Caracterização agro-botânica de três cultivares de mandioca (Manihot esculenta Crantz) nos ecossistemas de várzea e terra firme no Amazonas / José Jackson Bacelar Nunes Xavier.

Por: Xavier, José Jackson Bacelar NunesColaborador(es):Oliveira, Luiz Antônio de [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 1997Notas: 245 fAssunto(s): Mandioca -- AmazonasClassificação Decimal de Dewey: 633.682 Nota de dissertação: Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1997 Sumário: A mandioca (Manihot esculenta Crantz), para a região amazônica, é socioeconomicamente importante. No Estado do Amazonas, em particular, seu cultivo é rudimentar, pois há baixa utilização das técnicas agronômicas recomendadas. A produtividade é baixa devido aos problemas fisiogênicos (terra firme), fitossanitários e ao uso indiscriminado dos materiais nativos, ou não, nos diversos ecossistemas existentes. Com o intuito de atender as necessidades básicas, expressadas acima, realizou-se esta pesquisa com os objetivos de determinar características botânicas e agronômicas de três cultivares de mandioca (Zolhudinha, Mãe Joana e Amazonas EMBRAPA-8), em ecossistemas de várzea e terra firme; detectar descritores comuns aos ambientes para facilitar o reconhecimento dos materiais genéticos destinados aos trabalhos de melhoramento; e distinguir as fases de crescimento das três cultivares e suas relações entre os ambientes mencionados. Em condições de campo foram conduzidos dois experimentos, estabelecidos nas bases físicas da EMBRAPA-CPAA, situadas em Iranduba (várzea), em setembro/93, e Manaus (terra firme), em outubro/93, municípios do Estado do Amazonas. Os tratamentos utilizados foram dois ambientes (várzea e terra firme) e três cultivares, oito épocas de colheita na várzea e onze na terra firme. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com parcelas sub-divididas, para avaliar parâmetros botânicos, agronômicos e fisiológicos das três cultivares, sob dois ecossistemas em diferentes épocas de colheita. Os descritores botânicos estudados foram: cor da periderme, cortex e da polpa da raiz; comprimento, diâmetro e número de raízes; hábito de crescimento, número, diâmetro e cor do caule; época e altura da primeira ramificação; altura da planta; número, cor e morfologia do lóbulo da folha; e época do lançamento das flores e frutos. Os agronômicos foram: presença e ausência de podridão radicular; peso da matéria fresca das raízes e da parte aérea; estado nutricional das plantas; teor de amido nas raízes; e índice de colheita. Os fisiológicos foram: desenvolvimento, longevidade e velocidade de crescimento da folha; acúmulo de matéria seca na planta; determinação do perfil de penetração e luz. Os resultados indicaram que os descritores qualitativos (cor, forma, ramificação da raiz, caule, folha e pecíolo) das três cultivares não sofreram influência dos ambientes estudados. A superioridade dos parâmetros botânicos, fisiológicos e agronômicos das cultivares, no ecossistema de várzea, foi marcante. A cultivar Amazonas EMBRAPA-8 foi a mais eficiente na absorção de nutrientes e na produção de matéria seca, seguida pela Mãe Joana e Zolhudinha. Na várzea as cultivares absorveram os elementos químicos em maior quantidade de acordo com ordem decrescente: NKCaMgPSMnZnCu e em terra firme, a ordem de absorção foi NKCaPMgSMnZnCu. O ciclo máximo de desenvolvimento e crescimento variou de sete a oito meses em várzea e de nove a onze meses em terra firme. As épocas de maior acúmulo de matéria seca e o número de fases de crescimento da planta, foram menores do que os citados na literatura.
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Tese T 633.682 X3c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0678
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Tese T 633.682 X3c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0679

Tese (doutor) - INPA/UFAM, 1997

A mandioca (Manihot esculenta Crantz), para a região amazônica, é socioeconomicamente importante. No Estado do Amazonas, em particular, seu cultivo é rudimentar, pois há baixa utilização das técnicas agronômicas recomendadas. A produtividade é baixa devido aos problemas fisiogênicos (terra firme), fitossanitários e ao uso indiscriminado dos materiais nativos, ou não, nos diversos ecossistemas existentes. Com o intuito de atender as necessidades básicas, expressadas acima, realizou-se esta pesquisa com os objetivos de determinar características botânicas e agronômicas de três cultivares de mandioca (Zolhudinha, Mãe Joana e Amazonas EMBRAPA-8), em ecossistemas de várzea e terra firme; detectar descritores comuns aos ambientes para facilitar o reconhecimento dos materiais genéticos destinados aos trabalhos de melhoramento; e distinguir as fases de crescimento das três cultivares e suas relações entre os ambientes mencionados. Em condições de campo foram conduzidos dois experimentos, estabelecidos nas bases físicas da EMBRAPA-CPAA, situadas em Iranduba (várzea), em setembro/93, e Manaus (terra firme), em outubro/93, municípios do Estado do Amazonas. Os tratamentos utilizados foram dois ambientes (várzea e terra firme) e três cultivares, oito épocas de colheita na várzea e onze na terra firme. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com parcelas sub-divididas, para avaliar parâmetros botânicos, agronômicos e fisiológicos das três cultivares, sob dois ecossistemas em diferentes épocas de colheita. Os descritores botânicos estudados foram: cor da periderme, cortex e da polpa da raiz; comprimento, diâmetro e número de raízes; hábito de crescimento, número, diâmetro e cor do caule; época e altura da primeira ramificação; altura da planta; número, cor e morfologia do lóbulo da folha; e época do lançamento das flores e frutos. Os agronômicos foram: presença e ausência de podridão radicular; peso da matéria fresca das raízes e da parte aérea; estado nutricional das plantas; teor de amido nas raízes; e índice de colheita. Os fisiológicos foram: desenvolvimento, longevidade e velocidade de crescimento da folha; acúmulo de matéria seca na planta; determinação do perfil de penetração e luz. Os resultados indicaram que os descritores qualitativos (cor, forma, ramificação da raiz, caule, folha e pecíolo) das três cultivares não sofreram influência dos ambientes estudados. A superioridade dos parâmetros botânicos, fisiológicos e agronômicos das cultivares, no ecossistema de várzea, foi marcante. A cultivar Amazonas EMBRAPA-8 foi a mais eficiente na absorção de nutrientes e na produção de matéria seca, seguida pela Mãe Joana e Zolhudinha. Na várzea as cultivares absorveram os elementos químicos em maior quantidade de acordo com ordem decrescente: NKCaMgPSMnZnCu e em terra firme, a ordem de absorção foi NKCaPMgSMnZnCu. O ciclo máximo de desenvolvimento e crescimento variou de sete a oito meses em várzea e de nove a onze meses em terra firme. As épocas de maior acúmulo de matéria seca e o número de fases de crescimento da planta, foram menores do que os citados na literatura.

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