Endocarpos de babaçu (Orbignya spp. Mart.) e de macaúba (Acrocomia sclerocarpa Mart.) comparados à madeira de Eucalyptus grandis W. Hill Ex. Maiden para a produção de carvão vegetal / José de Castro Silva.
Detalhes da publicação: Piracicaba : [s.n.], 1986Notas: 108 fAssunto(s): Carvão vegetal | Babaçu | MacaúbaClassificação Decimal de Dewey: 662.74 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 1986 Sumário: Objetivou-se, com este trabalho, o estudo do comportamento do endocarpo de duas palmáceas (babaçu e macaúba) em comparação com a madeira de eucalipto, na produção de carvão vegetal, em escala de laboratório. Procurou-se analisar a influência da temperatura e das espécies no processo de carbonização e caracterizar o carvão vegetal no que se refere aos rendimentos gravimétricos (carvão, líquido condensado e gás não-condensável), análise química imediata (teores de carbono fixo, voláteis e cinzas), rendimentos em carbono fixo, densidade relativa (aparente e verdadeira) e porosidade. As espécies foram caracterizadas através da determinação da densidade básica e da composição química. Procedeu-se às carbonizações com temperaturas finais de 300, 500 e 700ºC e utilizaram-se 500 g de amostras de material absolutamente seco para cada ensaio. Efetuaram-se quatro repetições por ensaio, carbonizando-se as amostras do material em forno de laboratório. Com base nos resultados, pode-se concluir que: a. os endocarpos de palmáceas apresentaram maiores rendimentos em carvão e menores rendimentos em gás não-condensável, quando comparados com a madeira de eucalipto. O rendimento em líquido condensado, por sua vez, apresentou os maiores valores para o endocarpo de babaçu, seguindo-se a madeira de eucalipto e, fianlmente, o endocarpo de macaúba. b. a madeira de eucalipto produziu carvões com valores superiores para a densidade verdadeira, porosidade e teores de carbono fixo. Por outro lado, apresentou carvão em valores inferiors para a densidade aparente, rendimento em carbono fixo e teores de cinzas. Quanto ao teor de voláteis nos carvões, os resultados se mostraram decrescentes na ordem: endocarpo de macaúba, madeira de eucalipto e endocarpo de babaçu. c. a densidade aparente, teor de voláteis e rendimento gravimétrico de carvão das três espécies se mostraram inversamente correlacionados com a temperatura e, os demais parâmetros, diretamente correlacionados com a mesma. d. a temperatura que possibilitou a obtenção de carvão com melhores rendimentos e padrões de qualidade foi a de 500ºC para todas as espécies ensaiadas. e. o carvão de endocarpo das palmáceas necessitou de temperaturas mais elevadas para atingir os padrões de qualidade semelhantes aos obtidos para o carvão de madeira de eucalipto, em razão das diferenças das composições químicas. f. o carvão de endocarpo das palmáceas pode ser considerado superior ao carvão de madeira de eucalipto para usos, tais como: gasogênios, operações matalúrgicas e siderúrgicas e uso doméstico.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Biblioteca INPA | Dissertação | T 662.74 S586e (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 00-1729 |
Dissertação (mestre) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 1986
Objetivou-se, com este trabalho, o estudo do comportamento do endocarpo de duas palmáceas (babaçu e macaúba) em comparação com a madeira de eucalipto, na produção de carvão vegetal, em escala de laboratório. Procurou-se analisar a influência da temperatura e das espécies no processo de carbonização e caracterizar o carvão vegetal no que se refere aos rendimentos gravimétricos (carvão, líquido condensado e gás não-condensável), análise química imediata (teores de carbono fixo, voláteis e cinzas), rendimentos em carbono fixo, densidade relativa (aparente e verdadeira) e porosidade. As espécies foram caracterizadas através da determinação da densidade básica e da composição química. Procedeu-se às carbonizações com temperaturas finais de 300, 500 e 700ºC e utilizaram-se 500 g de amostras de material absolutamente seco para cada ensaio. Efetuaram-se quatro repetições por ensaio, carbonizando-se as amostras do material em forno de laboratório. Com base nos resultados, pode-se concluir que: a. os endocarpos de palmáceas apresentaram maiores rendimentos em carvão e menores rendimentos em gás não-condensável, quando comparados com a madeira de eucalipto. O rendimento em líquido condensado, por sua vez, apresentou os maiores valores para o endocarpo de babaçu, seguindo-se a madeira de eucalipto e, fianlmente, o endocarpo de macaúba. b. a madeira de eucalipto produziu carvões com valores superiores para a densidade verdadeira, porosidade e teores de carbono fixo. Por outro lado, apresentou carvão em valores inferiors para a densidade aparente, rendimento em carbono fixo e teores de cinzas. Quanto ao teor de voláteis nos carvões, os resultados se mostraram decrescentes na ordem: endocarpo de macaúba, madeira de eucalipto e endocarpo de babaçu. c. a densidade aparente, teor de voláteis e rendimento gravimétrico de carvão das três espécies se mostraram inversamente correlacionados com a temperatura e, os demais parâmetros, diretamente correlacionados com a mesma. d. a temperatura que possibilitou a obtenção de carvão com melhores rendimentos e padrões de qualidade foi a de 500ºC para todas as espécies ensaiadas. e. o carvão de endocarpo das palmáceas necessitou de temperaturas mais elevadas para atingir os padrões de qualidade semelhantes aos obtidos para o carvão de madeira de eucalipto, em razão das diferenças das composições químicas. f. o carvão de endocarpo das palmáceas pode ser considerado superior ao carvão de madeira de eucalipto para usos, tais como: gasogênios, operações matalúrgicas e siderúrgicas e uso doméstico.
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