Respostas ecofisiológicas de plantas jovens de Bertholletia excelsa Bonpl. sumetidas à fertilização em plantio homogênio / Iane Barroncas Gomes.

Por: Gomes, Iane BarroncasColaborador(es):Gonçalves, José Francisco de Carvalho [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2012Notas: [xiii], 47 f. : ilAssunto(s): Castanha-da-Amazônia | Ecofisiologia vegetal | Adubação | Bertholletia excelsa BonplClassificação Decimal de Dewey: 634.575 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2012 Sumário: O êxito de plantios florestais depende, dentre outros fatores, do conhecimento acerca dos aspectos silviculturais das espécies. A castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.) tem demonstrado potencial para formação de plantios homogêneos e sistemas agroflorestais devido às suas excelentes características silviculturais, porém ainda existem muitas lacunas no conhecimento sobre a fisiologia desta espécie. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar as respostas de crescimento, fotossintéticas, hídricas e nutricionais de plantas jovens de B. excelsa sob diferentes tratamentos de fertilização, com destaque para o nitrogênio, crescendo em plantio homogêneo. Os tratamentos foram: T0 (controle), T1 (Ca + Mg), T2 (Ca + Mg + micronutrientes + K) e T3 (Ca + Mg + micronutrientes + K + N). Além da análise de fertilidade do solo, foram medidos: o crescimento em altura, o diâmetro à altura do solo, o ganho foliar e o índice de ganho foliar, a área foliar, área foliar específica e massa da matéria seca das plantas, bem como os teores de nutrientes foliares, a eficiência no uso dos nutrientes, as trocas gasosas, o potencial hídrico foliar, os teores de pigmentos cloroplastídicos e a fluorescência da clorofila a. Com relação ao crescimento em altura e diâmetro à altura do solo, T0, T2 e T3 exibiram resultados semelhantes, com taxas médias de crescimento mensal de 3,0, 3,1 e 3,4 cm mês-1, respectivamente. Os tratamentos T2 e T3 destacaram-se no acúmulo de biomassa e exibiram ganho foliar duas vezes maior em comparação aos tratamentos T0 e T1. A adição de N aos indivíduos do T3 permitiu maior investimento em tecido foliar, com média para os valores de área foliar de 114,2 cm², valor 53, 43 e 35% superior aos tratamentos T2, T1 e T0, respectivamente. Não houve diferença entre os tratamentos para área foliar específica. Quanto aos teores foliares de nutrientes, as maiores concentrações de N foram encontrados no tratamento T3, enquanto os maiores teores de Ca e Mg foram observados no T1, os teores de Ca foram cinco vezes maiores aos encontrados no tratamento T3. Não houve diferença nos teores de P entre os tratamentos. T3 foi mais eficiente no uso de N, P, Ca, Mg e Zn, enquanto T2 foi mais eficiente no uso de K e Fe. As taxas de fotossíntese máxima estimada variaram entre 9,0 e 10,6 µmol m-2 s-1. Não houve diferença entre os tratamentos para as taxas e respiração, condutância estomática e transpiração. Os maiores valores de eficiência no uso da água e eficiência intrínseca no uso da água foram observados no T0. O potencial hídrico medido na antemanhã variou entre -0,29 (T3) e -0,26 (T1) MPa e ao meio dia variou entre -2,7 (T1) e -1,7 (T3) MPa. Os teores de clorofila a e carotenoides foram maiores no tratamento T0 com 0,91 e 0,54 µmol g-1, não houve diferença para o conteúdo de clorofila b entre os tratamentos. O índice de conteúdo de clorofila indicou os mesmos resultados. As análises de fluorescência da clorofila a revelaram que não houve diferença entre os tratamentos para fluorescência inicial, máxima e variável, com valores da razão Fv/Fm inferiores para o tratamento T3. Diante destes resultados, podese inferir que plantas jovens de B. excelsa crescendo em plantios homogêneos em solo corrigido com adição de micronutrientes e de nitrogênio mineral responderam quanto aos aspectos biométricos, com exceção dos efeitos relacionados à correção da acidez que não foram eficientes com relação às variáveis biométricas. Adicionalmente, conclui-se que a fertilização nitrogenada exibiu reflexos diretos, com incrementos sobre o status nutricional de plantas jovens de B. excelsa. Porém, não houve diferenças entre os tratamentos nas taxas de fotossíntese, transpiração, condutância estomática, respiração no escuro e teores de clorofilas, além de não ter influenciado o uso e a dissipação de energia.
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Dissertação T 634.575 G633r (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0676
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Dissertação T 634.575 G633r (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 12-0680

