizem a captação e aproveitamento da energia luminosa que chega ao sub-bosque, seja ela difusa ou lightflecks, sendo indispensável para o crescimento de tais espécies nesses ambientes.
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Dissertação T 581.5 C376t (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 11-0288

Dissertação (mestre) - INPA, 2007

Ambientes de sub-bosque de florestas tropicais são caracterizados pela baixa irradiância e pela incidência pontual e esporádica de feixes de luz solar direta (lightflecks). No entanto, as espécies típicas destes ambientes mantêm seu metabolismo por meio do uso da luz difusa e, quando possuem mecanismos que evitem o estresse fotoxidativo, exibem máximo aproveitamento dos pacotes temporários de alta energia. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as respostas fotossintéticas e as relações hídricas de espécies arbóreas de terra-firme, filogeneticamente distintas, típicas de ambientes de sub-bosque de floresta primária na Amazônia Central. O estudo foi realizado na área experimental do Projeto Dinâmica Biológica dos Fragmentos Florestais (PDBFF). As espécies arbóreas Duguetia flagellaris (Annonaceae), Helianthostylis sprucei (Moraceae), Rinorea macrocarpa (Violaceae) e Tapura guianensis (Dichapetalaceae) foram selecionadas e georreferenciadas neste estudo. Dez indivíduos de cada espécie foram selecionados, marcados e georreferenciados no campo. As variáveis analisadas foram: área foliar específica, assimilação líquida de carbono, trocas gasosas (fotossíntese, condutância estomática e respiração no escuro), pigmentos cloroplastídicos, eficiência fotoquímica e potencial hídrico foliar. As espécies apresentaram maior investimento na área foliar, estratégia determinante para garantir captação de luz em ambientes de baixa irradiância. O aumento do teor de clorofila b, visando otimizar o aproveitamento da energia, foi evidente na baixa razão clorofila a/b das espécies estudadas. A diminuição do potencial hídrico foliar em função do aumento da evaporação atmosférica indica que D. flagellaris e R. macrocarpa são espécies anisoídricas, enquanto H. sprucei e T. guianensis são isoídricas, mantendo o potencial hídrico foliar praticamente inalterado ao longo do dia. Apesar de apresentarem menor irradiância de saturação, D. flagellaris e T. guianensis exibiram maiores taxas de fotossíntese líquida compensadas pela baixa respiração. Em ambientes de sub-bosque, a baixa irradiância de saturação proporciona maior aproveitamento da energia luminosa. Considerando-se que em tais ambientes a luminosidade é limitada, torna-se vantajoso para as espécies atingir a fotossíntese máxima com menos energia. A combinação da baixa irradiância de compensação e de saturação, da baixa razão clorofila a : clorofila b e da grande área foliar específica permitem que as espécies maximizem a captação e aproveitamento da energia luminosa que chega ao sub-bosque, seja ela difusa ou lightflecks, sendo indispensável para o crescimento de tais espécies nesses ambientes.

Área de concentração: Botânica.

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