Biomassa de florestas plantadas como fonte alternativa de energia em substituição ao óleo combustível industrial no Estado de São Paulo / Rubens Cristiano Damas Garlipp.

Por: Garlipp, Rubens Cristiano DamasColaborador(es):Berger, Ricardo [Orientador]Detalhes da publicação: Piracicaba [s.n.] 1982Notas: 175 fAssunto(s): Energia -- Fontes alternativas | Energia da biomassa | Madeira como combustível -- São Paulo (Estado)Classificação Decimal de Dewey: 662.65 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", USP, 1982 Sumário: Este trabalho procurou diagnosticar as possibilidades de aproveitamento da biomassa de florestas plantadas no Estado de São Paulo como sucedâneo ao óleo combustível consumido pelas indústrias paulistas. De início estimou-se o consumo previsto de óleo combustível para a década de 80 nas 11 divisões regionais administrativas do Estado. Posteriormente procedeu-se ao dimensionamento do Estado. Posteriormente procedeu-se ao dimensionamento das áreas plantadas com Eucalyptus spp e Pinus spp desde 1963 em cada região. Também foram dimensionados os reflorestamentos com Eucalyptus spp estabelecidos nas área de influência à economia florestal paulista (Mato Grosso do Sul e Triângulo Mineiro). A demanda interna estadual por madeira de reflorestamentos foi estimada para o período 1981-1990. Considerou-se a demanda ocasionada pelas indústrias de celulose e papel, chapas de fibras e madeira aglomerada, bem como a demanda representada pelo consumo energético já tradicional ocasionada por padarias, olarias, hotéis e outros estabelecimentos consumidores de lenha e carvão de Eucalyptus spp. A biomassa florestal, representada por madeira e resíduos da exploração, foi convertida em toneladas equivalentes em óleo combustível. As reais possibilidades de substituição de óleo combustível industrial durante a década foram analisadas frente aos programas governamentais e empresariais que preconizam o aproveitamento da biomassa florestal. Considerações ecnomômicas sobre a utilização energética da biomassa florestal são apresentadas. A viabilidade econômica da produção de florestas de Eucalyptus spp é discutida em função dos níveis de produtividade e face ao preço da terra vigente no Estado de São Paulo. Sumariamente os resultados revelaram as seguintes indicações: 1 - O Estado de São Paulo, responsável por 40% do óleo combustível consumido no país apresentará uma demanda industrial de 14,8 milhões de toneladas no ano de 1990, concentrada principalmente nas regiões leste e sudeste do território paulista. Embora a maior concentração de florestas plantadas ocorra nessas regiões, o quadro geral de disponibilidade de madeira no Estado de São Paulo é pessimista; 2 - A curto prazo a disponibilidade de biomassa florestal é traduzida apenas pelos resíduos da exploração, cujo potencial energético (3,3 milhões de TEOC) possibilitaria substituir até 1990, cerca de 3,3% ao ano do óleo combustível demandado pelo parque industrial paulista; 3 - As indústrias que utilizam a madeira de florestas plantadas como matéria prima têm mais condições de aproveitar os resíduos como fonte de energia, podendo substituir, até 1990, cerca de 46% do consumo previsto de óleo combustível; 4 - Os reflorestamentos estabelecidos nas áreas de influência poderão oferecer um total acumulado de 53 milhões de estéreos durante a década. De outro modo, como insumo energético, as áreas de influência produzirão 4,4 milhões de TEOC no período, o que permitiria substituir 4,6% ao ano do óleo combustível consumido pelas indústrias paulistas; 5 - A biomassa florestal reúne condições favoráveis para substituir o óleo combustível industrial. Entretanto, face aos custos de produção, de transporte e ao elevado preço da terra no Estado de São Paulo, altos níveis de produtividade devem ser obtidos para viabilizar economicamente a produção florestal; 6 - O cenário florestal paulista clama pela intervenção governamental no sentido de reativar o reflorestamento estadual, cujas taxas anuais de plantio foram deprimidas desde 1973. Medidas de curto, médio e longo prazos, tais como preços mínimos para madeira e incentivos fiscais ajustados à realidade florestal paulista, devem ser implementadas para assegurar o abastecimento de matéria prima industrial e suportar a demanda por madeira com fins energéticos.
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Dissertação T 662.65 G233b (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1578