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2012

O êxito de plantios florestais depende, dentre outros fatores, do conhecimento acerca dos aspectos silviculturais das espécies. A castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.) tem demonstrado potencial para formação de plantios homogêneos e sistemas agroflorestais devido às suas excelentes características silviculturais, porém ainda existem muitas lacunas no conhecimento sobre a fisiologia desta espécie. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de investigar as respostas de crescimento, fotossintéticas, hídricas e nutricionais de plantas jovens de B. excelsa sob diferentes tratamentos de fertilização, com destaque para o nitrogênio, crescendo em plantio homogêneo. Os tratamentos foram: T0 (controle), T1 (Ca + Mg), T2 (Ca + Mg + micronutrientes + K) e T3 (Ca + Mg + micronutrientes + K + N). Além da análise de fertilidade do solo, foram medidos: o crescimento em altura, o diâmetro à altura do solo, o ganho foliar e o índice de ganho foliar, a área foliar, área foliar específica e massa da matéria seca das plantas, bem como os teores de nutrientes foliares, a eficiência no uso dos nutrientes, as trocas gasosas, o potencial hídrico foliar, os teores de pigmentos cloroplastídicos e a fluorescência da clorofila a. Com relação ao crescimento em altura e diâmetro à altura do solo, T0, T2 e T3 exibiram resultados semelhantes, com taxas médias de crescimento mensal de 3,0, 3,1 e 3,4 cm mês-1, respectivamente. Os tratamentos T2 e T3 destacaram-se no acúmulo de biomassa e exibiram ganho foliar duas vezes maior em comparação aos tratamentos T0 e T1. A adição de N aos indivíduos do T3 permitiu maior investimento em tecido foliar, com média para os valores de área foliar de 114,2 cm², valor 53, 43 e 35% superior aos tratamentos T2, T1 e T0, respectivamente. Não houve diferença entre os tratamentos para área foliar específica. Quanto aos teores foliares de nutrientes, as maiores concentrações de N foram encontrados no tratamento T3, enquanto os maiores teores de Ca e Mg foram observados no T1, os teores de Ca foram cinco vezes maiores aos encontrados no tratamento T3. Não houve diferença nos teores de P entre os tratamentos. T3 foi mais eficiente no uso de N, P, Ca, Mg e Zn, enquanto T2 foi mais eficiente no uso de K e Fe. As taxas de fotossíntese máxima estimada variaram entre 9,0 e 10,6 µmol m-2 s-1. Não houve diferença entre os tratamentos para as taxas e respiração, condutância estomática e transpiração. Os maiores valores de eficiência no uso da água e eficiência intrínseca no uso da água foram observados no T0. O potencial hídrico medido na antemanhã variou entre -0,29 (T3) e -0,26 (T1) MPa e ao meio dia variou entre -2,7 (T1) e -1,7 (T3) MPa. Os teores de clorofila a e carotenoides foram maiores no tratamento T0 com 0,91 e 0,54 µmol g-1, não houve diferença para o conteúdo de clorofila b entre os tratamentos. O índice de conteúdo de clorofila indicou os mesmos resultados. As análises de fluorescência da clorofila a revelaram que não houve diferença entre os tratamentos para fluorescência inicial, máxima e variável, com valores da razão Fv/Fm inferiores para o tratamento T3. Diante destes resultados, podese inferir que plantas jovens de B. excelsa crescendo em plantios homogêneos em solo corrigido com adição de micronutrientes e de nitrogênio mineral responderam quanto aos aspectos biométricos, com exceção dos efeitos relacionados à correção da acidez que não foram eficientes com relação às variáveis biométricas. Adicionalmente, conclui-se que a fertilização nitrogenada exibiu reflexos diretos, com incrementos sobre o status nutricional de plantas jovens de B. excelsa. Porém, não houve diferenças entre os tratamentos nas taxas de fotossíntese, transpiração, condutância estomática, respiração no escuro e teores de clorofilas, além de não ter influenciado o uso e a dissipação de energia.

Área de concentração : Manejo Florestal e Silvicultura

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