Malária na ilha de São Luís, Maranhão : determinantes da sua persistência e perspectiva da participação comunitária para interromper a transmissão / Antônio Rafael da Silva.

Por: Silva, Antônio Rafael daColaborador(es):Lopes, Paulo Francisco de Almeida [Orientador]Detalhes da publicação: Rio de Janeiro : [s.n.], 1985Notas: 232 fAssunto(s): Malária -- São Luís (MA)Classificação Decimal de Dewey: 616.9362 Nota de dissertação: Tese (doutor) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1985 Sumário: Na primeira parte é feito um estudo retrospectivo da malária nas localidades dos três municípios da Ilha de São Luís, Estado do Maranhão, acompanhando-se de um outro atual e prospectivo no sentido de identificar as determinantes da transmissão. Em conseqüência desses estudos, verificou-se que em 1980, ocorreram 288 casos autóctones sendo o Plasmodium vivax responsável por 84% deles. O Plasmodium falciparum apresenta-se como o grande responsável pela malária importada principalmente da Pré-Amazônia e dos estados de Pará, Mato Grosso, Goiás e Rondônia. Ainda nesta parte verifica-se falhas por parte da SUCAM no sistema de vigilância e controle da doença, caracterizando-se esse fato como um dos responsáveis pela persistência da doença em nosso meio. Discutidos esses aspectos na parte 2, em 3 e 4 definiram-se os propósitos e os objetivos para aplicação de uma metodologia visando interromper a transmissão da malária, abrangendo os componentes Institucional Comunitário e Entomológico. Como resultado do correto emprego de algumas medidas, a malária regrediu em 1981, 1982 e 1983. De fundamental importância foi a constatação de que a partir de 1982, aumentou o número de casos importados sendo o principal problema o da vigilância. Na parte referente a participação comunitária, comprovou-se que a atuação desta foi decisiva, tendo a comunidade de Inhaúma com o seu trabalho, ajudado a regredir a prevalência da malária de 82.6/1000 habitantes para 1.5/1000 habitantes no final do mesmo. Não foi difícil interromper a transmissão quer a partir do serviço quer com a participação comunitária. O que se identifica como fator importante é que a comunidade é capaz de manter um sistema de vigilância mais eficaz. Relacionados aos anofelinos é o A (N) aquasalis o transmissor da malária na Ilha, guardando o hábito de picar e repousar no interior do domicílio e com sensibilidade ao DDT em todas as provas, de Susceptibilidade, Biológicas de Parede e Sobrevivência, acima de 90%. Sobre os plasmódios humanos existe boa resposta da espécie vivax aos esquemas utilizados. Cloroquina ( 3 dias) e Primaquina (14 dias) e à associação Cloroquina +Primaquina + Pirimetamina (3 dias) com sensibilidade de 95% e 95,7%, respectivamente. Quanto a espécie falciparum, comprovou-se índices de resistência aos 4-amino-quinoleínicos de 25% e aos Sulfamídicos e Pirimetamina de 18%. Esta sensibilidade às drogas tem se alterado, pois a partir de 1982, cepas deste plasmódio não mais respondem a esta droga, e a Quinina tendo-se que utilizar Clindamicina e outras associações menos potentes, No que concerne as localidades são todas pobres e a malária preferentemente incide em casas não dedetizadas e não- protegidas. Como importante registro constatou-se que a persistência é função da baixa cobertura, sendo que a vulnerabilidade constitui um grande problema para as localidados da Ilha, especialmente àquelas do município de São Luis.
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Tese (doutor) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1985

Na primeira parte é feito um estudo retrospectivo da malária nas localidades dos três municípios da Ilha de São Luís, Estado do Maranhão, acompanhando-se de um outro atual e prospectivo no sentido de identificar as determinantes da transmissão. Em conseqüência desses estudos, verificou-se que em 1980, ocorreram 288 casos autóctones sendo o Plasmodium vivax responsável por 84% deles. O Plasmodium falciparum apresenta-se como o grande responsável pela malária importada principalmente da Pré-Amazônia e dos estados de Pará, Mato Grosso, Goiás e Rondônia. Ainda nesta parte verifica-se falhas por parte da SUCAM no sistema de vigilância e controle da doença, caracterizando-se esse fato como um dos responsáveis pela persistência da doença em nosso meio. Discutidos esses aspectos na parte 2, em 3 e 4 definiram-se os propósitos e os objetivos para aplicação de uma metodologia visando interromper a transmissão da malária, abrangendo os componentes Institucional Comunitário e Entomológico. Como resultado do correto emprego de algumas medidas, a malária regrediu em 1981, 1982 e 1983. De fundamental importância foi a constatação de que a partir de 1982, aumentou o número de casos importados sendo o principal problema o da vigilância. Na parte referente a participação comunitária, comprovou-se que a atuação desta foi decisiva, tendo a comunidade de Inhaúma com o seu trabalho, ajudado a regredir a prevalência da malária de 82.6/1000 habitantes para 1.5/1000 habitantes no final do mesmo. Não foi difícil interromper a transmissão quer a partir do serviço quer com a participação comunitária. O que se identifica como fator importante é que a comunidade é capaz de manter um sistema de vigilância mais eficaz. Relacionados aos anofelinos é o A (N) aquasalis o transmissor da malária na Ilha, guardando o hábito de picar e repousar no interior do domicílio e com sensibilidade ao DDT em todas as provas, de Susceptibilidade, Biológicas de Parede e Sobrevivência, acima de 90%. Sobre os plasmódios humanos existe boa resposta da espécie vivax aos esquemas utilizados. Cloroquina ( 3 dias) e Primaquina (14 dias) e à associação Cloroquina +Primaquina + Pirimetamina (3 dias) com sensibilidade de 95% e 95,7%, respectivamente. Quanto a espécie falciparum, comprovou-se índices de resistência aos 4-amino-quinoleínicos de 25% e aos Sulfamídicos e Pirimetamina de 18%. Esta sensibilidade às drogas tem se alterado, pois a partir de 1982, cepas deste plasmódio não mais respondem a esta droga, e a Quinina tendo-se que utilizar Clindamicina e outras associações menos potentes, No que concerne as localidades são todas pobres e a malária preferentemente incide em casas não dedetizadas e não- protegidas. Como importante registro constatou-se que a persistência é função da baixa cobertura, sendo que a vulnerabilidade constitui um grande problema para as localidados da Ilha, especialmente àquelas do município de São Luis.

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