Utilização da madeira e cascas de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden na produção de painéis cimento-madeira / Yustane Lerissa Veiga Lopes.

Por: Lopes, Yustane Lerissa VeigaColaborador(es):Mori, Fábio Akira [Orientador]Detalhes da publicação: Lavras [s.n.] 2004Notas: 60 p. : ilAssunto(s): Eucalipto | Madeira | Painéis cimento-madeiraClassificação Decimal de Dewey: 674.83 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Lavras, 2004 Sumário: Os painéis cimento-madeira são constituídos de partículas de madeira, aglutinante mineral, água e aditivos químicos, consolidados através da prensagem a trio e muito utilizados na construção civil. As propriedades destes painéis podem ser prejudicadas, devido à incompatibilidade química entre alguns materiais lignocelulósicos e o cimento, que podem inibir a "pega" deste cimento. Porém esse efeito pode ser minimizado com tratamentos químicos dos materiais. O aproveitamento de resíduos gerados, principalmente pela indústria madeireira, como por exemplo as cascas, pode ser uma alternativa para minimizar o problema de descarte e agregar valores a estes materiais. O objetivo do trabalho foi avaliar a viabilidade técnica da utilização da madeira e cascas (sem e com tratamento químico) de Eucalyptus grandis na produção de painéis cimento-madeira. Utilizou-se sete tratamentos com diferentes percentagens de madeira e cascas na produção dos painéis: TI: 100% de madeira, TI: 75% de madeira mais 25% de cascas tratadas quimicamente, T3: 50% de madeira mais 50% de cascas tratadas quimicamente, T4: 25% de madeira mais 75% de cascas tratadas quimicamente, T5: 75% de madeira mais 25% de cascas não tratadas, T6: 50% de madeira mais 50% de cascas não tratadas e T7: 25% de madeira mais 75% de cascas não tratadas. Realizou-se também a análise de aptidão das partículas de madeira e das cascas tratadas e não tratadas com o cimento Portland. Os resultados mostraram que a madeira de Eucalyptus grandis apresentou uma aptidão moderada ao cimento, as cascas tratadas alta aptidão e as cascas não tratadas extremamente baixa aptidão. O tratamento somente com madeira de Eucalyptus apresentou bons resultados para todas as propriedades avaliadas: compressão paralela, ligação interna, módulo de elasticidade, módulo de ruptura, absorção de água e inchamento em espessura em 2 e 24 horas, sendo superiores ao normalmente encontrado na literatura. Os tratamentos com 25%, 50% e 75% de incorporação das cascas tratadas quimicamente apresentaram também bons resultados nas propriedades avaliadas, indicando o efeito do tratamento químico na qualidade do painel. Os tratamentos incluindo cascas não tratadas apresentaram resultados insatisfatórios tornando as incorporações com cascas inapropriadas para produção de painéis cimento-madeira.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 674.83 L864u (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 04-0380

Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Lavras, 2004

Os painéis cimento-madeira são constituídos de partículas de madeira, aglutinante mineral, água e aditivos químicos, consolidados através da prensagem a trio e muito utilizados na construção civil. As propriedades destes painéis podem ser prejudicadas, devido à incompatibilidade química entre alguns materiais lignocelulósicos e o cimento, que podem inibir a "pega" deste cimento. Porém esse efeito pode ser minimizado com tratamentos químicos dos materiais. O aproveitamento de resíduos gerados, principalmente pela indústria madeireira, como por exemplo as cascas, pode ser uma alternativa para minimizar o problema de descarte e agregar valores a estes materiais. O objetivo do trabalho foi avaliar a viabilidade técnica da utilização da madeira e cascas (sem e com tratamento químico) de Eucalyptus grandis na produção de painéis cimento-madeira. Utilizou-se sete tratamentos com diferentes percentagens de madeira e cascas na produção dos painéis: TI: 100% de madeira, TI: 75% de madeira mais 25% de cascas tratadas quimicamente, T3: 50% de madeira mais 50% de cascas tratadas quimicamente, T4: 25% de madeira mais 75% de cascas tratadas quimicamente, T5: 75% de madeira mais 25% de cascas não tratadas, T6: 50% de madeira mais 50% de cascas não tratadas e T7: 25% de madeira mais 75% de cascas não tratadas. Realizou-se também a análise de aptidão das partículas de madeira e das cascas tratadas e não tratadas com o cimento Portland. Os resultados mostraram que a madeira de Eucalyptus grandis apresentou uma aptidão moderada ao cimento, as cascas tratadas alta aptidão e as cascas não tratadas extremamente baixa aptidão. O tratamento somente com madeira de Eucalyptus apresentou bons resultados para todas as propriedades avaliadas: compressão paralela, ligação interna, módulo de elasticidade, módulo de ruptura, absorção de água e inchamento em espessura em 2 e 24 horas, sendo superiores ao normalmente encontrado na literatura. Os tratamentos com 25%, 50% e 75% de incorporação das cascas tratadas quimicamente apresentaram também bons resultados nas propriedades avaliadas, indicando o efeito do tratamento químico na qualidade do painel. Os tratamentos incluindo cascas não tratadas apresentaram resultados insatisfatórios tornando as incorporações com cascas inapropriadas para produção de painéis cimento-madeira.

Área de concentração: Ciência e Tecnologia da Madeira.

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