Citogenética de cinco espécies de pequenos mamíferos não voadores de três localidades na Amazônia central / Carlos Eduardo Faresin Silva.

Por: Silva, Carlos Eduardo FaresinColaborador(es):Feldberg, Eliana | Silva, Maria Nazareth Fereira daDetalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2008Notas: xiii, 61 f. : il. (algumas color)Assunto(s): Marmosa | Micoureus | DidelphisClassificação Decimal de Dewey: 599.20415 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2008 Sumário: Na Amazônia, roedores e marsupiais representam uma parcela importante da riqueza de espécies de mamíferos. Apesar da crescente quantidade de estudos mostrarem a grande diversidade dessa fauna, aspectos sistemáticos e taxonômicos ainda permanecem incompreendidos. Nesse contexto a citogenética constitui uma ferramenta adequada para o reconhecimento das espécies e compreensão de eventos evolutivos. Este trabalho teve objetivo de caracterizar cromossomicamente marsupiais dos gêneros Didelphis, Micoureus e Marmosa e roedores do gênero Proechimys, de três localidades da Amazônia Central em busca de marcadores que auxiliassem na taxonomia e evolução desses táxons. Indivíduos foram coletados na UHE de Balbina, na Refinaria de Manaus (REMAN-Petrobrás) e na P AREST rio Negro setor Sul, rio Cuieiras totalizando 38 espécimes de marsupiais e 11 do gênero Proechimys. Os cariótipos de Didelphis marsupialis e Micoureus demerarae não apresentaram diferenças dos encontrados na literatura, porém os indivíduos de Marmosa murina apresentaram urna inversão pericêntrica em um dos cromossomos do par seis, que foi detectada com o auxílio das técnicas de banda C e Ag-RON. Para M murina, foi possível ainda, por comparação com dados bibliográficos, detectar quatro citótipos com diferenças na morfologia dos cromossomos sexuais. O alto grau de conservação dos cariótipos dos marsupiais tem sido repetidamente comentado na literatura, porém o heteromorfismo observado em M murina mostra a existência de rearranjos cromossômicos, mas o real significado destes na evolução do grupo ainda é incompreendido. No gênero Proechimys foram encontrados dois cariótipos: 2n=28, NFa=46 nos indivíduos do rio Cuieiras e REMAN­Manaus e 2n=46, NFa=50 nos indivíduos da UHE de Balbina (presente trabalho). O cariótipo com 2n=28 cromos somos pertence à espécie Proechimys cuvieri e compartilhou semelhanças com indivíduos de mesmo número diplóide de outras duas regiões: UHE de Balbina (dados da literatura) e vale do Jarí, diferenciando desse último apenas na morfologia do cromos somo X. Na Amazônia Central, espécimes de Proechimys cuvieri mostraram um polimorfismo no padrão de banda C e no número fundamental, sendo que três citótipos podem ser identificados. Aparentemente não existe um padrão de distribuição geográfica para estes citótipos que pudesse definir um cline. O cariótipo com 2n=46 cromossomos mostrou-se similar aos dos indivíduos do rio Jatapu, Roraima, porém os dados de bandeamento não estiveram disponíveis na literatura para comparação. Proechimys com 2n=46 e NFa=50, foram incluídos em P. guyannensis tendo por base resultados adicionais de análises moleculares, reforçado pela comparação do padrão de banda G, que mostrou homeologias com o cariótipo de 2n=38 do grupo guyannensis.
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Dissertação T 599.20415 S586c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 09-0172

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2008

Na Amazônia, roedores e marsupiais representam uma parcela importante da riqueza de espécies de mamíferos. Apesar da crescente quantidade de estudos mostrarem a grande diversidade dessa fauna, aspectos sistemáticos e taxonômicos ainda permanecem incompreendidos. Nesse contexto a citogenética constitui uma ferramenta adequada para o reconhecimento das espécies e compreensão de eventos evolutivos. Este trabalho teve objetivo de caracterizar cromossomicamente marsupiais dos gêneros Didelphis, Micoureus e Marmosa e roedores do gênero Proechimys, de três localidades da Amazônia Central em busca de marcadores que auxiliassem na taxonomia e evolução desses táxons. Indivíduos foram coletados na UHE de Balbina, na Refinaria de Manaus (REMAN-Petrobrás) e na P AREST rio Negro setor Sul, rio Cuieiras totalizando 38 espécimes de marsupiais e 11 do gênero Proechimys. Os cariótipos de Didelphis marsupialis e Micoureus demerarae não apresentaram diferenças dos encontrados na literatura, porém os indivíduos de Marmosa murina apresentaram urna inversão pericêntrica em um dos cromossomos do par seis, que foi detectada com o auxílio das técnicas de banda C e Ag-RON. Para M murina, foi possível ainda, por comparação com dados bibliográficos, detectar quatro citótipos com diferenças na morfologia dos cromossomos sexuais. O alto grau de conservação dos cariótipos dos marsupiais tem sido repetidamente comentado na literatura, porém o heteromorfismo observado em M murina mostra a existência de rearranjos cromossômicos, mas o real significado destes na evolução do grupo ainda é incompreendido. No gênero Proechimys foram encontrados dois cariótipos: 2n=28, NFa=46 nos indivíduos do rio Cuieiras e REMAN­Manaus e 2n=46, NFa=50 nos indivíduos da UHE de Balbina (presente trabalho). O cariótipo com 2n=28 cromos somos pertence à espécie Proechimys cuvieri e compartilhou semelhanças com indivíduos de mesmo número diplóide de outras duas regiões: UHE de Balbina (dados da literatura) e vale do Jarí, diferenciando desse último apenas na morfologia do cromos somo X. Na Amazônia Central, espécimes de Proechimys cuvieri mostraram um polimorfismo no padrão de banda C e no número fundamental, sendo que três citótipos podem ser identificados. Aparentemente não existe um padrão de distribuição geográfica para estes citótipos que pudesse definir um cline. O cariótipo com 2n=46 cromossomos mostrou-se similar aos dos indivíduos do rio Jatapu, Roraima, porém os dados de bandeamento não estiveram disponíveis na literatura para comparação. Proechimys com 2n=46 e NFa=50, foram incluídos em P. guyannensis tendo por base resultados adicionais de análises moleculares, reforçado pela comparação do padrão de banda G, que mostrou homeologias com o cariótipo de 2n=38 do grupo guyannensis.

Área de concentração: Genética e Biologia Evolutiva.

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