Maturação, tolerância à dessecação e alterações na qualidade fisiológica em sementes de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl.) envelhecidas artificialmente / Rinã Celeste Rodrigues Gemaque.

Por: Gemaque, Rinã Celeste RodriguesColaborador(es):Davide, Antonio ClaudioDetalhes da publicação: 1999Notas: 93 p. : ilAssunto(s): Ipê roxo -- SementesClassificação Decimal de Dewey: 634.97354 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)--Universidade Federal de Lavras, 1999. Sumário: O presente trabalho teve por objetivos determinar os indicadores de maturidade fisiológica, observar as respostas fisiológicas de sementes sob dessecação em sala climatizada (20°C/40%UR) e em estufa (38°C) e determinar a qualidade fisiológica de sementes envelhecidas de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) provenientes de dessecação em sala climatizada (20°C/40%UR/840horas) e armazenamento (5°C/70%UR). Os experimentos foram realizados no Laboratório de Sementes Florestais do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Lavras. Para o primeiro experimento foram realizadas 8 colheitas, e em cada colheita avaliou-se a coloração, teor de água, matéria seca de sementes e frutos, porcentagem de emissão de radícula, plântulas normais, anormais, sementes deterioradas e o IVG. No segundo experimento, as sementes foram acondicionadas para a dessecação em sala climatizada e em estufa, por diferentes tempos, retiradas amostras para a determinação da qualidade fisiológica através dos testes de germinação, IVG e condutividade elétrica. No terceiro experimento, as sementes foram envelhecidas artificialmente (42°C/95%UR) e por diferentes horas foram retiradas amostras para a determinação da qualidade fisiológica, através dos testes de germinação, o índice de velocidade de germinação e condutividade elétrica. Para a determinação dos indicadores de maturidade, observou-se que a presença de fendas, coloração verde com pontos arroxeados para os frutos e a coloração verde amarelo-amarronzado para as sementes, podem ser usados como indicadores práticos de maturidade. Nesta ocasião, constatou-se a maior porcentagem de emissão de radícula (73%), plântulas normais (53%) e IVG (2,29). Para a determinação da qualidade fisiológica durante a dessecação observou-se que o método de dessecação em sala climatizada reduziu o teor de água de 51,33 para 6,33%, promovendo o aumento na germinação (49,34%) e o índice de velocidade de germinação (1,87). A condutividade elétrica apresentou-se crescente até às 37 horas de dessecação (114,98µS/cm/g), após este período houve uma queda moderada. A dessecação em estufa promoveu redução no teor de água de 51,4 para 1,87%, aumento na germinação (47,3%) e no índice de velocidade de germinação (1,78) com 240 horas de dessecação. A condutividade elétrica apresentou-se crescente até às 37 horas (114,98µS/cm/g) após este período ocorreu queda moderada. Conclui-se que os métodos de dessecação foram eficientes na redução do teor de água, promovendo o término do processo de maturação e sugerindo que estas sementes apresentam características de tolerância à dessecação. Para as sementes envelhecidas provenientes de dessecação em sala climatizada, a germinação e o índice de velocidade de germinação apresentaram valores crescentes com o máximo obtido às 96 horas de dessecação que foram de 50,3% e 2,45, respectivamente. A condutividade elétrica apresentou-se decrescente, com o mínimo de 54,34µS/cm/g obtido às 72 horas de envelhecimento. Para as sementes envelhecidas provenientes de armazenamento, a germinação e o índice de velocidade de germinação apresentaram-se crescentes, com o máximo de 48,59% e 3,38, respectivamente. A condutividade elétrica apresentou-se decrescente, com o mínimo de 58,97µS/cm/g obtido às 144 horas de envelhecimento. O ambiente de envelhecimento se apresenta altamente saturado (95%UR), condição que propiciou a embebição nas sementes, reestruturando o sistema de membranas e desencadeando a germinação, constatado pelo decréscimo da condutividade elétrica e aumento da germinação.
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Dissertação T 634.97354 G322m (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1332

Dissertação (mestrado)--Universidade Federal de Lavras, 1999.

O presente trabalho teve por objetivos determinar os indicadores de maturidade fisiológica, observar as respostas fisiológicas de sementes sob dessecação em sala climatizada (20°C/40%UR) e em estufa (38°C) e determinar a qualidade fisiológica de sementes envelhecidas de ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa) provenientes de dessecação em sala climatizada (20°C/40%UR/840horas) e armazenamento (5°C/70%UR). Os experimentos foram realizados no Laboratório de Sementes Florestais do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Lavras. Para o primeiro experimento foram realizadas 8 colheitas, e em cada colheita avaliou-se a coloração, teor de água, matéria seca de sementes e frutos, porcentagem de emissão de radícula, plântulas normais, anormais, sementes deterioradas e o IVG. No segundo experimento, as sementes foram acondicionadas para a dessecação em sala climatizada e em estufa, por diferentes tempos, retiradas amostras para a determinação da qualidade fisiológica através dos testes de germinação, IVG e condutividade elétrica. No terceiro experimento, as sementes foram envelhecidas artificialmente (42°C/95%UR) e por diferentes horas foram retiradas amostras para a determinação da qualidade fisiológica, através dos testes de germinação, o índice de velocidade de germinação e condutividade elétrica. Para a determinação dos indicadores de maturidade, observou-se que a presença de fendas, coloração verde com pontos arroxeados para os frutos e a coloração verde amarelo-amarronzado para as sementes, podem ser usados como indicadores práticos de maturidade. Nesta ocasião, constatou-se a maior porcentagem de emissão de radícula (73%), plântulas normais (53%) e IVG (2,29). Para a determinação da qualidade fisiológica durante a dessecação observou-se que o método de dessecação em sala climatizada reduziu o teor de água de 51,33 para 6,33%, promovendo o aumento na germinação (49,34%) e o índice de velocidade de germinação (1,87). A condutividade elétrica apresentou-se crescente até às 37 horas de dessecação (114,98µS/cm/g), após este período houve uma queda moderada. A dessecação em estufa promoveu redução no teor de água de 51,4 para 1,87%, aumento na germinação (47,3%) e no índice de velocidade de germinação (1,78) com 240 horas de dessecação. A condutividade elétrica apresentou-se crescente até às 37 horas (114,98µS/cm/g) após este período ocorreu queda moderada. Conclui-se que os métodos de dessecação foram eficientes na redução do teor de água, promovendo o término do processo de maturação e sugerindo que estas sementes apresentam características de tolerância à dessecação. Para as sementes envelhecidas provenientes de dessecação em sala climatizada, a germinação e o índice de velocidade de germinação apresentaram valores crescentes com o máximo obtido às 96 horas de dessecação que foram de 50,3% e 2,45, respectivamente. A condutividade elétrica apresentou-se decrescente, com o mínimo de 54,34µS/cm/g obtido às 72 horas de envelhecimento. Para as sementes envelhecidas provenientes de armazenamento, a germinação e o índice de velocidade de germinação apresentaram-se crescentes, com o máximo de 48,59% e 3,38, respectivamente. A condutividade elétrica apresentou-se decrescente, com o mínimo de 58,97µS/cm/g obtido às 144 horas de envelhecimento. O ambiente de envelhecimento se apresenta altamente saturado (95%UR), condição que propiciou a embebição nas sementes, reestruturando o sistema de membranas e desencadeando a germinação, constatado pelo decréscimo da condutividade elétrica e aumento da germinação.

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