Análise econômica de plantios de eucaliptos para a produção de celulose / Thais Cunha Ferreira.
Detalhes da publicação: 2001Notas: 109 pAssunto(s): Celulose | Eucalipto -- PlantioClassificação Decimal de Dewey: 634.97342 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)--Universidade Federal de Lavras, 2001. Sumário: Os objetivos deste estudo foram: analisar a viabilidade econômica de plantios de Eucalyptus grandis para a produção de celulose, considerando diversas condições de sítio e dois espaçamentos; analisar as implicações econômicas relacionadas à lucratividade da atividade florestal decorrente da realização de plantios situados a diferentes distâncias da indústria consumidora e de mudanças nos parâmetros ratea de desconto, preço da terra, preço da madeira, custo de transporte, diâmetro mínimo aproveitável do fuste e comprimento das toras em que o fuste é seccionado; determinar o impacto do aproveitamento da árvore, associado ao comprimento das toras em que o fuste é seccionado e/ou ao diâmetro mínimo aproveitável do fuste, na rotação econômica e na lucratividade de plantios de eucalipto para a produção de celulose; analisar as relações entre a idade ótima de corte dos plantios de eucalipto determinada com base na maximização do lucro e na maximização da produtividade volumétrica; determinar o prejuízo econômico decorrente do corte dos plantios de eucalipto em idade diferente da ótima; analisar as implicações econômicas relacionadas à rotação decorrente de mudanças nos parâmetros ratea de desconto, espaçamento e nível de produtividade dos plantios. A base de dados foi obtida em projetos da Votorantim Celulose e Papel - VCP, situados na região de Tamoio. Para os estudos de prognose, foi utilizado o software "VCProg", que permite prognosticar o volume de cada sortimento proviamente estipulado. Foram então realizadas prognoses para a idade mínima de 36 meses e máxima de 120 meses, em intervalos de 12 meses. Os índices de sítio utilizados foram 30 m, 28 m, 26 m, e 24 m, respectivamente na classe de sítio I, II, III, IV. Para a análise econômica e para determinar a idade econômica de corte, usou-se o critério do Valor Presente Líquido, considerando um horizonte de planejamento infinito (VPL), levando-se em conta o preço da madeira colocada no pátio da indústria e os custos de reforma, manutenção, colheita e transporte e terra. A idade ótima de corte de máxima produtividade volumétrica foi determinada usando como base o Incremento Médio Anual (IMA) instantâneo ou corrente e o Incremento Médio Anual (IMA) equivalente. O prejuízo econômico decorrente do corte da floresta em idade diferente da ótima foi dado pela diferença entre o VPL na idade ótima de corte e o VPL na idade efetiva de corte. As principais conclusões foram: variações proporcionais no diâmetro mínimo aproveitável do fuste e/ou no comprimento das toras em que fuste é seccionado implicaram em variações diretamente proporcionais na idade ótima de corte dos plantios; aumentos em fatores como ratea de desconto e nível de produtividade causaram redução na idade ótima de corte dos plantios; a idade ótima de corte dos plantios em sítios de alta produtividade (sítio I) é muito precoce (3 anos) podendo levar a obtenção de madeira de baixa qualidade para a produção de celulose; a idade ótima de corte determinada pelo critério da maximização do lucro foi sempre superior ou igual a determinada pelo critério da maximização da produtividade volumétrica, independente de se considerar o volume equivalente ou o volume corrente; os plantios de espaçamento 3x2 m foram mais lucrativos que os de espaçamento 3x3 m, sugerindo que a empresa deve considerar a possibilidade de adotar apenas o espaçamento mais reduzido em seus futuros plantios; há grandes prejuízos econômicos quando os plantios são cortados em idades diferentes da idade ótima, principalmente se eles estiverem em sítios mais produtivos; os prejuízos por cortar os plantios em idades anteriores à idade ótima tendem a ser maiores que aqueles incorridos quando o corte é feito após a idade ótima; considerando os plantios situados em sítios de mesma produtividade, os da região em que o preço da terra é menor são os mais lucrativos; reduzir o diâmetro mínimo aproveitável do fuste e o comprimento das toras em que o mesmo é seccionado é uma boa estratégia para aumentar o aproveitamento de madeira e o lucro, mas antes de qualquer tomada de decisão, é necessário realizar novos estudos para detectar possíveis restrições técnicas associadas a tais mudanças bem como avaliar o impacto dessas mudanças sobre os custos de colheita e transporte de madeira, já que estes têm efeito direto sobre a lucratividade da atividade florestal; os plantios situados em terras pouco produtivas e caras são inviáveis economicamente mas quando o preço da terra é baixo, é possível obter lucro em alguns sítios ruins; o custo de transporte tem efeito significativo na lucratividade da atividade florestal devendo ser analisado com cuidado no momento de definir regiões com potencial para novos plantios da empresa; pequenas mudanças no preço de venda da madeira provocam grandes alterações na lucratividade da atividade florestal, sugerindo que a melhoria da qualidade da madeira juntamente com outras medidas que visem aumentar o preço deste produto são alternativas que podem viabilizar o plantio em áreas pouco produtivas e aumentar o lucro dos plantios da áreas mais produtivas.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Dissertação | T 634.97342 F383a (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 01-0985 |
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Dissertação (mestrado)--Universidade Federal de Lavras, 2001.
