Taxonomia e padrões de distribuição dos peixes anostomídeos (Characiformes, Anostomidae) na bacia do rio Tapajós, Brasil / Francimário da Silva Feitosa.

Por: Feitosa, Francimário da SilvaColaborador(es):Santos, Geraldo Mendes dos [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2011Notas: xii, 77 f. : il. colorAssunto(s): Peixes -- Classificação | Peixes -- Taxonomia | Anostomídeos | Tapajós, Rio (MT, PA)Classificação Decimal de Dewey: 597.0929 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011 Sumário: Conhecidos popularmente como aracus ou piaus, os peixes da família Anostomidae (Ostariophysi: Characiformes) são amplamente distribuídos por toda a América do Sul, da ilha caribenha de Trinidad à Argentina (Garavello et al., 1992), sendo que na Amazônia se concentra cerca da metade das 140 espécies conhecidas. O presente estudo trata do levantamento das espécies de anostomídeos na bacia do rio Tapajós, com base na análise dos peixes coletados nos trechos superior, médio e baixo desse rio e depositados nas coleções do INPA e MZUSP. A área de estudo está situada no norte do Estado de Mato Grosso e oeste do Pará e faz parte da "Ecorregião aquática Tapajós - Xingu", notabilizada pelo elevado número de cachoeiras e corredeiras e alto grau de endemismo (Buckup & Santos, 2010). Foram analisados 364 exemplares desse grupo de peixes, coletados com diversos aparelhos de pesca e oriundos de diversas localidades e tipos de ambiente da área de estudo. A análise do material foi realizada com base em caracteres morfológicos e merísticos, tomados com auxilio de paquímetro e estereomicroscópio, conforme Garavello (1994) e Santos & Jégu (1996). Foram reconhecidas as 28 espécies seguintes, listadas em ordem alfabética: Anostomoides laticeps, Anostomus ternetzi, Hypomasticus julii, H. pachycheilus, Laemolyta proxima, Leporellus vittatus, Leporinus bistriatus, L. brunneus, Leporinus cf. taeniofasciatus, Leporinus cf. unitaeniatus, L. cylindriformes, L. desmotes, L. falcipinnis, L. friderici, L. maculatus, L. octomaculatus, L. reticulatus, L. sexstriatus, Leporinus sp. "britskii", Leporinus sp. "tapaxingus", L. tigrinus, L. vanzoi, Petulanus intermedius, Pseudanos winterbottomi, Rhytiodus microlepis, Sartor tucuruiense, Schizodon vittatus e Synaptolaemus cingulatus. Diagnoses e chave de identificação foram confeccionadas, objetivando caracterizar e facilitar a identificação das espécies. Além disso, foram mapeadas suas áreas de ocorrência e traçados seus padrões de distribuição local e regional. A fauna de anostomídeos do Tapajós é a mais rica dentre todas as outras bacias amazônicas já estudadas. Esses peixes vivem em diversos tipos de ambientes da bacia, no entanto aproximadamente metade das espécies ocorreu em áreas de corredeiras e cachoeiras. A região das cabeceiras apresentou um elevado grau de endemismo, principalmente com espécies de menor porte; isso significa um alto risco de extinção local, caso essas áreas venham ser utilizadas para a construção de série de hidrelétricas, como tem sido noticiado nos planos governamentais traçados para a região.
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Dissertação T 597.0929 F311t (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0190

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011

Conhecidos popularmente como aracus ou piaus, os peixes da família Anostomidae (Ostariophysi: Characiformes) são amplamente distribuídos por toda a América do Sul, da ilha caribenha de Trinidad à Argentina (Garavello et al., 1992), sendo que na Amazônia se concentra cerca da metade das 140 espécies conhecidas. O presente estudo trata do levantamento das espécies de anostomídeos na bacia do rio Tapajós, com base na análise dos peixes coletados nos trechos superior, médio e baixo desse rio e depositados nas coleções do INPA e MZUSP. A área de estudo está situada no norte do Estado de Mato Grosso e oeste do Pará e faz parte da "Ecorregião aquática Tapajós - Xingu", notabilizada pelo elevado número de cachoeiras e corredeiras e alto grau de endemismo (Buckup & Santos, 2010). Foram analisados 364 exemplares desse grupo de peixes, coletados com diversos aparelhos de pesca e oriundos de diversas localidades e tipos de ambiente da área de estudo. A análise do material foi realizada com base em caracteres morfológicos e merísticos, tomados com auxilio de paquímetro e estereomicroscópio, conforme Garavello (1994) e Santos & Jégu (1996). Foram reconhecidas as 28 espécies seguintes, listadas em ordem alfabética: Anostomoides laticeps, Anostomus ternetzi, Hypomasticus julii, H. pachycheilus, Laemolyta proxima, Leporellus vittatus, Leporinus bistriatus, L. brunneus, Leporinus cf. taeniofasciatus, Leporinus cf. unitaeniatus, L. cylindriformes, L. desmotes, L. falcipinnis, L. friderici, L. maculatus, L. octomaculatus, L. reticulatus, L. sexstriatus, Leporinus sp. "britskii", Leporinus sp. "tapaxingus", L. tigrinus, L. vanzoi, Petulanus intermedius, Pseudanos winterbottomi, Rhytiodus microlepis, Sartor tucuruiense, Schizodon vittatus e Synaptolaemus cingulatus. Diagnoses e chave de identificação foram confeccionadas, objetivando caracterizar e facilitar a identificação das espécies. Além disso, foram mapeadas suas áreas de ocorrência e traçados seus padrões de distribuição local e regional. A fauna de anostomídeos do Tapajós é a mais rica dentre todas as outras bacias amazônicas já estudadas. Esses peixes vivem em diversos tipos de ambientes da bacia, no entanto aproximadamente metade das espécies ocorreu em áreas de corredeiras e cachoeiras. A região das cabeceiras apresentou um elevado grau de endemismo, principalmente com espécies de menor porte; isso significa um alto risco de extinção local, caso essas áreas venham ser utilizadas para a construção de série de hidrelétricas, como tem sido noticiado nos planos governamentais traçados para a região.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior

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