Estudo da regeneração natural em floresta de várzea como base para o manejo florestal / João Ricardo Vasconcellos Gama.

Por: Gama, João Ricardo VasconcellosColaborador(es):Botelho, Soraya Alvarenga [Orientador]Detalhes da publicação: 2000Notas: 114 pAssunto(s): Regeneração natural | Florestas de várzea -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 634.95 Nota de dissertação: Dissertação (mestrado)-- Universidade Federal de Lavras, 2000. Sumário: Este estudo teve como objetivos quantificar e avaliar a regeneração natural em uma floresta de várzea alta não explorada e uma floresta de várzea baixa que deixou de ser explorada por sete anos, a fim de fornecer uma base sólida sobre o conhecimento das espécies com estoque de regeneração natural suficiente para implementar possíveis planos de manejo florestal sustentado direcionados à área de estudo (Capítulo I); além de definir o tamanho ótimo de parcela e a suficiência amostral que fornecessem a melhor amostragem para inventários de regeneração natural em florestas de várzea do estuário amazônico (CapítuloII). O inventário foi conduzido na propriedade florestal da Exportadora de Madeira do Pará Ltda. - EMAPA, localizada a 0º09'32"S e 50º23'31"W, na Microrregião dos Furos da ilha de Marajó, município de Afuá, ao Norte do Estado do Pará. A amostragem foi realizada em 54 sub-parcelas de 100 m², localizadas dentro de 54 parcelas de 0,5 ha, destinadas à amostragem do estrato arbóreo; sendo que deste total, 29 sub-parcelas foram lançadas na várzea alta e 25 na várzea baixa. em cada sub-parcela de 100 m² mediu-se todos os indivíduos das espécies arbóreas e palmeiras com altura (h) 30 cm e diâmetro à altura do peito (DAP) 15,0 cm, como também o diâmetro das espécies com h 3,0m e DAP 15,0cm. Os resultados demonstraram a ocorrência de 30.969 indivíduos/ha na várzea alta pertencentes a 70 espécies, 57 gêneros e 28 famílias botânicas; enquento que na várzea baixa, ocorreram 13.380 indivíduos/ha distribuídos em 63 espécies, 51 gêneros e 26 famílias botânicas. As famílias que se destacaram quanto ao maior número de espécies, tanto na várzea alta como na várzea baixa, foram: Palmae, Mimosaceae, Caesalpiniaceae, Chrysobalanaceae e Guttiferae. As espécies com maior índice de valor de importância ampliado, na várzea alta foram: Virola surinamensis, Euterpe oleracea, Astrocaryum murumuru, Geonoma laxiflora e Guarea guidonia; já na várzea baixa, teve-se Euterpe oleracea, Astrocaryum murumuru, Crudia bracteata, Gustavia augusta e Inga edulis. Mais de 60% das espécies estudadas nos dois ambientes apresentaram um padrão de distribuição agregado, e entre as mais importantes, todas apresentaram este padrão. O maior índice de diversidade foi encontrado na floresta de várzea baixa (H' = 3,05). Ocorreu alta similaridade florística entre a regeneração natural da várzea alta e da baixa (ISs = 0.85). A competição dos cipós com os indivíduos arbórios e as palmeiras indicou a necessidade de remoção destes nos dois ambientes estudados. A exploração que ocorreu na várzea baixa por 37 anos favoreceu o ingresso dos indivíduos para as maiores classes de tamanho, porém deve-se implementar tratamentos silviculturais que beneficiem principalmente a regeneração natural da Virola surinamensis e da Carapa guianensis, pois foram as espécies comerciais que apresentaram baixa dominância e alta densidade nas menores classes de tamanho; além disso, são as espécies mais comercializadas na região estudada. Para atingir os objetivos do Capítulo II, dividiu-se as sub-parcelas em 100 micro-parcelas de 1 m², considerando-se, nas análises, a várzea alta, a várzea baixa e a floresta de várzea sem estratificação (várzea alta + várzea baixa), utilizando, para tal, três classes de tamanho (CT1: 0,3 h H 1,5m; CT2: h. 1,50 a DAP 5,0cm; e CT3: 5,0 cm DAP 15,0 cm) e toda a população amostrada - TPA (h 0,3m a DAP 15,0cm). Para a definição do tamanho ótimo de parcela, foi empregado o método analítico. A análise da suficiência amostral foi realizada através do procedimento REGRELRP do programa SAEG. Os resultados indicaram os seguintes tamanhos ótimos de parcela: 70 m² - CT1, 80 m² - CT2, 90 m² - CT3 e 70 m² - TPA. Observou-se que são necessárias 19 sub-parcelas para inventariar a regeneração natural da várzea alta, 14 parcelas para a várzea baixa, enquanto que para a floresta de várzea sem estratificação, são necessárias 19 sub-parcelas para inventariar as espécies da CT1, assim como de toda a população amostrada (TPA), e que para a CT2 e a CT3, 39 sub-parcelas são suficientes.
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Dissertação T 634.95 G184e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2016-0544

Dissertação (mestrado)-- Universidade Federal de Lavras, 2000.