Os objetivos deste estudo foram: analisar a viabilidade econômica de plantios de Eucalyptus grandis para a produção de celulose, considerando diversas condições de sítio e dois espaçamentos; analisar as implicações econômicas relacionadas à lucratividade da atividade florestal decorrente da realização de plantios situados a diferentes distâncias da indústria consumidora e de mudanças nos parâmetros ratea de desconto, preço da terra, preço da madeira, custo de transporte, diâmetro mínimo aproveitável do fuste e comprimento das toras em que o fuste é seccionado; determinar o impacto do aproveitamento da árvore, associado ao comprimento das toras em que o fuste é seccionado e/ou ao diâmetro mínimo aproveitável do fuste, na rotação econômica e na lucratividade de plantios de eucalipto para a produção de celulose; analisar as relações entre a idade ótima de corte dos plantios de eucalipto determinada com base na maximização do lucro e na maximização da produtividade volumétrica; determinar o prejuízo econômico decorrente do corte dos plantios de eucalipto em idade diferente da ótima; analisar as implicações econômicas relacionadas à rotação decorrente de mudanças nos parâmetros ratea de desconto, espaçamento e nível de produtividade dos plantios. A base de dados foi obtida em projetos da Votorantim Celulose e Papel - VCP, situados na região de Tamoio. Para os estudos de prognose, foi utilizado o software "VCProg", que permite prognosticar o volume de cada sortimento proviamente estipulado. Foram então realizadas prognoses para a idade mínima de 36 meses e máxima de 120 meses, em intervalos de 12 meses. Os índices de sítio utilizados foram 30 m, 28 m, 26 m, e 24 m, respectivamente na classe de sítio I, II, III, IV. Para a análise econômica e para determinar a idade econômica de corte, usou-se o critério do Valor Presente Líquido, considerando um horizonte de planejamento infinito (VPL), levando-se em conta o preço da madeira colocada no pátio da indústria e os custos de reforma, manutenção, colheita e transporte e terra. A idade ótima de corte de máxima produtividade volumétrica foi determinada usando como base o Incremento Médio Anual (IMA) instantâneo ou corrente e o Incremento Médio Anual (IMA) equivalente. O prejuízo econômico decorrente do corte da floresta em idade diferente da ótima foi dado pela diferença entre o VPL na idade ótima de corte e o VPL na idade efetiva de corte. As principais conclusões foram: variações proporcionais no diâmetro mínimo aproveitável do fuste e/ou no comprimento das toras em que fuste é seccionado implicaram em variações diretamente proporcionais na idade ótima de corte dos plantios; aumentos em fatores como ratea de desconto e nível de produtividade causaram redução na idade ótima de corte dos plantios; a idade ótima de corte dos plantios em sítios de alta produtividade (sítio I) é muito precoce (3 anos) podendo levar a obtenção de madeira de baixa qualidade para a produção de celulose; a idade ótima de corte determinada pelo critério da maximização do lucro foi sempre superior ou igual a determinada pelo critério da maximização da produtividade volumétrica, independente de se considerar o volume equivalente ou o volume corrente; os plantios de espaçamento 3x2 m foram mais lucrativos que os de espaçamento 3x3 m, sugerindo que a empresa deve considerar a possibilidade de adotar apenas o espaçamento mais reduzido em seus futuros plantios; há grandes prejuízos econômicos quando os plantios são cortados em idades diferentes da idade ótima, principalmente se eles estiverem em sítios mais produtivos; os prejuízos por cortar os plantios em idades anteriores à idade ótima tendem a ser maiores que aqueles incorridos quando o corte é feito após a idade ótima; considerando os plantios situados em sítios de mesma produtividade, os da região em que o preço da terra é menor são os mais lucrativos; reduzir o diâmetro mínimo aproveitável do fuste e o comprimento das toras em que o mesmo é seccionado é uma boa estratégia para aumentar o aproveitamento de madeira e o lucro, mas antes de qualquer tomada de decisão, é necessário realizar novos estudos para detectar possíveis restrições técnicas associadas a tais mudanças bem como avaliar o impacto dessas mudanças sobre os custos de colheita e transporte de madeira, já que estes têm efeito direto sobre a lucratividade da atividade florestal; os plantios situados em terras pouco produtivas e caras são inviáveis economicamente mas quando o preço da terra é baixo, é possível obter lucro em alguns sítios ruins; o custo de transporte tem efeito significativo na lucratividade da atividade florestal devendo ser analisado com cuidado no momento de definir regiões com potencial para novos plantios da empresa; pequenas mudanças no preço de venda da madeira provocam grandes alterações na lucratividade da atividade florestal, sugerindo que a melhoria da qualidade da madeira juntamente com outras medidas que visem aumentar o preço deste produto são alternativas que podem viabilizar o plantio em áreas pouco produtivas e aumentar o lucro dos plantios da áreas mais produtivas.
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