TY - BOOK AU - Silva, Carlos Augusto Ramos e AU - Lacerda,Luiz Drude de TI - Distribuição e ciclagem interna de metais pesados em um ecossistema de manguezal dominado por Rhizophora mangle, Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro U1 - 551.9 19 PY - 1988/// CY - Niterói KW - Manguezais KW - Sepitiba, Baía de (RJ) KW - Metais pesados N1 - Dissertação N2 - As características estruturais e a biomassa foram estudadas em um bosque de manguezal, constituída basicamente por R. mangle, na baía de Sepetiba. Os parâmetros estruturais caracterizam o bosque como um típico bosque de franja. A biomassa aérea quantificou 65c,373 kg. ha-1, representando 80% da biomassa total. A biomassa subterrânea quantificou 16.373 kg-1.ha-1, representando 20% da biomassa total. A grande fração de biomassa das raízes em relação à biomassa total, indica que esse compartimento deve ter uma importante função na exportação de detritos orgânicos a partir dos ecossistemas de manguezal. Foi estimada também a distribuição de metais pesados nos compartimentos biótico e abiótico do bosque estudado. O sedimento (0a 31cm) quantificou o maior peso (88.500 kg.ha-1) e mostrou ser o principal reservatório de metais pesados (Mn68%, Fe 98%, Zn 83%, Cr 97%, Pb 100% e Cd 100%. R. mangle quantificou a menor porção, com uma biomassa de 81.707 kg.ha-1. Dentro do compartimento biológico, os tecidos perenes (ramos, troncos, raízes aéreas e subterrâneas) apresentaram as maiores quantidades de Fe (98%), Mn (87%), Zn (98%), Cu(100%) e Cr (100%). A grande quantidade de Fe presente nas raízes subterrâneas (89%), possivelmente evidencia um mecanismo de liberação de oxigênio, que gera um microambiente geoquímico oxidante na rizosfera. Com o objetivo de quantificar a ciclagem de metais dentro do bosque de manguezal e verificar o papel do manguezal na Baía de Sepetiba como barreira biogeoquímica ao transporte de metais foi estimada a queda de serapilheira, o "standing crop" da serapilheira e a decomposição das folhas no sedimento do mangue. Nossos dados mostram claramente que a produção de serapilheira, onde o principal componente é a folha, não estão relacionadas com a estrutura da floresta. A transferência de metais para o sedimento ao longo das coletas não mostrou um padrão bem definido. A concentração média de metais na serapilheira foi: Mn(230 + 50 ppm), Fe (116 + 44 ppm) e Zn (5,5 + 1,0 ppm), relativamente constante quando comparada aos demais compartimentos do sistema. Decaimento nos conteúdos dos elementos químicos ocorreu durante o processo de decomposição das folhas. Na primeiera fase (lixiviação) houve a perda de quase todos os elementos: Fe, Mn e N-orgânico. Na segunda fase (decomposição) houve um enriquecimento desses elementos. O baixo tempo de residência das folhas ( 4dias) no sedimento da floresta é fundamental para avaliar o transporte de metais para cadeias alimentares costeiras. A maior parte das folhas exportadas não sofrem aumento nas concentrtações de metais, uma vez que esse processo é observado após o 7º dia. Mesmo superestimando a exportação de metais pesados, a floresta mostrou ser uma importante barreira biogeoquímica ao transporte de metais pesados ER -