Solubilização biológica de fosfatos naturais / Pedro de Araújo Lima.

Por: Lima, Pedro de AraújoColaborador(es):Dantas, José Pires [Orientador]Detalhes da publicação: Areia : [s.n.], 1979Notas: 93 f. : ilAssunto(s): Fosfatos -- SolubilidadeClassificação Decimal de Dewey: 631.85 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade Federal da Paraíba, 1979 Sumário: Dois fosfatos naturais, (apatita de Sumé e fosforita de Olinda) nas granulometrias maior e menor que 100 mesh, foram incubados, durante 90 dias, com os substratos sisal, lixo tratado, esterco, torta de filtro, bagaço e torta + bagaço, secos a 70º C, em estufa. Para cada substrato foram tomados 200 g e misturados a 100, 50 e 25 g dos fosfatos estudados, dando origem as relações M.O./Rocha da ordem de 2, 4 e 8, respectivamente. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2 x 2 x 6 x 3, com 3 repetições, perfazendo 216 parcelas. As misturas rocha/substrato foram acondicionadas em vasos, à sombra, em ambiente ventilado, com temperatura média oscilando entre 28 a 30ºC e um teor de umidade próximo ao ponto de saturação. Em intervalos de 10 dias foram retiradas amostras e determinados o teor de P 2 O 5 solúvel em H 2SO 4 0,25N + HC1 0,05N e medição de pH em água ( 1 : 25). Os resultados mostraram que os teores de P 2 O 5 solubilizado variaram em função das rochas fosfáticas utilizadas, da fonte de M.O. empregada e da relação M.O./rocha. No geral, a fosforita de Olinda apresentou um teor de P 2 O 5 menor estatisticamente significativo que a apatita, na presença dos substratos esterco, torta, bagaço e torta+bagaço. Entretanto, os dois fosfatos não diferem estatisticamente na presença de sisal e do lixo. Os substratos mais eficientes, em ordem decrescente, foram bagaço, torta, torta + bagaço, esterco, lixo e sisal. Para os substratos pouco eficientes, como o sisal e lixo, a relação M.O./rocha 2 mostrou ser mais eficiente, enquanto que, para o esterco, as relações M.O./rocha 2 e 4 não diferiram estatisticamente entre si. Para os substratos torta, bagaço e torta + bagaço, as três relações M.O./rocha também não diferiram estatisticamente entre si. A evolução da solubilização do P2O5 dos fosfatos estudados revelou que, durante o período de incubação, houve variação dos teores de P2O5 solúveis no extrator de Mehlich que, segundo a literatura, são atribuídos a imobilização biológica e/ou a fixação química. Os resultados mostraram que substratos ricos em fósforo, com pH elevado e altos teores de Ca ++ e Mg ++, como o sisal, são pouco eficientes como fonte de M.O. na solubilização dos fosfatos naturais. O bagaço, com um teor de fósforo total inferior ao da torta, mostrou-se ser uma fonte de M. O. tão eficiente na solubilização dos fosfatos quanto a torta. Os valores de pH variaram em função da fonte de M.O. empregada. Os substratos sisal, lixo e esterco mostraram-se alcalinos durante todo o período de incubação, enquanto os demais permaneceram ácidos.
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Dissertação (mestre) - Universidade Federal da Paraíba, 1979

Dois fosfatos naturais, (apatita de Sumé e fosforita de Olinda) nas granulometrias maior e menor que 100 mesh, foram incubados, durante 90 dias, com os substratos sisal, lixo tratado, esterco, torta de filtro, bagaço e torta + bagaço, secos a 70º C, em estufa. Para cada substrato foram tomados 200 g e misturados a 100, 50 e 25 g dos fosfatos estudados, dando origem as relações M.O./Rocha da ordem de 2, 4 e 8, respectivamente. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2 x 2 x 6 x 3, com 3 repetições, perfazendo 216 parcelas. As misturas rocha/substrato foram acondicionadas em vasos, à sombra, em ambiente ventilado, com temperatura média oscilando entre 28 a 30ºC e um teor de umidade próximo ao ponto de saturação. Em intervalos de 10 dias foram retiradas amostras e determinados o teor de P 2 O 5 solúvel em H 2SO 4 0,25N + HC1 0,05N e medição de pH em água ( 1 : 25). Os resultados mostraram que os teores de P 2 O 5 solubilizado variaram em função das rochas fosfáticas utilizadas, da fonte de M.O. empregada e da relação M.O./rocha. No geral, a fosforita de Olinda apresentou um teor de P 2 O 5 menor estatisticamente significativo que a apatita, na presença dos substratos esterco, torta, bagaço e torta+bagaço. Entretanto, os dois fosfatos não diferem estatisticamente na presença de sisal e do lixo. Os substratos mais eficientes, em ordem decrescente, foram bagaço, torta, torta + bagaço, esterco, lixo e sisal. Para os substratos pouco eficientes, como o sisal e lixo, a relação M.O./rocha 2 mostrou ser mais eficiente, enquanto que, para o esterco, as relações M.O./rocha 2 e 4 não diferiram estatisticamente entre si. Para os substratos torta, bagaço e torta + bagaço, as três relações M.O./rocha também não diferiram estatisticamente entre si. A evolução da solubilização do P2O5 dos fosfatos estudados revelou que, durante o período de incubação, houve variação dos teores de P2O5 solúveis no extrator de Mehlich que, segundo a literatura, são atribuídos a imobilização biológica e/ou a fixação química. Os resultados mostraram que substratos ricos em fósforo, com pH elevado e altos teores de Ca ++ e Mg ++, como o sisal, são pouco eficientes como fonte de M.O. na solubilização dos fosfatos naturais. O bagaço, com um teor de fósforo total inferior ao da torta, mostrou-se ser uma fonte de M. O. tão eficiente na solubilização dos fosfatos quanto a torta. Os valores de pH variaram em função da fonte de M.O. empregada. Os substratos sisal, lixo e esterco mostraram-se alcalinos durante todo o período de incubação, enquanto os demais permaneceram ácidos.

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