TY - BOOK AU - Imakawa, Angela Maria AU - Ferraz,Isolde D.Kossmann TI - Ecofisiologia e estabelecimento inicial de Cariniana micrantha Ducke (Lecythidaceae) em uma floresta de terra firme na Amazônia Central U1 - 583.42 19 PY - 1996/// CY - Manaus KW - Castanha-de-macaco KW - Ecofisiologia vegetal N1 - Dissertação N2 - Muitos fatores bióticos e abióticos interagem no estabelecimento inicial de uma espécie. A dispersão, predação, germinação de sementes e a sobrevivência de plântulas são fases iniciais no processo reprodutivo da espécie. As diferentes fases no processo de estabelecimento de Cariniana micrantha foram estudadas separadamente, procurando compreender a interação do conjunto de fatores ligados a sobrevivência da espécie. Frutos e sementes de C. micrantha foram coletados em diferentes áreas, num raio de aproximadamente 200 km ao redor de Manaus. Os resultados da biometria indicaram pequena variação de tamanho e de peso entre frutos e sementes das três áreas, sendo que o tamanho da semente sem ala mediu de 1,3 - 1,8 cm de comprimento e 0,5 - 0,8 cm de largura com peso entre 0,13 - 0,20 g. A quantidade de sementes variou entre 11 e 29 por fruto. A viabilidade das sementes obtidas de frutos coletados no chão é alta. Nos germinadores, sobre substrato de papel de filtro, a germinação é rápida iniciando entre 8 e 12 dias. As melhores taxas de germinação ocorreram a temperaturas constantes de 20 °C (94 %), 25 °C (92 %) e 30 °C (75 %) e a fotoperíodo de 12 h de luz e 12 h de escuro, e termoperíodo de 30 °C : 20 °C 91%). À temperatura de 35 °C, uma dormência relativa é induzida e não afeta a viabilidade das sementes, pois quando transferidas para temperaturas mais baixas (25 °C) germinaram com 70 %. Sementes armazenadas até um ano apresentaram taxa de germinação acima de 80%, observando-se uma redução no tempo médio de germinação de 21 para 12 dias após um ano, indicando uma maturação pós-colheita. Na floresta primária, sementes protegidas contra a predação apresentaram taxa de germinação de 80 % sob a copa das árvores, enquanto que nas clareiras pequenas (cerca de 200 m²) a germinação foi de 50%. No sub-bosque, a sobrevivência é muito afetada pela alta predação de sementes por formigas e roedores (96 e 100 %) em um período de 14 dias, enquanto que na clareira a predação por formigas e roedores foi menor de 26 e 74 %, respectivamente. A mortalidade de plântulas após um ano de observação foi igual para sub-bosque e clareira (18 - 20 %), mostrando que a espécie possui uma grande sobrevivência nos dois diferentes ambientes. As plântulas na clareira apresentaram rápido crescimento, enquanto que no sub-bosque sob condições de sombreamento, as plântulas mantiveram um crescimento lento. Parâmetros como peso da matéria seca, área foliar, volume e biomassa da folha, quantidade e densidade de estômatos mostraram adaptações aos dois ambientes. A avaliação dos pigmentos fotossintéticos mostrou que plântulas cultivadas em diferentes níveis de sombreamento, apresentaram aumento do teor de clorofilas e carotenos com a diminuição da luminosidade. Entretanto, essas diferenças não foram constatadas entre plântulas do sub-bosque e da clareira pequena. Durante o desenvolvimento na passagem de semente para plântula, aumenta a chance de sobrevivência da espécie Cariniana micrantha. O estádio de sementes é muito crítico pela pequena chance de escapar da predação e pelas exigências das condições ambientais para a germinação. No estádio de plântula a espécie mostra alto índice de sobrevivência, devido à adaptabilidade morfológica e fisiológica tanto no sub-bosque quanto na clareira ER -