Efeito do espaçamento no estabelecimento de florestas ciliares / Lígia Carla de Souza.
Detalhes da publicação: Lavras [s.n.] 2002Notas: 97 fAssunto(s): Plantas -- Espaçamento | ReflorestamentoClassificação Decimal de Dewey: 634.956 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Lavras, 2002 Sumário: Dentre os vários fatores que interferem no estabelecimento de plantios mistos, destacam-se o modelo de plantio, as espécies utilizadas e os tratamentos silviculturais, que incluem dentre outros, o espaçamento de plantio. O espaçamento tem influência direta no custo de plantio e no tempo para o fechamento do dossel, o que irá proporcionar maior proteção ao solo, início mais rápido do processo de regeneração natural, além de possibilitar a redução no número de operações de manutenção. Portanto, para avaliar o efeito de diferentes espaçamentos no estabelecimento de plantios mistos para recuperação de matas ciliares e o crescimento de espécies florestais, um experimento foi implantado no entorno do reservatório da UHE Volta Grande, município de Miguelópolis (SP). Foram utilizados os espaçamentos 3 x 2; 3 x 3; 3 x 4 e 3 x 5m e 14 espécies florestais, 5 pioneiras e 11 clímax. O plantio foi feito com arranjo em quincôncio, com linhas de espécies pioneiras e linhas de espécies clímax intercaladas. Foram avaliados sobrevivência, altura, DAP e área de copa (AC). Até 58 meses, as espécies apresentaram alta sobrevivência, variando de 91% (trema) a 98% (mutamba), para as pioneiras e 75% (copaíba) a 98% (aroeira do sertão), para as clímax. O espaçamento influenciou no crescimento em DAP e AC das espécies pioneiras, enquanto que, para as clímax, não afetou nenhuma das características avaliadas (altura e DAP). Dentre as espécies pioneiras, mutamba apresentou maior crescimento em altura, mutamba e sombreiro maior crescimento em DAP, e o sombreiro maior crescimento em área de copa. Para o DAP, os maiores valores foram observados nos maiores espaçamentos (3 x 4 e 3 x 5m) e os menores nos espaçamentos mais adensados (3 x 2 e 3 x 3m). Quanto à área de copa, aos 19 meses, em todos os espaçamentos, as espécies pioneiras já apresentavam valores maiores que a área média por planta, que variou de 1 a 15m², em função do espaçamento. No espaçamento 3 x 2m, aos 19 meses, já havia ocorrido o fechamento do dossel, considerando-se o somatório da área de copa (114,85% de cobertura). Para os demais espaçamentos, foi observado o fechamento do dossel aos 36 meses. Pelas condições do presente experimento recomenda-se o uso de espaçamento 3 x 2 ou 3 x 3m para condições semelhantes. Todas as espécies testadas apresentaram alto potencial para uso em programas de implantação de mata ciliar, nas condições do presente estudo.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
---|---|---|---|---|---|---|
![]() |
Dissertação | T 634.956 S729e (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 02-0490 |
Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Lavras, 2002
Dentre os vários fatores que interferem no estabelecimento de plantios mistos, destacam-se o modelo de plantio, as espécies utilizadas e os tratamentos silviculturais, que incluem dentre outros, o espaçamento de plantio. O espaçamento tem influência direta no custo de plantio e no tempo para o fechamento do dossel, o que irá proporcionar maior proteção ao solo, início mais rápido do processo de regeneração natural, além de possibilitar a redução no número de operações de manutenção. Portanto, para avaliar o efeito de diferentes espaçamentos no estabelecimento de plantios mistos para recuperação de matas ciliares e o crescimento de espécies florestais, um experimento foi implantado no entorno do reservatório da UHE Volta Grande, município de Miguelópolis (SP). Foram utilizados os espaçamentos 3 x 2; 3 x 3; 3 x 4 e 3 x 5m e 14 espécies florestais, 5 pioneiras e 11 clímax. O plantio foi feito com arranjo em quincôncio, com linhas de espécies pioneiras e linhas de espécies clímax intercaladas. Foram avaliados sobrevivência, altura, DAP e área de copa (AC). Até 58 meses, as espécies apresentaram alta sobrevivência, variando de 91% (trema) a 98% (mutamba), para as pioneiras e 75% (copaíba) a 98% (aroeira do sertão), para as clímax. O espaçamento influenciou no crescimento em DAP e AC das espécies pioneiras, enquanto que, para as clímax, não afetou nenhuma das características avaliadas (altura e DAP). Dentre as espécies pioneiras, mutamba apresentou maior crescimento em altura, mutamba e sombreiro maior crescimento em DAP, e o sombreiro maior crescimento em área de copa. Para o DAP, os maiores valores foram observados nos maiores espaçamentos (3 x 4 e 3 x 5m) e os menores nos espaçamentos mais adensados (3 x 2 e 3 x 3m). Quanto à área de copa, aos 19 meses, em todos os espaçamentos, as espécies pioneiras já apresentavam valores maiores que a área média por planta, que variou de 1 a 15m², em função do espaçamento. No espaçamento 3 x 2m, aos 19 meses, já havia ocorrido o fechamento do dossel, considerando-se o somatório da área de copa (114,85% de cobertura). Para os demais espaçamentos, foi observado o fechamento do dossel aos 36 meses. Pelas condições do presente experimento recomenda-se o uso de espaçamento 3 x 2 ou 3 x 3m para condições semelhantes. Todas as espécies testadas apresentaram alto potencial para uso em programas de implantação de mata ciliar, nas condições do presente estudo.
Não há comentários sobre este título.