Dinâmica de populações e prognóstico de produção de espécies arbóreas em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana, em Lavras, Minas Gerais / Rubens Koloski Chagas.

Por: Chagas, Rubens KoloskiColaborador(es):Oliveira Filho, Ary Teixeira de [Orientador]Detalhes da publicação: 2000Notas: 66 pAssunto(s): Dinâmica de populações | Produtividade florestalClassificação Decimal de Dewey: 634.95 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)-- Universidade Federal de Lavras, 2000. Sumário: O presente trabalho teve como objetivo analisar a dinâmica de populações de espécies arbóreas no período de 1992-1996, em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana, localizado no município de Lavras, MG, bem como realizar o prognóstico de produção em volume de madeira para três espécies de maior potencial econômico através de simulações de corte e colheita. No ano de 1987, o fragmento florestal (Reserva Florestal da UFLA) foi dividido em parcelas contíguas de 400 m² (20 x 20 m), perfazendo um total de 126 parcelas, que cobriram uma área de 5,04 ha. Em 1987, 1992 e 1996 foram feitos inventários em que foram medidos e identificados todos os indivíduos com DAP 5 cm. Para o estudo de dinâmica de populações, foram utilizados os dados dos inventários de 1992 e 1996 e foram selecionadas 51 espécies representadas por 10 indivíduos no período. O padrão de crescimento em DAP com a idade foi analisado para 27 espécies, utilizando o método de Condit, Hubbell e Foster. Para três espécies selecionadas, Copaifera langsdorffii, Xylopia brasiliensis e Ocotea adorifera, foi feito o prognóstico da produção de madeira baseado nas curvas de crescimento projetadas. As 51 espécies analisadas apresentaram taxas de mortalidade variando entre 0 e 20,28% ano e taxas de recrutamento variando entre 0 e 12,32% ano. Para a maioria das espécies estudadas, a mortalidade superou o recrutamento, embora houvesse um aumento líquido da área basal, principalmente devido ao crescimento das árvores sobreviventes. Este quadro corresponde a um processo de auto-desbaste, ou seja, redução da densidade de árvores e aumento da biomassa total, concentrada em indivíduos maiores, o qual é típico de processos de recuperação pós-distúrbios. Além disso, as espécies exigentes de luz estão perdendo expressão relativa na comunidade com o avanço das espécies tolerantes à sombra, fortalecendo as evidências de que a comunidade encontra-se na fase silvigenética de construção. As taxas de crescimento variaram muito entre as 27 populações analisadas, bem como dentro das mesmas. Para alcançar um diâmetro de 40 cm, por exemplo, as espécies demorariam, pelo crescimento médio da população, de 68 a 200 anos. As curvas de trajetória de crescimento em diâmetro com a idade também variaram muito entre as espécies, podendo ser classificadas em três modelos: sigmoidal, exponencial e retilíneo. As três espécies para as quais foi feito o prognóstico de produção indicaram ser necessárias diferentes estratégias de manejo para a exploração de madeira, considerando diâmetros mínimos de corte 30 cmm e 45 cm. Xylopia brasiliensis apresentou um rápido crescimento, permitindo sua exploração nos dois diâmetros. Porém não seria viável uma intervenção silvicultural nesta espécie visando incrementar o crescimento. Por outro lado, Copaifera langsdorffii e Ocotea odorifera, apesar do seu crescimento lento, mostraram resultados bastante satisfatórios em relação a uma intervenção silvicultural.
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Dissertação T 634.95 C433d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-1204

Dissertação (mestrado)-- Universidade Federal de Lavras, 2000.

O presente trabalho teve como objetivo analisar a dinâmica de populações de espécies arbóreas no período de 1992-1996, em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana, localizado no município de Lavras, MG, bem como realizar o prognóstico de produção em volume de madeira para três espécies de maior potencial econômico através de simulações de corte e colheita. No ano de 1987, o fragmento florestal (Reserva Florestal da UFLA) foi dividido em parcelas contíguas de 400 m² (20 x 20 m), perfazendo um total de 126 parcelas, que cobriram uma área de 5,04 ha. Em 1987, 1992 e 1996 foram feitos inventários em que foram medidos e identificados todos os indivíduos com DAP 5 cm. Para o estudo de dinâmica de populações, foram utilizados os dados dos inventários de 1992 e 1996 e foram selecionadas 51 espécies representadas por 10 indivíduos no período. O padrão de crescimento em DAP com a idade foi analisado para 27 espécies, utilizando o método de Condit, Hubbell e Foster. Para três espécies selecionadas, Copaifera langsdorffii, Xylopia brasiliensis e Ocotea adorifera, foi feito o prognóstico da produção de madeira baseado nas curvas de crescimento projetadas. As 51 espécies analisadas apresentaram taxas de mortalidade variando entre 0 e 20,28% ano e taxas de recrutamento variando entre 0 e 12,32% ano. Para a maioria das espécies estudadas, a mortalidade superou o recrutamento, embora houvesse um aumento líquido da área basal, principalmente devido ao crescimento das árvores sobreviventes. Este quadro corresponde a um processo de auto-desbaste, ou seja, redução da densidade de árvores e aumento da biomassa total, concentrada em indivíduos maiores, o qual é típico de processos de recuperação pós-distúrbios. Além disso, as espécies exigentes de luz estão perdendo expressão relativa na comunidade com o avanço das espécies tolerantes à sombra, fortalecendo as evidências de que a comunidade encontra-se na fase silvigenética de construção. As taxas de crescimento variaram muito entre as 27 populações analisadas, bem como dentro das mesmas. Para alcançar um diâmetro de 40 cm, por exemplo, as espécies demorariam, pelo crescimento médio da população, de 68 a 200 anos. As curvas de trajetória de crescimento em diâmetro com a idade também variaram muito entre as espécies, podendo ser classificadas em três modelos: sigmoidal, exponencial e retilíneo. As três espécies para as quais foi feito o prognóstico de produção indicaram ser necessárias diferentes estratégias de manejo para a exploração de madeira, considerando diâmetros mínimos de corte 30 cmm e 45 cm. Xylopia brasiliensis apresentou um rápido crescimento, permitindo sua exploração nos dois diâmetros. Porém não seria viável uma intervenção silvicultural nesta espécie visando incrementar o crescimento. Por outro lado, Copaifera langsdorffii e Ocotea odorifera, apesar do seu crescimento lento, mostraram resultados bastante satisfatórios em relação a uma intervenção silvicultural.

Orientador: Oliveira Filho, Ary Teixeira de.

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