Fatores determinantes do estado nutricional do idoso de Nova Olinda do Norte - Amazonas / Ana Felisa Hurtado Guerrero.

Por: Hurtado Guerrero, Ana FelisaColaborador(es):Alencar, Fernando Hélio [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2000Notas: 138 fAssunto(s): Idosos -- Nova Olinda do Norte (AM) -- NutriçãoClassificação Decimal de Dewey: 613.0438 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Universidade do Amazonas, 2000 Sumário: O envelhecimento é um processo normal que pode se desenvolver de diferentes maneiras, dependendo de diversos fatores, entre os quais se destaca o padrão alimentar. A nutrição das pessoas idosas está condicionada, principalmente, a fatores sócio-econômicos, ambientais, culturais, psicológicos, físicos e fisiológicos, que podem influenciar a qualidade e quantidade dos alimentos consumidos, e, conseqüentemente, o Estado nutricional. Este estudo objetivou conhecer os principais fatores determinantes do Estado nutricional da população geronte do Município de Nova Olinda do Norte, Estado do Amazonas - Brasil. O universo estudado foi constituído por 81idosos, sendo 44 mulheres e 37 homens, com idades médias variando entre 74±8,0 e 73±7,2 anos para o sexo feminino e masculino, respectivamente. O Estado nutricional foi determinado pelo Índice de Massa Corporal - IMC (P/A2), complementado pela Prega Cutânea Tricipital (PCT), Circunferência do Braço (CB) e Circunferência Muscular do Braço (CMB). Na avaliação hematimétrica, a dosagem de Hemoglobina foi determinada através de hemoglobinômetro HEMOCUE, e, o Hematócrito pelo método de micro-hematócrito. Para a determinação do padrão alimentar, os dados foram obtidos pelo método qualitativo de freqüência de consumo alimentar. No inquérito coproparasitológico utilizou-se o método de Sedimentação espontânea (método de Lutz ou Hoffmann). Reuniram-se informações sobre as condições de vida do geronte, investigando-se o perfil sócio-econômico, ambiental e cultural. Os dados antropométricos evidenciaram um padrão nutricional dos idosos caracterizado por prevalências de magreza, sobrepeso e obesidade de: (11 . 1%, 35.8% e 12.3%), predominando a magreza (7.4%%) e obesidade (11.1%) nas mulheres, enquanto que nos homens o sobrepeso envolveu 14.8%. A média de PCT foi de 14.3±8.2 mm, CB (27.6± 3.6 cm) e CMB (23.5±4.8 cm) em ambos os sexos, constatando-se valores superiores de tecido gorduroso nas mulheres, e, de massa magra muscular nos homens. Observaram-se valores compatíveis com anemia em 29.6%, com maior prevalência das anemias discretas (44.4%). Os homens (16.0%) apresentaram anemia mais freqüentemente que as mulheres (13.6%). No inquérito coproparasitológico constatou-se infestação parasitária em 72.8% dos idosos, predominando o monoparasitismo. Os helmintos foram os parasitas mais evidenciados (70.4%), destacando-se: Ascaris lumbricoides (35.2%), Trichuris trichiura (16.0%), Ancilostomídae duodenale (9.0%) e Stroogyloides stercoralis (9.0%). Dentre os protozoários (29.5%), a ocorrência de Entamoeba collifoi de 18.2%, Giárdia lamblia de 7.0% e Entamoeba histolytica 4.5%. No grupo dos alimentos energéticos, os itens mais consumidos foram: a farinha de mandioca, café, açúcar, pão, arroz, óleo vegetal, manteiga, macarrão e biscoitos; dos protéicos, frango, leite em pó, peixe e carne de boi; dos reguladores destacaram-se: alho, cebola, chicória, cheiro verde e banana. Evidenciado-se um maior consumo dos alimentos do grupo energético (61.0%), seguido dos protéicos ou construtores (45.0%) e reguladores (44.0%). O inquérito dietético revelou um padrão alimentar caracterizado por marcada monotonia e baixo consumo de frutas. O presente estudo identificou precárias condições de moradia (embora o 92.6% dos idosos possuíssem casa própria), famílias extensas (com o máximo de até 19 pessoas), analfabetismo 80.1%, aposentados 95.1%, e, 60% referiram restrições alimentares envolvendo problemas bucodentais, tabus religiosos, idiossincrasias pessoais (reimosos) e dificuldades econômicas, 86.4% apresentavam algum tipo de limitação, especialmente a visual.
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Dissertação T 613.0438 H967f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 14-6802
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Dissertação T 613.0438 H967f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 01-0525

