Estimativa da diversidade genética da piraíba (Brachyplatystoma filamentosum Lichtenstein, 1819) e da piraíba negra (Brachyplatystoma capapretum Lundberg e Akama, 2005), na Amazônia Brasileira, inferidas por meio do DNA mitocondrial : subsídios para manejo e conservaçao / Giuliano Palemao Carlos Maia Huergo.

Por: Huergo, Giuliano Palemao Carlos MaiaColaborador(es):Alves Gomes, José AntonioDetalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2009Notas: xii, 116 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Piraíba (peixe) -- Amazônia | DNA mitocondrial | Variabilidade genética | Manejo | Piraíba negra (peixe) | PescaClassificação Decimal de Dewey: 597.520415 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (doutorado)-- INPA, Manaus, 2009. Sumário: A piraíba (B. filamentosum, Siluriformes: Pimelodidae) possui uma ampla distribuiçao na bacia amazônica, ocorrendo a partir dos rios costeiros do estado do Amapá até os cursos d'água que cortam o sopé da cordilheira dos Andes. Desde a década de 1970 já havia dúvidas sobre a existência de uma ou mais espécies chamadas de piraíba, mas apenas em 2005 uma nova espécie denominada piraíba negra (Brachyplatystoma capapretum) foi descrita, com base em caracteres morfológicos. Há poucos dados sobre a biologia da piraíba e os que existem geralmente sao tratados em conjunto com outras espécies de grandes bagres. Esta tese é escrita em dois capítulos. No primeiro capítulo, as duas espécies popularmente conhecidas como piraíba (Brachyplatystoma filamentosum e B. capapretum) e oriundas dos desembarques pesqueiros realizados em nove regioes inseridas em calhas de rios de águas brancas da Amazônia brasileira, foram caracterizadas geneticamente por meio do sequenciamento da regiao controle do DNA mitocondrial. Para um total de 337 amostras, foi verificado que em média, na totalidade da área amostrada 66,81% dos peixes pertenciam à espécie B. filamentosum e 33,19% à espécie B. capapretum. Os valores de diversidade haplotípica foram altos em ambas as espécies, entretanto, a diversidade nucleotídica foi maior em B. filamentosum. Esses valores foram comparados aos valores de diversidade nucleotídica da regiao controle de outras espécies sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotaçao na Amazônia, e sugerem que do ponto de vista genético, B. filamentosum e principalmente B. capapretum necessitam de medidas urgentes de manejo visando sua conservaçao. O modelo de substituiçao nucleotídica de Tamura-Nei revelou que a divergência genética entre as duas espécies foi de 0,1018. Esse valor poderá ser usado como referência para estudos relacionados às distâncias genéticas de outras espécies do gênero Brachyplatystoma. O segundo capítulo teve como objetivo inferir sobre a estrutura genética de B. filamentosum na Amazônia brasileira, por meio do sequenciamento da regiao controle do DNA mitocondrial. Para isso foram analisadas 262 amostras de B. filamentosum oriundas da captura comercial em nove regioes caracterizadas por possuir rios de águas brancas, duas regioes com rios de águas claras e uma regiao com um rio de águas pretas. A SAMOVA resultou em Fct de 0,62079 para k=3 grupos, nos quais as regioes amostradas se agruparam de acordo com o tipo de água. A análise filogenética indicou a existência de três clados que possuem uma forte relaçao com a distribuiçao geográfica dos três tipos de águas da bacia amazônica. Os clados relacionados às águas claras e pretas revelaram baixos valores de diversidade haplotípica (?=0,0037 e 0,0036, respectivamente). Os resultados foram discutidos no contexto evolucionário da bacia amazônica e também revelaram a necessidade de açoes de manejo com fins conservacionistas para B. filamentosum.
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Tese T 597.520415 H887e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0230
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Tese T 597.520415 H887e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0231

Tese (doutorado)-- INPA, Manaus, 2009.

A piraíba (B. filamentosum, Siluriformes: Pimelodidae) possui uma ampla distribuiçao na bacia amazônica, ocorrendo a partir dos rios costeiros do estado do Amapá até os cursos d'água que cortam o sopé da cordilheira dos Andes. Desde a década de 1970 já havia dúvidas sobre a existência de uma ou mais espécies chamadas de piraíba, mas apenas em 2005 uma nova espécie denominada piraíba negra (Brachyplatystoma capapretum) foi descrita, com base em caracteres morfológicos. Há poucos dados sobre a biologia da piraíba e os que existem geralmente sao tratados em conjunto com outras espécies de grandes bagres. Esta tese é escrita em dois capítulos. No primeiro capítulo, as duas espécies popularmente conhecidas como piraíba (Brachyplatystoma filamentosum e B. capapretum) e oriundas dos desembarques pesqueiros realizados em nove regioes inseridas em calhas de rios de águas brancas da Amazônia brasileira, foram caracterizadas geneticamente por meio do sequenciamento da regiao controle do DNA mitocondrial. Para um total de 337 amostras, foi verificado que em média, na totalidade da área amostrada 66,81% dos peixes pertenciam à espécie B. filamentosum e 33,19% à espécie B. capapretum. Os valores de diversidade haplotípica foram altos em ambas as espécies, entretanto, a diversidade nucleotídica foi maior em B. filamentosum. Esses valores foram comparados aos valores de diversidade nucleotídica da regiao controle de outras espécies sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotaçao na Amazônia, e sugerem que do ponto de vista genético, B. filamentosum e principalmente B. capapretum necessitam de medidas urgentes de manejo visando sua conservaçao. O modelo de substituiçao nucleotídica de Tamura-Nei revelou que a divergência genética entre as duas espécies foi de 0,1018. Esse valor poderá ser usado como referência para estudos relacionados às distâncias genéticas de outras espécies do gênero Brachyplatystoma. O segundo capítulo teve como objetivo inferir sobre a estrutura genética de B. filamentosum na Amazônia brasileira, por meio do sequenciamento da regiao controle do DNA mitocondrial. Para isso foram analisadas 262 amostras de B. filamentosum oriundas da captura comercial em nove regioes caracterizadas por possuir rios de águas brancas, duas regioes com rios de águas claras e uma regiao com um rio de águas pretas. A SAMOVA resultou em Fct de 0,62079 para k=3 grupos, nos quais as regioes amostradas se agruparam de acordo com o tipo de água. A análise filogenética indicou a existência de três clados que possuem uma forte relaçao com a distribuiçao geográfica dos três tipos de águas da bacia amazônica. Os clados relacionados às águas claras e pretas revelaram baixos valores de diversidade haplotípica (?=0,0037 e 0,0036, respectivamente). Os resultados foram discutidos no contexto evolucionário da bacia amazônica e também revelaram a necessidade de açoes de manejo com fins conservacionistas para B. filamentosum.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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