Impactos da exploração madeireira predatória e planejada sobre o crescimento e diversidade de espécies arbóreas na Amazônia Oriental / Edson José Vidal da Silva.

Por: Silva, Edson José Vidal daColaborador(es):Viana, Virgilio MauricioDetalhes da publicação: 1998Notas: 82 f. : ilAssunto(s): Árvores -- Crescimento | Exploração florestal -- Amazônia -- Aspectos ambientaisClassificação Decimal de Dewey: 634.98 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)--Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1998. Sumário: Esta dissertação compara o comportamento do crescimento e da diversidade das árvores com DAP maior que 10 cm entre áreas naturais e áreas exploradas com o emprego de colheita planejada e extração madeireira predatória na Amazônia oriental. A região de estudo fica na Fazenda Agrosete (3° S, 50° W), no Município de Paragominas. O experimento foi realizado numa área de 210 hectares, sendo 75 ha com exploração predatória, 105 ha com colheita planejada e 30 ha com área testemunha. A exploração predatória consistiu do seguinte: após definida a área, uma equipe de motosserristas entrou na floresta e derrubou as árvores, sem o conhecimento prévio de sua localização, pois não conduziu-se o mapeamento e o censo das árvores. Em seguida, construiu-se as estradas e os pátios de estocagem, de onde as toras foram transportadas até a serraria. Finalmente, os operadores das máquinas saíram à procura das árvores. Por não terem a localização exata das árvores derrubadas, o arraste das toras ocasionou muitos danos e desperdícios de madeira. Na colheita planejada foi empregado o planejamento das atividades com as seguintes medidas: censo das árvores de valor madeireiro com DAP 25 cm; preparação de um mapa de colheita com traçado de estradas, ramais de arraste e localização de pátios de estocagem; uso da derrubada direcional; corte de cipós 1,5 anos antes da colheita; arraste feito com tratores florestais com guincho e torre. A exploração predatória e a colheita planejada aconteceram no ano de 1993, e os tratamentos foram monitorados até 1996, sendo realizadas medições anuais de DAP, mortalidade e sanidade das árvores. Avaliou-se o comportamento da floresta em relação ao crescimento em DAP das árvores e diversidade de espécies, através do número das espécies e do índice de Shannon. Os resultados das comparações de diversidade através do índice de Shannon, para cada tipo de intervenção, indicaram que o tratamento colheita planejada não apresentou diferença significativa na comparação de médias pelo teste t no período logo após a exploração (1994) e três anos após (1996) apresentando diferença no tratamento exploração predatória. A diversidade de espécies (considerando indivíduos com DAP acima de 10 cm) na área com manejo sofreu menor redução do que na área com exploração predatória. Isso indica menos danos à biodiversidade. O Incremento Médio Anual para todas as árvores na área manejada foi o dobro da testemunha e 1,5 superior ao da exploração predatória. A colheita de madeira levou à uma redução em área basal de 31% na exploração predatória, enquanto que, na manejada a redução foi de apenas 17%. O incremento em área basal na colheita planejada foi 2,2 vezes superior à exploração predatória (1,02 m²/ha e 0,45 m²/ha, respectivamente). Esses resultados demonstram mais vantagens no emprego de manejo florestal em relação à exploração predatória de madeira. Se o comportamento do crescimento da floresta manejada continuar neste ritmo, menos tempo será necessário para o segundo corte de rnadeira na área. Esse fato reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para o apoio à adoção de um sistema de manejo florestal nessa região. O experimento foi realizado numa área de 210 hectares, sendo 75 ha com exploração predatória, 105 ha com colheita planejada e 30 ha com área testemunha. A exploração predatória consistiu do seguinte: após definida a área, uma equipe de motosserristas entrou na floresta e derrubou as árvores, sem o conhecimento prévio de sua localização, pois não conduziu-se o mapeamento e o censo das árvores. Em seguida, construiu-se as estradas e os pátios de estocagem, de onde as toras foram transportadas até a serraria. Finalmente, os operadores das máquinas saíram à procura das árvores. Por