Dissertação (mestre) - Universidade do Amazonas, 2000

O envelhecimento é um processo normal que pode se desenvolver de diferentes maneiras, dependendo de diversos fatores, entre os quais se destaca o padrão alimentar. A nutrição das pessoas idosas está condicionada, principalmente, a fatores sócio-econômicos, ambientais, culturais, psicológicos, físicos e fisiológicos, que podem influenciar a qualidade e quantidade dos alimentos consumidos, e, conseqüentemente, o Estado nutricional. Este estudo objetivou conhecer os principais fatores determinantes do Estado nutricional da população geronte do Município de Nova Olinda do Norte, Estado do Amazonas - Brasil. O universo estudado foi constituído por 81idosos, sendo 44 mulheres e 37 homens, com idades médias variando entre 74±8,0 e 73±7,2 anos para o sexo feminino e masculino, respectivamente. O Estado nutricional foi determinado pelo Índice de Massa Corporal - IMC (P/A2), complementado pela Prega Cutânea Tricipital (PCT), Circunferência do Braço (CB) e Circunferência Muscular do Braço (CMB). Na avaliação hematimétrica, a dosagem de Hemoglobina foi determinada através de hemoglobinômetro HEMOCUE, e, o Hematócrito pelo método de micro-hematócrito. Para a determinação do padrão alimentar, os dados foram obtidos pelo método qualitativo de freqüência de consumo alimentar. No inquérito coproparasitológico utilizou-se o método de Sedimentação espontânea (método de Lutz ou Hoffmann). Reuniram-se informações sobre as condições de vida do geronte, investigando-se o perfil sócio-econômico, ambiental e cultural. Os dados antropométricos evidenciaram um padrão nutricional dos idosos caracterizado por prevalências de magreza, sobrepeso e obesidade de: (11 . 1%, 35.8% e 12.3%), predominando a magreza (7.4%%) e obesidade (11.1%) nas mulheres, enquanto que nos homens o sobrepeso envolveu 14.8%. A média de PCT foi de 14.3±8.2 mm, CB (27.6± 3.6 cm) e CMB (23.5±4.8 cm) em ambos os sexos, constatando-se valores superiores de tecido gorduroso nas mulheres, e, de massa magra muscular nos homens. Observaram-se valores compatíveis com anemia em 29.6%, com maior prevalência das anemias discretas (44.4%). Os homens (16.0%) apresentaram anemia mais freqüentemente que as mulheres (13.6%). No inquérito coproparasitológico constatou-se infestação parasitária em 72.8% dos idosos, predominando o monoparasitismo. Os helmintos foram os parasitas mais evidenciados (70.4%), destacando-se: Ascaris lumbricoides (35.2%), Trichuris trichiura (16.0%), Ancilostomídae duodenale (9.0%) e Stroogyloides stercoralis (9.0%). Dentre os protozoários (29.5%), a ocorrência de Entamoeba collifoi de 18.2%, Giárdia lamblia de 7.0% e Entamoeba histolytica 4.5%. No grupo dos alimentos energéticos, os itens mais consumidos foram: a farinha de mandioca, café, açúcar, pão, arroz, óleo vegetal, manteiga, macarrão e biscoitos; dos protéicos, frango, leite em pó, peixe e carne de boi; dos reguladores destacaram-se: alho, cebola, chicória, cheiro verde e banana. Evidenciado-se um maior consumo dos alimentos do grupo energético (61.0%), seguido dos protéicos ou construtores (45.0%) e reguladores (44.0%). O inquérito dietético revelou um padrão alimentar caracterizado por marcada monotonia e baixo consumo de frutas. O presente estudo identificou precárias condições de moradia (embora o 92.6% dos idosos possuíssem casa própria), famílias extensas (com o máximo de até 19 pessoas), analfabetismo 80.1%, aposentados 95.1%, e, 60% referiram restrições alimentares envolvendo problemas bucodentais, tabus religiosos, idiossincrasias pessoais (reimosos) e dificuldades econômicas, 86.4% apresentavam algum tipo de limitação, especialmente a visual.

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