Impacto do manejo de viveiros na qualidade da água e dos efluentes durante a recria de tambaqui, Colossoma macropomum / Ana Maria Dias da Silva. .
Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2005Notas: ix, 49 f. : ilAssunto(s): Tambaqui (Peixe) | Psicicultura | Efluentes | Qualidade de águaClassificação Decimal de Dewey: T 639.275 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005 Sumário: O tambaqui é a principal espécie de peixe criada no Amazonas. Porém, ainda não se sabe o potencial poluidor da atividade, desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da água e dos efluentes durante a recria de tambaqui em viveiros manejados de diferentes formas. Os peixes (0,41±0,25g e 2,81±0,52cm), foram confinados aleatoriamente em 9 viveiros (escavados) de 600m² em uma densidade de 8 peixes/m² por um período de 60 dias, onde foram submetidos a três tratamentos: 1) viveiro fertilizado e calado, 2) viveiro calado e 3) sem manejo. Foi oferecida ração comercial com 34% de proteína bruta, sendo a freqüência alimentar de 3x/dia. Não houve diferenças significativas nos parâmetros de crescimento e produtividade para os tratamentos estudados. Foram encontrados três principais itens alimentares no estômago do tambaqui, inseto, zôo/fitoplâncton e ração, não havendo diferenças significativas entre os tratamentos, quanto a proporção na ingestão destes itens. O consumo de inseto e fito/zooplâncton diminui, enquanto o consumo de ração aumentou ao longo do experimento (p=0,017). Quanto as variáveis limnológicas analisadas dentro dos viveiros: alcalinidade (p=0,00036), dureza (p=0,00008)e CO2 (p=0.0054) apresentaram diferenças entre os tratamentos. Enquanto que a clorofila (p=0,359), transparência (0,228), amônia (p=0,301), nitrito (p=0,1128), temperatura (p=0,86) e oxigênio dissolvido (p=0,45), não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos. Na análise dos efluentes as variáveis demanda bioquímica de oxigênio (p=0,359), material sedimentável (p=0,573) e sólidos em suspensão (p=0,06) não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos; enquanto que para a demanda química de oxigênio (p=0,0067), fósforo total (p=0,0012), ortofosfato (p=0,0017), amônia (p=0,018) e nitrito (p=0,0213) apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos. A fertilização com fonte de fósforo deve ser evitada, pois os efluentes são potencialmente impactantes. Foi observado que a fertilização e a calagem nos viveiros não são manejos indispensáveis para a recria de tambaqui, uma vez que o crescimento e a produtividade foram semelhantes entre os três tipos de manejos de viveiros testados.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
---|---|---|---|---|---|---|
Livro | Biblioteca INPA | Dissertação | T 639.275 S586i (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 05-0344 | |
Livro | Biblioteca INPA | Dissertação | T 639.275 S586i (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 05-0343 |
Percorrendo a Biblioteca INPA as estantes, Coleção: Dissertação Fechar navegador de prateleira (Oculta o navegador da estante)
Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2005
O tambaqui é a principal espécie de peixe criada no Amazonas. Porém, ainda não se sabe o potencial poluidor da atividade, desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade da água e dos efluentes durante a recria de tambaqui em viveiros manejados de diferentes formas. Os peixes (0,41±0,25g e 2,81±0,52cm), foram confinados aleatoriamente em 9 viveiros (escavados) de 600m² em uma densidade de 8 peixes/m² por um período de 60 dias, onde foram submetidos a três tratamentos: 1) viveiro fertilizado e calado, 2) viveiro calado e 3) sem manejo. Foi oferecida ração comercial com 34% de proteína bruta, sendo a freqüência alimentar de 3x/dia. Não houve diferenças significativas nos parâmetros de crescimento e produtividade para os tratamentos estudados. Foram encontrados três principais itens alimentares no estômago do tambaqui, inseto, zôo/fitoplâncton e ração, não havendo diferenças significativas entre os tratamentos, quanto a proporção na ingestão destes itens. O consumo de inseto e fito/zooplâncton diminui, enquanto o consumo de ração aumentou ao longo do experimento (p=0,017). Quanto as variáveis limnológicas analisadas dentro dos viveiros: alcalinidade (p=0,00036), dureza (p=0,00008)e CO2 (p=0.0054) apresentaram diferenças entre os tratamentos. Enquanto que a clorofila (p=0,359), transparência (0,228), amônia (p=0,301), nitrito (p=0,1128), temperatura (p=0,86) e oxigênio dissolvido (p=0,45), não apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos. Na análise dos efluentes as variáveis demanda bioquímica de oxigênio (p=0,359), material sedimentável (p=0,573) e sólidos em suspensão (p=0,06) não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos; enquanto que para a demanda química de oxigênio (p=0,0067), fósforo total (p=0,0012), ortofosfato (p=0,0017), amônia (p=0,018) e nitrito (p=0,0213) apresentaram diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos. A fertilização com fonte de fósforo deve ser evitada, pois os efluentes são potencialmente impactantes. Foi observado que a fertilização e a calagem nos viveiros não são manejos indispensáveis para a recria de tambaqui, uma vez que o crescimento e a produtividade foram semelhantes entre os três tipos de manejos de viveiros testados.
Não há comentários sobre este título.