Dissertação (mestre) - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", USP, 1982

Este trabalho procurou diagnosticar as possibilidades de aproveitamento da biomassa de florestas plantadas no Estado de São Paulo como sucedâneo ao óleo combustível consumido pelas indústrias paulistas. De início estimou-se o consumo previsto de óleo combustível para a década de 80 nas 11 divisões regionais administrativas do Estado. Posteriormente procedeu-se ao dimensionamento do Estado. Posteriormente procedeu-se ao dimensionamento das áreas plantadas com Eucalyptus spp e Pinus spp desde 1963 em cada região. Também foram dimensionados os reflorestamentos com Eucalyptus spp estabelecidos nas área de influência à economia florestal paulista (Mato Grosso do Sul e Triângulo Mineiro). A demanda interna estadual por madeira de reflorestamentos foi estimada para o período 1981-1990. Considerou-se a demanda ocasionada pelas indústrias de celulose e papel, chapas de fibras e madeira aglomerada, bem como a demanda representada pelo consumo energético já tradicional ocasionada por padarias, olarias, hotéis e outros estabelecimentos consumidores de lenha e carvão de Eucalyptus spp. A biomassa florestal, representada por madeira e resíduos da exploração, foi convertida em toneladas equivalentes em óleo combustível. As reais possibilidades de substituição de óleo combustível industrial durante a década foram analisadas frente aos programas governamentais e empresariais que preconizam o aproveitamento da biomassa florestal. Considerações ecnomômicas sobre a utilização energética da biomassa florestal são apresentadas. A viabilidade econômica da produção de florestas de Eucalyptus spp é discutida em função dos níveis de produtividade e face ao preço da terra vigente no Estado de São Paulo. Sumariamente os resultados revelaram as seguintes indicações: 1 - O Estado de São Paulo, responsável por 40% do óleo combustível consumido no país apresentará uma demanda industrial de 14,8 milhões de toneladas no ano de 1990, concentrada principalmente nas regiões leste e sudeste do território paulista. Embora a maior concentração de florestas plantadas ocorra nessas regiões, o quadro geral de disponibilidade de madeira no Estado de São Paulo é pessimista; 2 - A curto prazo a disponibilidade de biomassa florestal é traduzida apenas pelos resíduos da exploração, cujo potencial energético (3,3 milhões de TEOC) possibilitaria substituir até 1990, cerca de 3,3% ao ano do óleo combustível demandado pelo parque industrial paulista; 3 - As indústrias que utilizam a madeira de florestas plantadas como matéria prima têm mais condições de aproveitar os resíduos como fonte de energia, podendo substituir, até 1990, cerca de 46% do consumo previsto de óleo combustível; 4 - Os reflorestamentos estabelecidos nas áreas de influência poderão oferecer um total acumulado de 53 milhões de estéreos durante a década. De outro modo, como insumo energético, as áreas de influência produzirão 4,4 milhões de TEOC no período, o que permitiria substituir 4,6% ao ano do óleo combustível consumido pelas indústrias paulistas; 5 - A biomassa florestal reúne condições favoráveis para substituir o óleo combustível industrial. Entretanto, face aos custos de produção, de transporte e ao elevado preço da terra no Estado de São Paulo, altos níveis de produtividade devem ser obtidos para viabilizar economicamente a produção florestal; 6 - O cenário florestal paulista clama pela intervenção governamental no sentido de reativar o reflorestamento estadual, cujas taxas anuais de plantio foram deprimidas desde 1973. Medidas de curto, médio e longo prazos, tais como preços mínimos para madeira e incentivos fiscais ajustados à realidade florestal paulista, devem ser implementadas para assegurar o abastecimento de matéria prima industrial e suportar a demanda por madeira com fins energéticos.

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