Camada de liteira e biomassa microbiana do solo em reflorestamentos de áreas degradadas pela mineração de bauxita em Porto Trombetas, PA / Enir Salazar da Costa.
Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 1996Notas: 86 f. : ilAssunto(s): Liteira | Microbiologia do solo | Reflorestamento -- Porto Trombetas (PA)Classificação Decimal de Dewey: 631.49 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1996 Sumário: Com o objetivo de contribuir com propostas práticas para a avaliação de áreas degradadas pela mineração e recuperadas por reflorestamentos na região amazônica, foram realizados estudos sobre o papel de várias formas de matéria orgânica (biomassa microbiana, liteira e carbono orgânico) em áreas mineradas por bauxita. Os estudos foram conduzidos em reflorestamentos na Mina Saracá/Porto Trombetas-PA. A biomassa microbiana foi medida pelo método fumigação-extração e o carbono orgânico foi determinado pelo método Walkley-Black. Independentemente das estações, não houve diferença entre a quantidade de liteira das áreas reflorestadas há um ano com e sem reposição da camada superficial do solo, provavelmente uma conseqüência da alta variabilidade entre as amostras. Durante a estação chuvosa, a liteira acumulada na área reflorestada há um ano com solo superficial e a floresta primária (controle) não diferiram estatisticamente, mas a área sem solo superficial acumulou menor liteira, indicando que onde havia um maior crescimento de plantas a conseqüente produção de liteira foi incrementada. Nas estações chuvosa e seca a área em regeneração natural e a reflorestada há onze anos produziram quantidades similares de liteira, mas a área reflorestada foi maior do que a regeneração natural no período de transição. Em todas as estações, a quantidade de liteira na área em regeneração natural e a reflorestada há onze anos foram maiores do que a da floresta natural, sugerindo que como as florestas em desenvolvimento, seus ciclos de produção de liteira são maiores do que a floresta em clímax. Contrário às expectativas e independentemente das estações, não houve diferença na biomassa microbiana entre as áreas reflorestadas com e sem solo superficial, mas quando comparadas com a floresta natural a área sem matéria orgânica, onde normalmente se concentra os microrganismos, apresentou menor biomassa microbiana. Independentemente das estações não houve diferença nem entre as áreas em regeneração natural e reflorestada e nem entre ambas e a floresta primária. Segundo as previsões, tanto na estação chuvosa quanto na seca, a área reflorestada há um ano com solo superficial apresentou maior concentração de carbono orgânico no solo do que a na sem solo superficial e ambas foram menores do que a da floresta natural. Na estação chuvosa e seca, o carbono orgânico medido na área da regeneração natural e reflorestada há onze anos foram similares entre si, porém menores do que a floresta primária sugerindo que o tempo necessário para a recuperação do estoque de carbono orgânico é mais longo que uma década.Tipo de material | Biblioteca atual | Setor | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Livro | Dissertação | T 631.49 C837c (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 00-1461 |
Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 1996
Com o objetivo de contribuir com propostas práticas para a avaliação de áreas degradadas pela mineração e recuperadas por reflorestamentos na região amazônica, foram realizados estudos sobre o papel de várias formas de matéria orgânica (biomassa microbiana, liteira e carbono orgânico) em áreas mineradas por bauxita. Os estudos foram conduzidos em reflorestamentos na Mina Saracá/Porto Trombetas-PA. A biomassa microbiana foi medida pelo método fumigação-extração e o carbono orgânico foi determinado pelo método Walkley-Black. Independentemente das estações, não houve diferença entre a quantidade de liteira das áreas reflorestadas há um ano com e sem reposição da camada superficial do solo, provavelmente uma conseqüência da alta variabilidade entre as amostras. Durante a estação chuvosa, a liteira acumulada na área reflorestada há um ano com solo superficial e a floresta primária (controle) não diferiram estatisticamente, mas a área sem solo superficial acumulou menor liteira, indicando que onde havia um maior crescimento de plantas a conseqüente produção de liteira foi incrementada. Nas estações chuvosa e seca a área em regeneração natural e a reflorestada há onze anos produziram quantidades similares de liteira, mas a área reflorestada foi maior do que a regeneração natural no período de transição. Em todas as estações, a quantidade de liteira na área em regeneração natural e a reflorestada há onze anos foram maiores do que a da floresta natural, sugerindo que como as florestas em desenvolvimento, seus ciclos de produção de liteira são maiores do que a floresta em clímax. Contrário às expectativas e independentemente das estações, não houve diferença na biomassa microbiana entre as áreas reflorestadas com e sem solo superficial, mas quando comparadas com a floresta natural a área sem matéria orgânica, onde normalmente se concentra os microrganismos, apresentou menor biomassa microbiana. Independentemente das estações não houve diferença nem entre as áreas em regeneração natural e reflorestada e nem entre ambas e a floresta primária. Segundo as previsões, tanto na estação chuvosa quanto na seca, a área reflorestada há um ano com solo superficial apresentou maior concentração de carbono orgânico no solo do que a na sem solo superficial e ambas foram menores do que a da floresta natural. Na estação chuvosa e seca, o carbono orgânico medido na área da regeneração natural e reflorestada há onze anos foram similares entre si, porém menores do que a floresta primária sugerindo que o tempo necessário para a recuperação do estoque de carbono orgânico é mais longo que uma década.
Área de concentração: Manejo de Solos da Amazônia.
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