não terem a localização exata das árvores derrubadas, o arraste das toras ocasionou muitos danos e desperdícios de madeira. Na colheita planejada foi empregado o planejamento das atividades com as seguintes medidas: censo das árvores de valor madeireiro com DAP 25 cm; preparação de um mapa de colheita com traçado de estradas, ramais de arraste e localização de pátios de estocagem; uso da derrubada direcional; corte de cipós 1,5 anos antes da colheita; arraste feito com tratores florestais com guincho e torre. A exploração predatória e a colheita planejada aconteceram no ano de 1993, e os tratamentos foram monitorados até 1996, sendo realizadas medições anuais de DAP, mortalidade e sanidade das árvores. Avaliou-se o comportamento da floresta em relação ao crescimento em DAP das árvores e diversidade de espécies, através do número das espécies e do índice de Shannon. Os resultados das comparações de diversidade através do índice de Shannon, para cada tipo de intervenção, indicaram que o tratamento colheita planejada não apresentou diferença significativa na comparação de médias pelo teste t no período logo após a exploração (1994) e três anos após (1996) apresentando diferença no tratamento exploração predatória. A diversidade de espécies (considerando indivíduos com DAP acima de 10 cm) na área com manejo sofreu menor redução do que na área com exploração predatória. Isso indica menos danos à biodiversidade. O Incremento Médio Anual para todas as árvores na área manejada foi o dobro da testemunha e 1,5 superior ao da exploração predatória. A colheita de madeira levou à uma redução em área basal de 31% na exploração predatória, enquanto que, na manejada a redução foi de apenas 17%. O incremento em área basal na colheita planejada foi 2,2 vezes superior à exploração predatória (1,02 m²/ha e 0,45 m²/ha, respectivamente). Esses resultados demonstram mais vantagens no emprego de manejo florestal em relação à exploração predatória de madeira. Se o comportamento do crescimento da floresta manejada continuar neste ritmo, menos tempo será necessário para o segundo corte de rnadeira na área. Esse fato reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para o apoio à adoção de um sistema de manejo florestal nessa região.
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Dissertação T 634.98 S586i (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 99-0492

Dissertação (mestrado)--Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/Universidade de São Paulo, Piracicaba, 1998.

Esta dissertação compara o comportamento do crescimento e da diversidade das árvores com DAP maior que 10 cm entre áreas naturais e áreas exploradas com o emprego de colheita planejada e extração madeireira predatória na Amazônia oriental. A região de estudo fica na Fazenda Agrosete (3° S, 50° W), no Município de Paragominas. O experimento foi realizado numa área de 210 hectares, sendo 75 ha com exploração predatória, 105 ha com colheita planejada e 30 ha com área testemunha. A exploração predatória consistiu do seguinte: após definida a área, uma equipe de motosserristas entrou na floresta e derrubou as árvores, sem o conhecimento prévio de sua localização, pois não conduziu-se o mapeamento e o censo das árvores. Em seguida, construiu-se as estradas e os pátios de estocagem, de onde as toras foram transportadas até a serraria. Finalmente, os operadores das máquinas saíram à procura das árvores. Por não terem a localização exata das árvores derrubadas, o arraste das toras ocasionou muitos danos e desperdícios de madeira. Na colheita planejada foi empregado o planejamento das atividades com as seguintes medidas: censo das árvores de valor madeireiro com DAP 25 cm; preparação de um mapa de colheita com traçado de estradas, ramais de arraste e localização de pátios de estocagem; uso da derrubada direcional; corte de cipós 1,5 anos antes da colheita; arraste feito com tratores florestais com guincho e torre. A exploração predatória e a colheita planejada aconteceram no ano de 1993, e os tratamentos foram monitorados até 1996, sendo realizadas medições anuais de DAP, mortalidade e sanidade das árvores. Avaliou-se o comportamento da floresta em relação ao crescimento em DAP das árvores e diversidade de espécies, através do número das espécies