Árvores zoocóricas como núcleos de atração de avifauna e dispersão de sementes / Marco Antônio de Andrade.

Por: Andrade, Marco AntônioColaborador(es):Zanzini, Antônio Carlos da Silva [Orientador]Detalhes da publicação: Lavras : [s.n.], 2003Notas: 91 p. : il. (algumas color.), mapasAssunto(s): Aves | Sementes -- DispersãoClassificação Decimal de Dewey: 634.9562 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Lavras, 2003 Sumário: As aves como agentes dispersores de sementes desempenham um importante papel na demografia das populações de plantas e, conseqüentemente, na dinâmica e estrutura das comunidades vegetais. Entre 70 e 90% das espécies de plantas lenhosas presentes em florestas tropicais úmidas são dispersas por animais vertebrados. Em florestas neotropicais, de 20 a 30% da avifauna inclui frutos na dieta. O objetivo principal desta pesquisa foi avaliar o potencial de árvores com síndrome de dispersão zoocórica para atuarem como núcleos de atração de avifauna e dispersão de sementes. O estudo foi desenvolvido no campus da Universidade Federal de Lavras - UFLA, município de Lavras, sul do Estado de Minas Gerais, Brasil, entre março de 2001e julho de 2002. Foram selecionadas 12 espécies de árvores atrativas para avifauna, sendo nove nativas do Brasil (Trema micrantha, Alchornea iriplinerva, Myrcia rostrata, Miconia argyrophylla, Persea pyrifolia, Senna macranthera, Syagrus romanzoffiana, Solanum granuloso-leprosum e Vismia brasiliensis) e três exóticas (Michelia champaca, Muntingia calabura e Morus nigra). Em cada árvore foram dispendidas 35 horas de observações, divididas em períodos amostrais de uma hora. Utilizou-se o método árvore focal para quantificar eventos de frugivoria e dispersão de sementes nas árvores focais. No total foram identificadas 84 espécies de aves visitando as árvores e 49 (58,33%) consumindo frutos ou diásporos ou ambos. Thraupis sayaca e Tangara cayana foram as aves mais freqüentes nas árvores e mostraram ser eficientes espécies consumidoras de frutos e dispersoras de sementes sob as plantas-mãe e em sítios mais distantes. A pesquisa revelou que, para a região de Lavras, no alto rio Grande, Minas Gerais, Trema micrantha, Alchornea triplinervea, Myrcia rostrata, Michelia champaca e Miconia argyrophila funcionaram como espécies zoocóricas. Comprovaram exercer uma provável função no ecossistema como núcleos de atração da avifauna e dispersão de sementes oriundas de outros locais, sendo indicadas para compor programas de recuperação de áreas degradadas, de recomposição florestal e de restauração ambiental.
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Dissertação (mestre) - Universidade Federal de Lavras, 2003

As aves como agentes dispersores de sementes desempenham um importante papel na demografia das populações de plantas e, conseqüentemente, na dinâmica e estrutura das comunidades vegetais. Entre 70 e 90% das espécies de plantas lenhosas presentes em florestas tropicais úmidas são dispersas por animais vertebrados. Em florestas neotropicais, de 20 a 30% da avifauna inclui frutos na dieta. O objetivo principal desta pesquisa foi avaliar o potencial de árvores com síndrome de dispersão zoocórica para atuarem como núcleos de atração de avifauna e dispersão de sementes. O estudo foi desenvolvido no campus da Universidade Federal de Lavras - UFLA, município de Lavras, sul do Estado de Minas Gerais, Brasil, entre março de 2001e julho de 2002. Foram selecionadas 12 espécies de árvores atrativas para avifauna, sendo nove nativas do Brasil (Trema micrantha, Alchornea iriplinerva, Myrcia rostrata, Miconia argyrophylla, Persea pyrifolia, Senna macranthera, Syagrus romanzoffiana, Solanum granuloso-leprosum e Vismia brasiliensis) e três exóticas (Michelia champaca, Muntingia calabura e Morus nigra). Em cada árvore foram dispendidas 35 horas de observações, divididas em períodos amostrais de uma hora. Utilizou-se o método árvore focal para quantificar eventos de frugivoria e dispersão de sementes nas árvores focais. No total foram identificadas 84 espécies de aves visitando as árvores e 49 (58,33%) consumindo frutos ou diásporos ou ambos. Thraupis sayaca e Tangara cayana foram as aves mais freqüentes nas árvores e mostraram ser eficientes espécies consumidoras de frutos e dispersoras de sementes sob as plantas-mãe e em sítios mais distantes. A pesquisa revelou que, para a região de Lavras, no alto rio Grande, Minas Gerais, Trema micrantha, Alchornea triplinervea, Myrcia rostrata, Michelia champaca e Miconia argyrophila funcionaram como espécies zoocóricas. Comprovaram exercer uma provável função no ecossistema como núcleos de atração da avifauna e dispersão de sementes oriundas de outros locais, sendo indicadas para compor programas de recuperação de áreas degradadas, de recomposição florestal e de restauração ambiental.

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