Este estudo teve como objetivos quantificar e avaliar a regeneração natural em uma floresta de várzea alta não explorada e uma floresta de várzea baixa que deixou de ser explorada por sete anos, a fim de fornecer uma base sólida sobre o conhecimento das espécies com estoque de regeneração natural suficiente para implementar possíveis planos de manejo florestal sustentado direcionados à área de estudo (Capítulo I); além de definir o tamanho ótimo de parcela e a suficiência amostral que fornecessem a melhor amostragem para inventários de regeneração natural em florestas de várzea do estuário amazônico (CapítuloII). O inventário foi conduzido na propriedade florestal da Exportadora de Madeira do Pará Ltda. - EMAPA, localizada a 0º09'32"S e 50º23'31"W, na Microrregião dos Furos da ilha de Marajó, município de Afuá, ao Norte do Estado do Pará. A amostragem foi realizada em 54 sub-parcelas de 100 m², localizadas dentro de 54 parcelas de 0,5 ha, destinadas à amostragem do estrato arbóreo; sendo que deste total, 29 sub-parcelas foram lançadas na várzea alta e 25 na várzea baixa. em cada sub-parcela de 100 m² mediu-se todos os indivíduos das espécies arbóreas e palmeiras com altura (h) 30 cm e diâmetro à altura do peito (DAP) 15,0 cm, como também o diâmetro das espécies com h 3,0m e DAP 15,0cm. Os resultados demonstraram a ocorrência de 30.969 indivíduos/ha na várzea alta pertencentes a 70 espécies, 57 gêneros e 28 famílias botânicas; enquento que na várzea baixa, ocorreram 13.380 indivíduos/ha distribuídos em 63 espécies, 51 gêneros e 26 famílias botânicas. As famílias que se destacaram quanto ao maior número de espécies, tanto na várzea alta como na várzea baixa, foram: Palmae, Mimosaceae, Caesalpiniaceae, Chrysobalanaceae e Guttiferae. As espécies com maior índice de valor de importância ampliado, na várzea alta foram: Virola surinamensis, Euterpe oleracea, Astrocaryum murumuru, Geonoma laxiflora e Guarea guidonia; já na várzea baixa, teve-se Euterpe oleracea, Astrocaryum murumuru, Crudia bracteata, Gustavia augusta e Inga edulis. Mais de 60% das espécies estudadas nos dois ambientes apresentaram um padrão de distribuição agregado, e entre as mais importantes, todas apresentaram este padrão. O maior índice de diversidade foi encontrado na floresta de várzea baixa (H' = 3,05). Ocorreu alta similaridade florística entre a regeneração natural da várzea alta e da baixa (ISs = 0.85). A competição dos cipós com os indivíduos arbórios e as palmeiras indicou a necessidade de remoção destes nos dois ambientes estudados. A exploração que ocorreu na várzea baixa por 37 anos favoreceu o ingresso dos indivíduos para as maiores classes de tamanho, porém deve-se implementar tratamentos silviculturais que beneficiem principalmente a regeneração natural da Virola surinamensis e da Carapa guianensis, pois foram as espécies comerciais que apresentaram baixa dominância e alta densidade nas menores classes de tamanho; além disso, são as espécies mais comercializadas na região estudada. Para atingir os objetivos do Capítulo II, dividiu-se as sub-parcelas em 100 micro-parcelas de 1 m², considerando-se, nas análises, a várzea alta, a várzea baixa e a floresta de várzea sem estratificação (várzea alta + várzea baixa), utilizando, para tal, três classes de tamanho (CT1: 0,3 h H 1,5m; CT2: h. 1,50 a DAP 5,0cm; e CT3: 5,0 cm DAP 15,0 cm) e toda a população amostrada - TPA (h 0,3m a DAP 15,0cm). Para a definição do tamanho ótimo de parcela, foi empregado o método analítico. A análise da suficiência amostral foi realizada através do procedimento REGRELRP do programa SAEG. Os resultados indicaram os seguintes tamanhos ótimos de parcela: 70 m² - CT1, 80 m² - CT2, 90 m² - CT3 e 70 m² - TPA. Observou-se que são necessárias 19 sub-parcelas para inventariar a regeneração natural da várzea alta, 14 parcelas para a várzea baixa, enquanto que para a floresta de várzea sem estratificação, são necessárias 19 sub-parcelas para inventariar as espécies da CT1, assim como de toda a população amostrada (TPA), e que para a CT2 e a CT3, 39 sub-parcelas são suficientes.

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