O papel da serrapilheira na emergência de plântulas herbáceas de terra firme, Amazônia Central, Brasil / Flávio Rogério de Oliveira Rodrigues.

Por: Rodrigues, Flávio Rogério de OliveiraColaborador(es):Costa, Flávia Regina Capelloto [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2011Notas: 48 f. : ilAssunto(s): Plantas de sub-bosque -- Amazônia | Serrapilheira | Pteridófitas | Plântulas | Ecologia de comunidadesClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre)- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011 Sumário: As relações entre variáveis topográficas e distribuição de ervas são amplamente reconhecidas, porém poucas hipóteses têm sido levantadas para explicar estas relações. Uma das hipóteses levantadas a respeito da distribuição de pteridófitas na Amazônia Central é que a serrapilheira seria um mediador que explicaria a maior riqueza de espécies e maior densidade de tais espécies em áreas inclinadas. Conduzimos um estudo na Reserva Ducke, em Manaus, Brasil, para testar tal hipótese para todas as ervas de subosque, manipulando experimentalmente a quantidade de serrapilheira no campo. Utilizamos 30 parcelas, cobrindo uma extensão de 25 km2 de uma floresta tropical úmida, com 5 blocos de manipulação por parcela. Cada bloco foi composto por sub-parcelas (0.4 x 0.6 m) de adição de serrapilheira, controle e exclusão de serrapilheira. Medimos a profundidade (abril e setembro/ 2010), além de quantificar os indivíduos reprodutivos nas parcelas. Conduzimos a observação de emergência de plântulas herbáceas durante 10 meses (dezembro/2009 a setembro/2010). A profundidade da serrapilheira e a frequência de pontos com ausência de serrapilheira na estação chuvosa foi negativamente relacionada à inclinação do terreno, mas não diferiu em relação ao teor de argila no solo. A emergência absoluta de plântulas e a de plântulas com propágulos pequenos foi maior nos tratamentos de exclusão de serrapilheira, sendo significativamente diferente dos tratamentos controle e de adição de serrapilheira. A emergência de plântulas oriunda de propágulos médios e grandes não diferiu entre os tratamentos. O conteúdo de argila no solo esteve relacionado com a emergência absoluta de plântulas e emergência de propágulos pequenos, porém não apresentou relação com a emergência de propágulos médios e grandes. A abundância de indivíduos frutificando na parcela foi o melhor preditor para emergência de plântulas oriundas tanto de propágulos médios quanto grandes. Os resultados estão de acordo com a idéia de que propágulos muito pequenos são mais afetados pela barreira física imposta pela serrapilheira e que ervas aparentemente dispersas por formigas apresentam dispersão espacialmente limitada. Além disso, um sistema de circulação de ar direcional associado com a menor acumulação de serrapilheira em áreas inclinadas são possivelmente os maiores responsáveis pelo padrão de maior riqueza e densidade de pteridófitas nestes ambientes. Estudos experimentais em campo que abordem a dispersão de esporos, ligados à adição de sementes, são necessários para testar as hipóteses alicerçadas no presente estudo.
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Dissertação T 574.52642 R696p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0194
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Capítulo 1 em inglês.

Dissertação (mestre)- Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2011

As relações entre variáveis topográficas e distribuição de ervas são amplamente reconhecidas, porém poucas hipóteses têm sido levantadas para explicar estas relações. Uma das hipóteses levantadas a respeito da distribuição de pteridófitas na Amazônia Central é que a serrapilheira seria um mediador que explicaria a maior riqueza de espécies e maior densidade de tais espécies em áreas inclinadas. Conduzimos um estudo na Reserva Ducke, em Manaus, Brasil, para testar tal hipótese para todas as ervas de subosque, manipulando experimentalmente a quantidade de serrapilheira no campo. Utilizamos 30 parcelas, cobrindo uma extensão de 25 km2 de uma floresta tropical úmida, com 5 blocos de manipulação por parcela. Cada bloco foi composto por sub-parcelas (0.4 x 0.6 m) de adição de serrapilheira, controle e exclusão de serrapilheira. Medimos a profundidade (abril e setembro/ 2010), além de quantificar os indivíduos reprodutivos nas parcelas. Conduzimos a observação de emergência de plântulas herbáceas durante 10 meses (dezembro/2009 a setembro/2010). A profundidade da serrapilheira e a frequência de pontos com ausência de serrapilheira na estação chuvosa foi negativamente relacionada à inclinação do terreno, mas não diferiu em relação ao teor de argila no solo. A emergência absoluta de plântulas e a de plântulas com propágulos pequenos foi maior nos tratamentos de exclusão de serrapilheira, sendo significativamente diferente dos tratamentos controle e de adição de serrapilheira. A emergência de plântulas oriunda de propágulos médios e grandes não diferiu entre os tratamentos. O conteúdo de argila no solo esteve relacionado com a emergência absoluta de plântulas e emergência de propágulos pequenos, porém não apresentou relação com a emergência de propágulos médios e grandes. A abundância de indivíduos frutificando na parcela foi o melhor preditor para emergência de plântulas oriundas tanto de propágulos médios quanto grandes. Os resultados estão de acordo com a idéia de que propágulos muito pequenos são mais afetados pela barreira física imposta pela serrapilheira e que ervas aparentemente dispersas por formigas apresentam dispersão espacialmente limitada. Além disso, um sistema de circulação de ar direcional associado com a menor acumulação de serrapilheira em áreas inclinadas são possivelmente os maiores responsáveis pelo padrão de maior riqueza e densidade de pteridófitas nestes ambientes. Estudos experimentais em campo que abordem a dispersão de esporos, ligados à adição de sementes, são necessários para testar as hipóteses alicerçadas no presente estudo.

Área de concentração: Ecologia

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