Caracterização de três seringais manejados em terra firme, várzea e terra preta índio no médio Amazonas / Etelvino Rocha Araújo.

Por: Araújo, Etelvino RochaColaborador(es):Falcão, Newton Paulo de Souza | Alfaia, Sônia SenaDetalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2010Notas: 87 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Seringueira -- Amazônia | Látex | Populações tradicionais | ManejoClassificação Decimal de Dewey: 633.8952 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2010 Sumário: No intuito de levantar informações técnicas que subsidiem estratégias para o desenvolvimento da heveicultura no estado do Amazonas uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) iniciou em 2008 uma pesquisa descritiva em seringais na região do Médio Amazonas localizados em várzea, em terra firme (TF) e em terra preta de índio (TPI). Nestes foram realizados: caracterização fitossociológica do sistema produtivo; determinação da espessura da casca das seringueiras; descrição das práticas de manejo adotadas pelos seringueiros; caracterização da fertilidade química e granulometria dos solos; acompanhamento da enchente dos rios nas parcelas de terra firme e várzea; determinação do pH, conteúdo de borracha seca (DRC%), sacarose e fósforo inorgânico do látex; e quantificação da produção ao longo do ano fábrico. A pesquisa aqui relatada mostrou que as seringueiras estudadas são localizadas em ambientes manejados, próximos a cursos d'água, com alta densidade de plantas dividindo espaço com outras atividades agropecuárias e são separadas pelos seringueiros em cinco grupos: "casca roxa", "casca branca", "casca grossa", "casca amarela" e "barriguda". Nenhuma restrição física do solo ao desenvolvimento das seringueiras foi detectada nas três parcelas, entretanto a possibilidade de teor reduzido de potássio associado ao o alto teor de fósforo no solo da parcela de terra preta de índio, e a elevada saturação por bases na parcela de várzea mostrarem-se como fatores limitante à heveicultura nessas áreas necessita de maiores esclarecimentos. A enchente dos rios nas parcelas de várzea e terra firme em 2009 foi mais longa e com maior nível d'água que nos anos anteriores, o que provocou redução na riqueza e na diversidade de espécies. Foi observada grande variação na produtividade entre as seringueiras, as médias obtidas de 7,59 e 11,97 g/árvore/sangria nas parcelas de terra firme e várzea podem estar abaixo do potencial dessas áreas, pelo fato de as seringueiras não terem sido suficientemente estimuladas pelo ritmo de sangrias em 2009. Com isso as seringueiras demonstraram sinais de sub-explotação: com valores elevados de pH, conteúdo de borracha seca e concentração de sacarose, e baixa concentração de fósforo inorgânico, o que revela uma baixa atividade metabólica dos vasos laticíferos durante as explotações.
Tags desta biblioteca: Sem tags desta biblioteca para este título. Faça o login para adicionar tags.
    Avaliação média: 0.0 (0 votos)
Tipo de material Biblioteca atual Setor Classificação Situação Previsão de devolução Código de barras
Livro Livro
Dissertação T 633.8952 A663c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0043

Dissertação (mestre) - INPA, 2010

No intuito de levantar informações técnicas que subsidiem estratégias para o desenvolvimento da heveicultura no estado do Amazonas uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) iniciou em 2008 uma pesquisa descritiva em seringais na região do Médio Amazonas localizados em várzea, em terra firme (TF) e em terra preta de índio (TPI). Nestes foram realizados: caracterização fitossociológica do sistema produtivo; determinação da espessura da casca das seringueiras; descrição das práticas de manejo adotadas pelos seringueiros; caracterização da fertilidade química e granulometria dos solos; acompanhamento da enchente dos rios nas parcelas de terra firme e várzea; determinação do pH, conteúdo de borracha seca (DRC%), sacarose e fósforo inorgânico do látex; e quantificação da produção ao longo do ano fábrico. A pesquisa aqui relatada mostrou que as seringueiras estudadas são localizadas em ambientes manejados, próximos a cursos d'água, com alta densidade de plantas dividindo espaço com outras atividades agropecuárias e são separadas pelos seringueiros em cinco grupos: "casca roxa", "casca branca", "casca grossa", "casca amarela" e "barriguda". Nenhuma restrição física do solo ao desenvolvimento das seringueiras foi detectada nas três parcelas, entretanto a possibilidade de teor reduzido de potássio associado ao o alto teor de fósforo no solo da parcela de terra preta de índio, e a elevada saturação por bases na parcela de várzea mostrarem-se como fatores limitante à heveicultura nessas áreas necessita de maiores esclarecimentos. A enchente dos rios nas parcelas de várzea e terra firme em 2009 foi mais longa e com maior nível d'água que nos anos anteriores, o que provocou redução na riqueza e na diversidade de espécies. Foi observada grande variação na produtividade entre as seringueiras, as médias obtidas de 7,59 e 11,97 g/árvore/sangria nas parcelas de terra firme e várzea podem estar abaixo do potencial dessas áreas, pelo fato de as seringueiras não terem sido suficientemente estimuladas pelo ritmo de sangrias em 2009. Com isso as seringueiras demonstraram sinais de sub-explotação: com valores elevados de pH, conteúdo de borracha seca e concentração de sacarose, e baixa concentração de fósforo inorgânico, o que revela uma baixa atividade metabólica dos vasos laticíferos durante as explotações.

Área de concentração: Ciência Biológicas Agrárias e Humanas

Não há comentários sobre este título.

para postar um comentário.

Clique em uma imagem para visualizá-la no visualizador de imagem

Powered by Koha