Fidelidade ao sítio por aves seguidoras de formigas-de-correição em florestas primárias e secundárias da Amazônia Central / Aída Izabela Rodrigues Repolho.

Por: Repolho, Aída Izabela RodriguesColaborador(es):Ferraz, Gonçalo [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus : [s.n.], 2012Notas: x, 40 f. : il. (algumas color.)Assunto(s): Thamnophilidae | Formigas-de-correição | Dinâmica de populações | Floresta primária | Floresta secundáriaClassificação Decimal de Dewey: 599.74 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2012 Sumário: A fidelidade ao sítio, ou mensurável como a probabilidade de um animal retornar ou permanecer em um sítio previamente ocupado, tem importantes implicações para a ciência e manejo da vida selvagem. Em teoria observamos alta fidelidade em condições específicas, quando os recursos são homogeneamente distribuídos e disponíveis durante o tempo de vida de um indivíduo. Essas condições, no entanto, são frequentemente não cumpridas. Este trabalho baseia-se na hipótese de baixa fidelidade ao sítio para aves que seguem formigas-de-correição, um recurso imprevisível e de distribuição heterogênea em florestas da Amazônia Central. Testamos as previsões de que a fidelidade ao sítio em aves seguidoras de formigas-de-correição é: 1) mais baixa em florestas secundárias do que primárias; 2) mais baixa para seguidores obrigatórios do que facultativos e, 3) mais baixa entre espécies seguidoras do que entre espécies não seguidoras da mesma família, hábitat e tamanho. O estudo foi realizado em duas parcelas de floresta primária e uma parcela de floresta secundária da área do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), ao norte de Manaus. As aves foram capturadas em redes de neblina distribuídas aleatoriamente nas parcelas e receberam anilhas numeradas fornecidas pelo Centro de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE). A amostragem foi feita ao longo de seis campanhas mensais. Os dados foram analisados sob uma abordagem Bayesiana utilizando um modelo multi-estados de marcação-e-recaptura para estimar parâmetros de sobrevivência, recaptura e movimentação entre parcelas de floresta primária e secundária. Contrário às nossas expectativas, as aves seguidoras de formigas-de-correição foram mais fiéis ao sítio de floresta secundária do que aos sítios de floresta primária. Na floresta secundária, as espécies não seguidoras de formigas aparentaram menor fidelidade ao sítio do que as seguidoras; no entanto, é possível que esta diferença seja influenciada pela quantidade de aves jovens de espécies não seguidoras utilizando a floresta secundária. Este estudo sugere que a floresta secundária com 25-30 anos de idade já é utilizada pelas aves seguidoras de formigas de forma semelhante às áreas de floresta primária adjacente.
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Capítulo 1 em inglês.

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2012

A fidelidade ao sítio, ou mensurável como a probabilidade de um animal retornar ou permanecer em um sítio previamente ocupado, tem importantes implicações para a ciência e manejo da vida selvagem. Em teoria observamos alta fidelidade em condições específicas, quando os recursos são homogeneamente distribuídos e disponíveis durante o tempo de vida de um indivíduo. Essas condições, no entanto, são frequentemente não cumpridas. Este trabalho baseia-se na hipótese de baixa fidelidade ao sítio para aves que seguem formigas-de-correição, um recurso imprevisível e de distribuição heterogênea em florestas da Amazônia Central. Testamos as previsões de que a fidelidade ao sítio em aves seguidoras de formigas-de-correição é: 1) mais baixa em florestas secundárias do que primárias; 2) mais baixa para seguidores obrigatórios do que facultativos e, 3) mais baixa entre espécies seguidoras do que entre espécies não seguidoras da mesma família, hábitat e tamanho. O estudo foi realizado em duas parcelas de floresta primária e uma parcela de floresta secundária da área do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), ao norte de Manaus. As aves foram capturadas em redes de neblina distribuídas aleatoriamente nas parcelas e receberam anilhas numeradas fornecidas pelo Centro de Pesquisa para Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE). A amostragem foi feita ao longo de seis campanhas mensais. Os dados foram analisados sob uma abordagem Bayesiana utilizando um modelo multi-estados de marcação-e-recaptura para estimar parâmetros de sobrevivência, recaptura e movimentação entre parcelas de floresta primária e secundária. Contrário às nossas expectativas, as aves seguidoras de formigas-de-correição foram mais fiéis ao sítio de floresta secundária do que aos sítios de floresta primária. Na floresta secundária, as espécies não seguidoras de formigas aparentaram menor fidelidade ao sítio do que as seguidoras; no entanto, é possível que esta diferença seja influenciada pela quantidade de aves jovens de espécies não seguidoras utilizando a floresta secundária. Este estudo sugere que a floresta secundária com 25-30 anos de idade já é utilizada pelas aves seguidoras de formigas de forma semelhante às áreas de floresta primária adjacente.

Área de concentração : Ecologia

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