Manejo e certificação florestal na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, AM / Cristian Rau Stoltenberg.

Por: Stoltenberg, Cristian RauColaborador(es):Viana, Virgilio Mauricio [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s. n.], 2013Notas: x, 72 fAssunto(s): Manejo florestal | Unidades de conservação | Certificação florestalClassificação Decimal de Dewey: 634.928 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2013 Sumário: O desafio de valorizar a floresta em pé, caminha com o crescente aumento do número de pequenos planos de manejo no interior da Amazônia, embora ainda existam poucos estudos sobre este modelo de manejo, sendo raros os que relacionam o potencial de certificação florestal em áreas protegidas especificamente em Reservas de Desenvolvimento Sustentável. Este é o diferencial deste trabalho que caracterizou a realidade do manejo florestal e suas práticas na visão dos próprios manejadores em relação ao seu modo de vida; relações sociais; ambientais; econômicas e comerciais, que o manejo envolve. Demonstrou comparativamente com os princípios da certificação FSC os pontos fortes e desafios da realidade local de um manejo florestal de pequena escala localizado no estado do Amazonas, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. Demonstra também os atuais custos praticados pelas certificadoras acreditadas pelo FSC para esta realidade de manejo, além de trazer a percepção de mercado pela visão das empresas certificadas na região sobre o atual e futuro cenário da madeira certificada. Desta forma chegou à conclusão que o manejo florestal comunitário na RDS do Rio Negro é considerado de forma unânime pelos manejadores como uma boa experiência, tendo interesse em continuar com a atividade. Em relação à certificação florestal a maioria já ouviu falar, embora não saiba exatamente seus contextos, mas demonstraram interesse em certificar. Especificamente o Plano de Manejo Florestal de Pequena Escala da RDS do Rio Negro comunidade Marajá não demonstrou as conformidades totais necessárias para neste momento ser recomendado para uma auditoria de certificação. Sendo mantidos ou melhorados os "pontos fortes" e satisfeitas às condições demonstradas como "desafios" o presente PMFPE pode ser considerado apto a receber uma auditoria de certificação. Considerando que o mercado local não está valorizando a certificação como um produto diferenciado, e não agrega valor aos produtos o custo direto da certificação passa a ser um ônus para o produtor. Os custos diretos da certificação do PMFPE Marajá representam um custo adicional de R$ 129,95/m³ individualmente e um custo adicional de R$ 45,83/m3 na certificação em grupo, representando respectivamente um custo na venda de 29% e 10%. Em relação ao potencial da certificação socioambiental de produtos florestais madeireiros da RDS do Rio Negro PMFPE Marajá, conclui-se que atualmente não vale a pena a certificação FSC, embora este cenário possa mudar com doações externas. O conceito da certificação FSC carece de maior divulgação para o estado do Amazonas, mostrando a relação da pegada ecológica relacionada aos hábitos de consumo de cada um. É necessário haver uma maior divulgação dos planos de manejo da RDS do Rio Negro, visando ampliar o leque de comercialização e buscando valorização do produto madeireiro oriundo do manejo. O incentivo técnico e financeiro seja governamental, de fundações e ONGs para a certificação de empreendimentos florestais, especificamente de PMFPE é fundamental para a adequada utilização dos recursos florestais, desenvolvimento e projeção internacional do setor florestal brasileiro. Desta forma, recomenda-se utilizar o padrão de certificação FSC como ferramenta de gestão das práticas de manejo; solicitar apoio financeiro visando a certificação; estruturar a gestão dos PMFPE em grupo, definindo regras e otimizando a produção e a comercialização de modo a possibilitar a avaliação e certificação futura em grupo dos planos de manejo.
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Dissertação T 634.928 S876m (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 13-0245

Dissertação (mestre) - INPA, 2013

O desafio de valorizar a floresta em pé, caminha com o crescente aumento do número de pequenos planos de manejo no interior da Amazônia, embora ainda existam poucos estudos sobre este modelo de manejo, sendo raros os que relacionam o potencial de certificação florestal em áreas protegidas especificamente em Reservas de Desenvolvimento Sustentável. Este é o diferencial deste trabalho que caracterizou a realidade do manejo florestal e suas práticas na visão dos próprios manejadores em relação ao seu modo de vida; relações sociais; ambientais; econômicas e comerciais, que o manejo envolve. Demonstrou comparativamente com os princípios da certificação FSC os pontos fortes e desafios da realidade local de um manejo florestal de pequena escala localizado no estado do Amazonas, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro. Demonstra também os atuais custos praticados pelas certificadoras acreditadas pelo FSC para esta realidade de manejo, além de trazer a percepção de mercado pela visão das empresas certificadas na região sobre o atual e futuro cenário da madeira certificada. Desta forma chegou à conclusão que o manejo florestal comunitário na RDS do Rio Negro é considerado de forma unânime pelos manejadores como uma boa experiência, tendo interesse em continuar com a atividade. Em relação à certificação florestal a maioria já ouviu falar, embora não saiba exatamente seus contextos, mas demonstraram interesse em certificar. Especificamente o Plano de Manejo Florestal de Pequena Escala da RDS do Rio Negro comunidade Marajá não demonstrou as conformidades totais necessárias para neste momento ser recomendado para uma auditoria de certificação. Sendo mantidos ou melhorados os "pontos fortes" e satisfeitas às condições demonstradas como "desafios" o presente PMFPE pode ser considerado apto a receber uma auditoria de certificação. Considerando que o mercado local não está valorizando a certificação como um produto diferenciado, e não agrega valor aos produtos o custo direto da certificação passa a ser um ônus para o produtor. Os custos diretos da certificação do PMFPE Marajá representam um custo adicional de R$ 129,95/m³ individualmente e um custo adicional de R$ 45,83/m3 na certificação em grupo, representando respectivamente um custo na venda de 29% e 10%. Em relação ao potencial da certificação socioambiental de produtos florestais madeireiros da RDS do Rio Negro PMFPE Marajá, conclui-se que atualmente não vale a pena a certificação FSC, embora este cenário possa mudar com doações externas. O conceito da certificação FSC carece de maior divulgação para o estado do Amazonas, mostrando a relação da pegada ecológica relacionada aos hábitos de consumo de cada um. É necessário haver uma maior divulgação dos planos de manejo da RDS do Rio Negro, visando ampliar o leque de comercialização e buscando valorização do produto madeireiro oriundo do manejo. O incentivo técnico e financeiro seja governamental, de fundações e ONGs para a certificação de empreendimentos florestais, especificamente de PMFPE é fundamental para a adequada utilização dos recursos florestais, desenvolvimento e projeção internacional do setor florestal brasileiro. Desta forma, recomenda-se utilizar o padrão de certificação FSC como ferramenta de gestão das práticas de manejo; solicitar apoio financeiro visando a certificação; estruturar a gestão dos PMFPE em grupo, definindo regras e otimizando a produção e a comercialização de modo a possibilitar a avaliação e certificação futura em grupo dos planos de manejo.

Área de concentração : Conservação e Uso de Recursos Naturais.

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