Topografia e densidade da madeira modulam o crescimento sazonal na Amazônia Central / Karina Liana Lisboa Melgaço.

Por: Melgaço, Karina Liana LisboaColaborador(es):Costa, Flávia Regina C [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2014Notas: viii, 50f. : ilAssunto(s): Ecofisiologia | Densidade da madeira | TopografiaClassificação Decimal de Dewey: 634.9 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2014 Sumário: Mudanças climáticas são reconhecidas como um dos maiores impactos ambientais sobre o estoque de carbono das florestas tropicais, mas os efeitos e os mecanismos pelos quais o clima afeta o balanço de carbono das florestas tropicais ainda são incertos. A sazonalidade de crescimento tem sido estudada visando compreender isto. Neste estudo foi investigado como o gradiente hidro-topográfico e a densidade da madeira modulam o crescimento intra-anual das árvores em uma floresta de terra-firme na Amazônia Central, Brasil. Foram monitoradas 1879 árvores e palmeiras com dendrômetros, a cada dois meses em nove parcelas de 1ha. O crescimento variou em função da distância vertical da drenagem mais próxima, da textura do solo e densidade da madeira ao longo do tempo. O aumento em circunferência foi principalmente associado com o aumento das chuvas no período de transição da estação seca para chuvosa. No final da estação chuvosa, as árvores situadas em solos argilosos e verticalmente mais distantes do lençol freático tiveram maior crescimento do que as árvores nas vertentes e nos baixios. No entanto, no começo da estação seca, as maiores taxas de crescimento ocorreram nos baixios e nas vertentes com solos arenosos. Além disso, árvores de alta densidade da madeira mantiveram uma baixa variabilidade de crescimento intra-anual em circunferência, com incremento aumentando no período de transição da estação seca para chuvosa, enquanto as árvores de baixa densidade da madeira tivera alta variabilidade de crescimento. Estas diferenças sugerem que o balanço entre o investimento em crescimento de madeira e a prevenção ao embolismo podem direcionar as respostas fisiológicas ao longo de gradientes hidro-topográficos. O crescimento em circunferência é direcionado pelo aumento de chuvas no período de transição da estação seca para chuvosa, o qual não é o período de maior irradiação e nem com maior quantidade de chuvas, como recentes estudos tem sugerido. Além disso, as condições mais favoráveis para o crescimento variam na topografia ao longo do tempo, de acordo com as melhores condições de água disponível no solo. Os baixios podem ser beneficiados por um período de seca, com o balanço de crescimento em favor destas áreas. Isto poderia significar um menor efeito negativo das secas ao longo da paisagem do que esperado por experimentos, os quais foram conduzidos em áreas distantes do lençol-freático.
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Dissertação T 634.9 M521f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 14-0762

Dissertação (mestre) - INPA, 2014

Mudanças climáticas são reconhecidas como um dos maiores impactos ambientais sobre o estoque de carbono das florestas tropicais, mas os efeitos e os mecanismos pelos quais o clima afeta o balanço de carbono das florestas tropicais ainda são incertos. A sazonalidade de crescimento tem sido estudada visando compreender isto. Neste estudo foi investigado como o gradiente hidro-topográfico e a densidade da madeira modulam o crescimento intra-anual das árvores em uma floresta de terra-firme na Amazônia Central, Brasil. Foram monitoradas 1879 árvores e palmeiras com dendrômetros, a cada dois meses em nove parcelas de 1ha. O crescimento variou em função da distância vertical da drenagem mais próxima, da textura do solo e densidade da madeira ao longo do tempo. O aumento em circunferência foi principalmente associado com o aumento das chuvas no período de transição da estação seca para chuvosa. No final da estação chuvosa, as árvores situadas em solos argilosos e verticalmente mais distantes do lençol freático tiveram maior crescimento do que as árvores nas vertentes e nos baixios. No entanto, no começo da estação seca, as maiores taxas de crescimento ocorreram nos baixios e nas vertentes com solos arenosos. Além disso, árvores de alta densidade da madeira mantiveram uma baixa variabilidade de crescimento intra-anual em circunferência, com incremento aumentando no período de transição da estação seca para chuvosa, enquanto as árvores de baixa densidade da madeira tivera alta variabilidade de crescimento. Estas diferenças sugerem que o balanço entre o investimento em crescimento de madeira e a prevenção ao embolismo podem direcionar as respostas fisiológicas ao longo de gradientes hidro-topográficos. O crescimento em circunferência é direcionado pelo aumento de chuvas no período de transição da estação seca para chuvosa, o qual não é o período de maior irradiação e nem com maior quantidade de chuvas, como recentes estudos tem sugerido. Além disso, as condições mais favoráveis para o crescimento variam na topografia ao longo do tempo, de acordo com as melhores condições de água disponível no solo. Os baixios podem ser beneficiados por um período de seca, com o balanço de crescimento em favor destas áreas. Isto poderia significar um menor efeito negativo das secas ao longo da paisagem do que esperado por experimentos, os quais foram conduzidos em áreas distantes do lençol-freático.

Área de concentração : Ecologia

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