e do índice de Shannon. Os resultados das comparações de diversidade através do índice de Shannon, para cada tipo de intervenção, indicaram que o tratamento colheita planejada não apresentou diferença significativa na comparação de médias pelo teste t no período logo após a exploração (1994) e três anos após (1996) apresentando diferença no tratamento exploração predatória. A diversidade de espécies (considerando indivíduos com DAP acima de 10 cm) na área com manejo sofreu menor redução do que na área com exploração predatória. Isso indica menos danos à biodiversidade. O Incremento Médio Anual para todas as árvores na área manejada foi o dobro da testemunha e 1,5 superior ao da exploração predatória. A colheita de madeira levou à uma redução em área basal de 31% na exploração predatória, enquanto que, na manejada a redução foi de apenas 17%. O incremento em área basal na colheita planejada foi 2,2 vezes superior à exploração predatória (1,02 m²/ha e 0,45 m²/ha, respectivamente). Esses resultados demonstram mais vantagens no emprego de manejo florestal em relação à exploração predatória de madeira. Se o comportamento do crescimento da floresta manejada continuar neste ritmo, menos tempo será necessário para o segundo corte de rnadeira na área. Esse fato reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para o apoio à adoção de um sistema de manejo florestal nessa região. O experimento foi realizado numa área de 210 hectares, sendo 75 ha com exploração predatória, 105 ha com colheita planejada e 30 ha com área testemunha. A exploração predatória consistiu do seguinte: após definida a área, uma equipe de motosserristas entrou na floresta e derrubou as árvores, sem o conhecimento prévio de sua localização, pois não conduziu-se o mapeamento e o censo das árvores. Em seguida, construiu-se as estradas e os pátios de estocagem, de onde as toras foram transportadas até a serraria. Finalmente, os operadores das máquinas saíram à procura das árvores. Por não terem a localização exata das árvores derrubadas, o arraste das toras ocasionou muitos danos e desperdícios de madeira. Na colheita planejada foi empregado o planejamento das atividades com as seguintes medidas: censo das árvores de valor madeireiro com DAP 25 cm; preparação de um mapa de colheita com traçado de estradas, ramais de arraste e localização de pátios de estocagem; uso da derrubada direcional; corte de cipós 1,5 anos antes da colheita; arraste feito com tratores florestais com guincho e torre. A exploração predatória e a colheita planejada aconteceram no ano de 1993, e os tratamentos foram monitorados até 1996, sendo realizadas medições anuais de DAP, mortalidade e sanidade das árvores. Avaliou-se o comportamento da floresta em relação ao crescimento em DAP das árvores e diversidade de espécies, através do número das espécies e do índice de Shannon. Os resultados das comparações de diversidade através do índice de Shannon, para cada tipo de intervenção, indicaram que o tratamento colheita planejada não apresentou diferença significativa na comparação de médias pelo teste t no período logo após a exploração (1994) e três anos após (1996) apresentando diferença no tratamento exploração predatória. A diversidade de espécies (considerando indivíduos com DAP acima de 10 cm) na área com manejo sofreu menor redução do que na área com exploração predatória. Isso indica menos danos à biodiversidade. O Incremento Médio Anual para todas as árvores na área manejada foi o dobro da testemunha e 1,5 superior ao da exploração predatória. A colheita de madeira levou à uma redução em área basal de 31% na exploração predatória, enquanto que, na manejada a redução foi de apenas 17%. O incremento em área basal na colheita planejada foi 2,2 vezes superior à exploração predatória (1,02 m²/ha e 0,45 m²/ha, respectivamente). Esses resultados demonstram mais vantagens no emprego de manejo florestal em relação à exploração predatória de madeira. Se o comportamento do crescimento da floresta manejada continuar neste ritmo, menos tempo será necessário para o segundo corte de rnadeira na área. Esse fato reforça a necessidade de políticas públicas voltadas para o apoio à adoção de um sistema de manejo florestal nessa região.

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